Capitulo 59

1.6K 68 0
                                    

           

NICOLE: Matt, ao contrario do que eu disse antes... Espero que você tenha escolhido um filme que seja bastante movimentado, para me manter acordada até o final!


Quando eu abro os olhos, o filme ainda não terminou. Eu devo ter adormecido pouco depois do começo, e mesmo assim levei alguns sustos.

Eu devo estar com o sono atrasado por causa do turno da noite. Sem me mexer eu olho para a tela.

Sinto como se as minhas pálpebras estivessem pesando toneladas, então, eu começo a pegar no sono novamente.

Debaixo da minha bochecha, sinto o coração de Matt batendo. Acho que eu acabei deitando nele quando adormeci... Mas não me sinto mal por causa disso.

Quando eu lembro que o coração dele parou de bater, que ele quase se foi... Penso que estou ouvindo algo quase miraculoso.

Eu sinto um dos seus braços sobre mim, confortavelmente. Estou bastante confortável, eu poderia ficar aqui para sempre...

Eu sinto cheiro do perfume de Matt, e ainda sinto as batidas rítmicas do coração dele, embalando o meu sono.

Pouco antes de adormecer, acho que sinto um beijo no meu cabelo.

No dia seguinte, de volta à ala de ressuscitação...


COLIN: Ei, Nicole! Você vai adorar o que eu trouxe hoje! É sanduíche de presunto com mostarda.


Eu olho para o prato que ele me entrega, ele trata como se fosse uma pedra preciosa.


NICOLE: Ah, sim, legal, obrigada.

COLIN: Você não parece muito animada, pelo que estou vendo!


Sim, nem me diga. Felizmente, foi uma manhã tranquila no hospital...


COLIN: O que está acontecendo?


Ele coloca a bandeja sobre a mesa e se agacha na minha frente.


NICOLE: Então... eu sinto como se estivesse prestes a fazer algo estúpido.

COLIN: Como assim? Estúpido? Você está me assustando, Nicole!

NICOLE: Alguns dias atrás, tivemos um paciente diabético na reanimação. E eu me dei bem com ele, ele é gentil, educado e, hm... ele teve alta, mas nós continuamos trocando mensagens diariamente e... Talvez eu tenha ido até a sua casa.


Eu coço o meu queixo.


NICOLE: E hipoteticamente, eu posso ter dormido no sofá dele a noite passada... De qualquer maneira, estamos combinando de nos vermos novamente...

COLIN: Aahh, entendi!


Ele quase bate palmas. Eu mal presto atenção, perdida em meus pensamentos.


NICOLE: Agora eu não sei o que fazer...

COLIN: Mas você gosta dele ou não?


Eu torço o canto dos lábios.


NICOLE: Sim, não é isso que me preocupa.

COLIN: Então o que é?

NICOLE: Bem... ele é um paciente...


Colin me corrige com um grande sorriso.


COLIN: Ele era! Você disse que ele já saiu do hospital.

NICOLE: Sim, mas eu não sei porquê, isso me incomoda... E o que os meus colegas pensarão de mim, se eu for longe demais? Eles poderiam se perguntar se haviam segundas intenções da minha parte quando cuidei dele!


Eu coloco meu rosto, vermelho como um tomate, entre as minhas mãos.


COLIN: Nicole, eu acho que você está fazendo uma tempestade num copo de agua!


Ele parece calmo, mas é fácil para Colin falar. Ele não é médico e não precisa cuidar de pacientes!


COLIN: Venha comigo!


Ele se levanta e pega a minha mão, eu não tenho escolha senão ir com ele.

Parece que isso está se tornando algo recorrente, ser arrastada por aí. Já aconteceu com a Cassidy...

Amor nas UrgênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora