Capítulo 16

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      Depois do nosso segundo round, eu estava exausta e toda dolorida. Ainda não era o suficiente para reparar três anos de falta, mas já era um começo. Dei uma risadinha e senti um beijo no pescoço.

– Do que está rindo? – Gustavo disse preguiçoso.

– De nós dois aqui, agora. – Ficamos lado a lado olhando nos olhos do outro. – Três anos não foram suficiente para deixarmos de ser ótimos, ham? – Mordi o lábio e levantei uma sobrancelha divertida e ele me deu um beijo na boca.

– Você sempre foi maravilhosa. – Sorri tímida. – Mas agora eu preciso ir. – Ele disse quase se levantando da cama e eu o segurei pelo braço.

– Por que? – Disse rápido. Olhei pela janela e vi que já era noite.

– Nós temos uma peste de seis anos me esperando em casa, esqueceu? – Ele se sentou de vez.

– Dulce Maria! – Senti a nossa bolha do amor explodir exatamente agora.

– Exatamente. Eu saí de casa dizendo que ia resolver uns assuntos, mas não disse pra onde ia. E ela ainda quer falar com você. – O vi colocando a roupa enquanto continuava sentada com o lençol me cobrindo.

– Liga para ela agora. – Pedi enquanto o observava.

– E vou dizer o que lá em casa? Ela não vai conseguir mentir sozinha. – Ele colocou e abotoou a camisa.

– Não quero que você vá, amor. – Fiz beicinho e Gustavo me olhou sorrindo enquanto veio em minha direção.

– Que tal se sairmos nós três amanhã? – Ele perguntou enquanto alisava meu rosto e eu fechei os olhos sentindo seu carinho.

– Para onde? – Suspirei e olhei para ele.

– Talvez algum parque, não sei. Alguma coisa divertida para a Dulce. – Acenei me levantando enrolada no lençol.

– Tudo bem. – Me virei para ele que me encarava de cima a baixo. – O que? – Perguntei sem entender fazendo a mesma coisa que ele.

– Assim fica difícil ir embora. – Ele sorriu com malícia e veio em minha direção me dando outro beijo.

– Difícil está sendo eu te deixar ir. – Falei contra a boca dele.

– Nos vemos amanhã. Quando eu chegar em casa, te ligo para você falar com a nossa filha, tudo bem? – Ele disse se encaminhando para a porta.

– Prometo que juro que vou atender dessa vez. – Sorri com o olhos e ajeitei o cabelo dele.

– Não vejo a hora de você voltar pra nossa casa. – Ele disse baixinho enquanto me abraçava e depositava um beijo atrás da minha orelha.

Un pasito por vez, mi vida. – Ele sorriu me dando um selinho e foi embora. Fechei a porta e me escorei nela suspirando satisfeita. Caminhei de volta para o quarto sentindo um incômodo no meio das pernas que estava achando delicioso. Eu ia ter uma bela noite de sono. Fui direto pro banheiro e tomei um banho quente. Era como se eu estivesse sentindo as mãos do Gustavo passeando novamente por todo meu corpo.

Fazer amor com ele, depois de tanto tempo, despertou a minha libido adormecida por tanto tempo. Pensei até em me tocar durante o banho mas não seria a mesma coisa sem ele ali para apreciar a vista e depois me possuir inteira. Terminei e voltei pro quarto trocando de roupa. – ¡Ay, coño! – Passei a mão pelo cabelo molhado ao me dar conta que nem eu, nem Gustavo nos protegemos do nosso ato. Peguei meu celular e coloquei um lembrete de ir até a farmácia no outro dia para comprar uma pílula do dia seguinte. Deus me livre ter outro filho agora. Quando estava terminando de arrumar uns pratos sujos do lanche que fiz antes de dormir, ouvi o meu celular tocar lá do quarto e corri para atender com um sorriso no rosto ao ver o nome dele no display.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora