Capítulo 72

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Gustavo

– Oi, amor. – Entrar em casa e ver a imagem da Teresa na sala dissipava qualquer estresse de mais um dia de trabalho.

– Oi, meu amor. – Ela me cumprimentou com um sorriso brilhante.

– E isso? – Seu sorriso me contagiou e dei um selinho nela.

– Hoje fui ver a doutora Paloma e... – Ela deu um passo pra mais perto de mim e me envolveu com seus braços.

– E... – Incentivei-a a continuar.

– Gabaritei todos meus exames e ela disse que eu já estou pronta pra engravidar! – Teresa deu um pulinho de alegria e seu sorriso parecia que iria partir seu rosto em dois.

– Que coisa boa, meu amor. – Segurei-a pela cintura e a levantei num abraço rindo junto com ela.

– Mas ela avisou pra irmos com calma, porque talvez eu não consiga de primeira. – Coloquei-a no chão e ela fez uma carinha tristonha.

– Não importa, a gente vai tentando. – Sorri para ela com malícia e ela me olhou sapeca. Segurei seu rosto e dei um beijo em sua boca.

– PAPI! – Escutei a voz de Dulce Maria da escada e a vi descendo até nós. Às vezes até esquecia que agora ela voltava todos os dias para casa depois do colégio.

– Oi, minha filha. Como foi seu dia? – Me sentei com ela no sofá e ela me contou sobre seu dia na escola e eu não poderia querer fim do dia melhor do que esse com as minhas meninas por perto.

      Eu estava adorando esse momento com a Teresa. Ela estava radiante em saber que podia engravidar novamente e acho que finalmente tinha superado o acidente de meses atrás, ainda mais que a Nicole não estava mais entre nós. Por tantas vezes a vi inspirada e suspirando em nossa cama depois de saciarmos nosso desejo de termos mais um filho. Claro que eu não reclamava de absolutamente nada e estava mais do que disposto a realizar todos os desejos dela.

      Enquanto nosso bebê não vinha, Teresa ajudava a Estefânia a cuidar de Alice como uma boa cunhada e madrinha da menina. Pelo menos duas ou três vezes por semana, eu tinha que arrastá-la de volta para casa porque se deixasse, ela ficava o tempo todo com a nossa afilhada no colo.

– Você mima a Alice mais do que a própria mãe. – Disse baixinho a Teresa quando fui buscá-la na casa de Estefânia e Victor mais uma vez.

– Ah, amor. Eu amo crianças. Você sabe. E a Alice me fez ter mais esperança do nosso. – Ela sorriu doce de mim para a menina que estava em seu colo.

– Eu sei que sim. Pelo menos, Dulce Maria já se acostumou a te ver com ela no colo. – Respondi divertido segurando sua cintura por trás e ela sorriu.

– Ela já entendeu que só ela é a minha carinha de anjo. – Ela me entregou Alice e eu dei um beijo na cabeça da menina me despedindo dela e fomos embora para nossa casa ficar com a nossa filha.

      Nas primeiras semanas, estávamos ótimos em tentarmos engravidar, mas com o passar do tempo, Teresa começou a ficar nervosa com a esperança de conseguirmos de primeira. Isso acabava a deixando frustrada por não termos sucesso.

– E então, amor? Fez o teste? Deu positivo? – Perguntei ansioso vendo-a descer as escadas.

– Não. Infelizmente não foi dessa vez. – Ela disse chateada mexendo as mãos inquieta.

– Ah, não fica triste não. Você lembra do que a médica disse, não é? – Me aproximei dela e ela me deu um sorrisinho tristonho.

– Sim, quanto mais eu fico na expectativa, tensa e ansiosa é pior. – Ela suspirou. – Mas você sabe o quanto eu quero ter esse filho. – Balancei a cabeça concordando.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora