Capitulo 157

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Quando eu saio do hospital, faço o possível para esquecer o meu trabalho e todos os que lá estão. E corro o mais rápido possível, para não chegar atrasada no museu de artes.

Matt me convidou para a inauguração da exposição de trabalhos dos alunos da escola de arte onde ele posa.

Felizmente, consegui sair do trabalho mais cedo um pouco. Porém, com a greve de transportes públicos em andamento, achei que me ia atrasar!

Eu caminho entre a multidão, tentando chegar mais perto dos organizadores. Há muitas pessoas aqui, provavelmente amigos e familiares dos alunos que estão exibindo os seus trabalhos... Além dos muitos turistas que normalmente visitam o museu.


MATT: Nicole!


Matt segura o meu braço gentilmente.


MATT: Você não me viu na entrada, então eu alcancei você.


Eu sorrio para ele.


NICOLE: Ainda bem! Com essa multidão eu estava preocupada em não encontrar você!

MATT: E como eu não quero nem pensar nisso, não vou desgrudar de você!


Ele dá o braço para eu me apoiar. Eu tento esconder o meu nervosismo quando os nossos braços se cruzam.

Nós continuamos andando e acompanhando as pessoas que, como nós, seguem em direção à parte de trás do museu.


MATT: Estou feliz por você ter vindo, a propósito. Fico feliz por você ter conseguido sair do trabalho mais cedo hoje.

NICOLE: Eu não perderia essa inauguração por nada! Não é todo o dia que alguém que eu conheço tem a sua imagem exibida em um museu!


Matt ri, um pouco envergonhado. Ele é sempre tão adorável, acho que eu nunca me cansaria dele.


MATT: Lembre-se, esta não é a exposição principal. É apenas uma exposição trimestral, exibindo o que os alunos estão trabalhando e o que eles já fizeram até então... Eles fazem exibições aqui neste museu porque há uma parceria entre eles, e eles emprestam uma sala.


Eu concordo.


NICOLE: Mesmo assim, é fascinante! Além disso, uma das vantagens é que muitos dos seus trabalhos estarão em exibição.


Envergonhado, Matt coça a ponta do nariz.

Uma aluna sorridente aparece diante de nós com uma bandeja de taças de champanhe. Eu pego um copo e tomo um gole, as bolhas ativam o meu paladar.

Matt, é claro, recusa. A diabetes proíbe que ele tome qualquer quantidade de álcool. Eu não deixo de notar o olhar de admiração que a estudante joga em sua direção enquanto ela lentamente se afasta.

Eu sinto um pouco de ciúmes.

Matt sussurra no meu ouvido, me puxando de volta para a nossa conversa.


MATT: Tenho que admitir que ainda é estranho para mim, participar de ocasiões como esta, na presença de outros modelos. Além disso, ainda é um pouco embaraçoso, em alguns aspectos...

NICOLE: Como assim?

MATT: Eu sempre fico torcendo para que ninguém que eu conheça decida vir aqui no meio da semana!


Eu levanto uma sobrancelha e tomo outro gole de champanhe.


NICOLE: Mas você me convidou para vir aqui hoje...

MATT: Sim, mas com você é diferente...


Suas palavras causam borboletas no meu estômago. Eu sinto as minhas bochechas ficando vermelhas.

Ele tira alguns fios de cabelo que caíram em seus olhos.


MATT: Primeiro, eu confio em você...


Esta confissão, que eu acho sincera, me aquece o coração.


MATT: E principalmente, quando você me viu no hospital... eu estava deitado, nu, quando você e a equipa me salvaram. Então, desde aquele dia, o que eu tenho a esconder de você?

Amor nas UrgênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora