Capitulo 37

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SAM: Certo, então vá você, garota... rápido... Mas eu estou de olho em você. Qualquer vacilo e eu estouro a sua cabeça.

NICOLE: Isso é muito encorajador.


Vejo um sorriso irónico de Matt, ele conseguiu se sentar. Jake me encoraja com um olhar agradecido e aliviado.


NICOLE: Podem contar comigo.

DARYL: Principalmente eu e esse meu cinto!


Sam solta o nó que segura os meus pulsos e eu os massageio imediatamente.


NICOLE: Eu estou pronta, Ryan.


Ryan concorda com a cabeça, claramente preocupado com o que está por vir. Ele parece angustiado, sabendo que, se ele cometer qualquer erro em seus movimentos, todos seremos vitimas da fúria de Sam.


DARYL: Ryan, lembre-se sempre de uma coisa, fui eu quem sugeriu a traqueotomia. E estamos contando com você, hein!

SAM: Do que você está falando? Não é recomendado a traqueotomia? Vocês estão me enganando?

RYAN: Não, não, é a única coisa a fazer, pode acreditar. É que... é muita pressão.

SAM: Se você não quer que eu piore as coisas ainda mais, ande logo, porra!


Ele balança a arma cada vez mais.


RYAN: Esterilize as mãos e prepare-se, Nicole.


Enquanto estamos nos preparando, Ryan olha para mim.


RYAN: Eu entendi que você pretende distrair ele e deixar o tempo passar... Mas o que acontecerá se nós perdermos o paciente? Qualquer procedimento médico oferece risco, então...


Eu o interrompo.


NICOLE: Você se sairá bem.


Eu preciso tranquiliza-lo a todo o custo. Seus lábios abrem um sorriso discreto.


NICOLE: Você já deve ter feito muitas traqueotomias bem sucedidas, estou certa? Não há razão para ser diferente agora. Você é um excelente médico, e eu estou feliz por você ser o meu supervisor.


Ryan abre um sorriso mais tranquilo.


RYAN: Enfim, nós não temos escolha, temos que cuidar disso.


A menos que a policia consiga invadir o local agora...


RYAN: Vou colocar o paciente na posição certa e expor a traqueia o máximo possível. Você passa betadine na garganta dele?

NICOLE: Ok, e depois preparo o tubo?


Ele concorda e eu começo a trabalhar, com gestos precisos e rápidos, enquanto penso sobre tudo isso. Será que ele é mesmo capaz?

O que Daryl me contou sobre a sua incompetência volta à minha mente. E se ele matar o irmão de Sam e tudo for pelos ares? Não, apesar de tudo, eu quero dar uma chance a ele.

Do canto do olho, enquanto separo os materiais, eu olho para ele. Ele está examinando atentamente a garganta do paciente, seguindo a traqueia com os dedos.

Sua franja cai um pouco sobre os seus olhos, escondendo parte do rosto. Ele parece preocupado, mas está conseguindo disfarçar e segurar o nervosismo.

Seu esforço em deixar o passado para trás me emociona um pouco, eu quero dizer a ele que tudo ficará bem. Até ele acreditar nisso.

Não podemos mudar o passado, mas eu posso tentar aliviar um pouco a sua dor. Talvez ele possa voltar a ser o excelente médico que sempre foi. Tudo vai dar certo!


DARYL: Está começando a parecer uma eternidade. Eu trabalhei por 24 horas seguidas, e não durmo há mais tempo que isso. Estou perdendo a paciência.

RYAN: Veja o relógio pela porta, não se passaram nem duas horas ainda...

NICOLE: Eu sei, Ryan.

Amor nas UrgênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora