– Que acidente? – Teresa perguntou já ao meu lado. O meu coração batia forte, como assim a minha filha sofreu um acidente? Verônica olhou para Teresa e depois para mim como se tivesse esperando algum comando.
– Diz, Verônica, que acidente? Onde ela está? – Exigi sua resposta.
– Eu não sei direito, Fabiana me disse que ela saiu correndo e um carro bateu nela. Ela está no hospital. – Tudo aconteceu muito rápido, fui atrás da chave do carro e meu o celular falando um monte de coisa para a Verônica cancelar minha agenda.
– Eu vou com você. – Escutei Teresa dizer em meio ao caos.
– Teresa, é melhor não. – Parei em sua frente antes que ela desse um passo pra fora da sala.
– Por que não? Ela é minha filha também! – Ela disse nervosa.
– Meu amor, por favor. A gente vai dizer tudo pra ela, mas não agora. Deixa eu ver como ela está e o que aconteceu, eu prometo que digo tudo a você, tudo bem? – Segurei seu rosto com as duas mãos.
– Não tenho escolha, não é? – Teresa suspirou e plantei um selinho em sua boca.
– Prometo te ligar assim que souber o que aconteceu. – Ela acenou me passando seu número de telefone.
Saí do escritório como um louco em direção ao hospital para saber da Dulce Maria. Eu já estava perdendo as contas de quantas vezes tive que vir aqui por causa das travessuras dela. Meu coração batia forte sem saber o que tinha acontecido e só de pensar que neguei a Teresa de vir comigo, me dava um nó na garganta.
Teresa. Estava de volta e eu não fazia a menor ideia de como iria contar isso para Dulce e muito menos como seria a sua reação. Nos últimos dias ela estava muito triste com o fato da Cecília ter saído do colégio e nada do que eu fazia conseguia mudar o humor da minha filha. Cheguei ao hospital e fui até o balcão da recepção querendo saber informações dela.
– Seu Gustavo. – Me virei encontrando Irmã Fabiana e Fátima com caras preocupadas.
– Irmã Fabiana, o que aconteceu com a minha filha? – Disse sem enrolação.
– Ela... Ai, seu Gustavo, a pequena saiu correndo no meio da rua e um carro bateu nela. – Ela disse choramingando e fiquei estático.
– Aonde ela estava que tinha carro, Fabiana? Era pra ela estar no colégio essa hora. – Respondi com raiva.
– É que... – Fátima começou a falar. – A Fabiana levou ela até minha casa para ver a Cecília, mas quando chegou lá, viu uma carta que a Cecilia tinha deixado dizendo que ia embora. – Meu sangue ferveu.
– De novo a Cecília. Sempre a Cecília. Ultimamente tudo o que a Cecília faz é machucar a Dulce Maria. – Disse alto e irritado.
– Seu Gustavo, o senhor não deveria pensar assim da Cecília, ela só quer o bem da Dulce e também gosta muito do senhor. – Fátima disse. Vi as duas começarem a chorar, mas não estava preocupado. Estava irritado pelo que tinha acontecido com Dulce Maria e mais ainda porque a culpada era Cecília.
– E com a autorização de quem foi permitido que ela saísse do colégio? – Olhei para Fabiana que abaixou a cabeça. Claro, quando essas duas, ou melhor, três com a Cecilia, se juntavam, era confusão na certa.
– Me desculpa, senhor Gustavo, eu juro que não foi minha intenção. Mas a bichinha estava tão xoxinha no colégio que eu pensei que vendo a Cecília, ela poderia se animar um pouco. As duas eram inseparáveis. – Fabiana se explicou.
– Eu gostaria que vocês fossem embora agora. – Olhei pro lado e vi o Dr. André chegando. – André, como está a Dulce Maria? – Perguntei apressado.
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A volta de Teresa
FanfictionE se o acidente de asa delta da Teresa não tivesse sido fatal? Se ela tivesse sido dada como morta mas, na verdade, não foi o seu corpo que foi enterrado naquele dia? Por um acaso do destino, Teresa sobreviveu ao acidente que mudou o rumo da sua vid...