Capítulo 85

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Teresa

– Bom dia, linda. – Escutei a voz do Gustavo ao meu lado.

– Bom dia. – Me espreguicei tentando espantar o sono de mais uma noite mal dormida.

– Você quase não dormiu, não é? Ficou mexendo de um lado pro outro. – Ele se deitou de lado olhando pra mim.

– Até que ele ficou tranquilo algumas horas. – Gustavo passou a mão na minha barriga e senti o bebê chutar. – Menos quando sente a mão do pai. – Revirei os olhos e ele deu risada.

– É bem filho do papai mesmo. – Ele disse divertido me beijando e eu puxei-o para mais perto aprofundando nosso beijo.

– Quero você. – Sussurrei e senti as mãos do Gustavo passando pela extensão do meu corpo até a coxa deixando um rastro de arrepio por onde sua mão tocava. Aos poucos, nos despimos na nossa cama, permanecendo lado a lado.

     Com o tamanho da minha barriga, fazer amor se tornou quase um malabarismo entre nós, mas não nos importávamos. O desejo de tê-lo dentro de mim falava mais alto. Gustavo tocou minha intimidade e eu gemi sentindo suas carícias íntimas, me deixando pronta para ele e me virei nos deixando de conchinha. Ele me invadiu por completo e eu arfei de prazer afundando o rosto no travesseiro.

     Fechei os olhos ao senti-lo entrar e sair de dentro de mim e mordi o lábio para não gemer alto. Gustavo acariciou meu seio com delicadeza e sentia seus beijos pelo meu ombro sem parar de se mexer. Apertei seu braço com força sentindo o meu corpo inteiro tremer quando cheguei ao ápice e soltei um gemido alto enquanto me derretia ao seu redor. Gustavo segurou minha coxa aumentando os movimentos e em pouco tempo ele se expandiu e se esvaziou dentro de mim. Permanecemos na mesma posição ofegantes enquanto recuperávamos os nossos sentidos.

– Quero iniciar todos os dias desse jeito. – Gustavo disse em meu ouvido e eu sorri de olhos fechados.

– Aproveita que vamos passar um tempo de castigo. – Sorri virando a cabeça pra ele e ele beijou o cantinho da minha boca saindo de dentro de mim. – Até o bebê ficou quieto. – Alisei minha barriga.

– Ele sabe que não deve atrapalhar a brincadeira do papai e da mamãe. – Escutei a diversão na voz dele e me levantei me enrolando no lençol sorrindo. – Fique mais um pouco. – Ele segurou meu braço.

– Preciso tomar banho pra acordar a Dulce. A Estefânia chega daqui a pouco com a Alice, lembra? – Olhei pra cara de menino contrariado dele e sorri indo pro banheiro. Fiz minhas higienes e tomei banho voltando pro quarto vendo Gustavo deitado na cama ainda. – Amor, levanta! – Disse impaciente e escutei o suspiro dele. Me arrumei enquanto ele entrou no banheiro e fui até o quarto da minha carinha de anjo.

– Bom dia, mamãe. – Dulce disse assim que eu entrei em seu quarto.

– Já acordada? Qual milagre? – Sorri para ela que se sentou na cama.

– Acho que tem formiga na cama. – Ela disse rindo.

– Então, levanta e se arruma pra tomar café. Já, já sua tia chega. – Dei um beijo de bom dia nela e ela me abraçou desajeitada. Dulce foi pro banho e eu desci as escadas no mesmo instante em que Estefânia chegava com Alice.

– Bom dia cunhada! – Falei animada vendo Alice brincando com sua peruca.

– E essa alegria toda? Viu um passarinho verde? – Estefânia perguntou enquanto nos cumprimentávamos.

– Não, na verdade, acabei de brincar com um pintinho amarelinho. – Pisquei rindo pra ela que abriu a boca entendendo o recado e deu risada. – E essa coisinha gostosa? – Peguei Alice no colo do jeito que podia por causa da barriga e me sentei no sofá. Alice abraçou a minha barriga e deitou a cabeça nela. – Dando bom dia pro seu priminho não é, Alice? – Disse sorrindo e Alice me encarou colocando sua mãozinha em minha boca. Salpiquei beijos pelos seus dedinhos e ela deu uma risadinha gostosa.

– Cadê o Gustavo e a Dulce? – Estefânia se sentou ao meu lado.

– Gustavo está tomando banho e a Dulce se arrumando. – Continuei brincando com Alice que não parava quieta um minuto.

– ALICE! – Dulce chamou alto a prima da escada que olhou imediatamente pra ela.

Dudu. – Alice bateu palma feliz ao ver Dulce Maria. Eu amava essa interação das duas. Ela veio até mim e se sentou perto da prima que tentava a todo custo ir pro colo dela.

– Ela quer ir pro seu colo, bonequinha. – Estefânia disse a Dulce que se sentou encostada no sofá. Ela abriu os braços e as pernas e eu encaixei Alice no colo dela que a segurou firme.

– A gente vai brincar um montão hoje. – Dulce disse para Alice que encarava a prima hipnotizada. Olhei pra Estefânia e sorri para ela. Logo escutei os passos de Gustavo na escada.

– Bom dia, prima. – Gustavo disse chegando perto de nós e beijou a bochecha de Estefânia. – E essa princesinha? – Ele sorriu para Alice a pegando no colo e levando-a pro alto. Alice gritou feliz e Gustavo deu um beijo nela.

– Bom dia, Gustavo. Hoje eu vim aqui pra passear um pouco com a Alice. Ela fica muito em casa. – Gustavo se sentou no outro sofá e eu me levantei para sentar ao lado dele deixando espaço para Dulce e Alice brincarem.

– Não se preocupa, cunhada. A Alice está em casa aqui. – Disse a ela.

– E esse bebê aí? Vai sair quando? – Ela perguntou apontando pra minha barriga e Gustavo colocou a mão em cima.

– Não vejo a hora de poder ver meus pés novamente. Só mais um mês. – Suspirei e Gustavo deu risada.

– Você ri né? – Dei um tapa de leve no braço dele e Estefânia acompanhou a risada.

– Não se preocupe. Um mês passa rapidinho. – Ele beijou a minha bochecha e Silvestre apareceu dizendo que o café da manhã estava pronto. Seguimos para a mesa e nós comemos em meio a conversas e vários gritos da Alice por causa das coisas que Dulce Maria fazia. Essa menina idolatrava a prima.

E parecia que o Gustavo estava adivinhando que sim, o mês passaria voando. Esse último mês de gestação, o Gustavo estava ainda mais permanecendo em casa comigo, ele já tinha deixado várias coisas da empresa com a supervisão de Cristóvão e eu estava mais do que feliz em tê-lo em casa. Nosso bebê chegaria a qualquer momento e não queria que ele perdesse nenhum segundinho da vinda do nosso filho ao mundo.

– Amor, o almoço já está pronto, vamos descer. – Gustavo chegou no quarto enquanto eu penteava o cabelo.

– Já estou indo. – Me levantei da poltrona e senti imediatamente uma dor forte na barriga. – AÍ! – Segurei-a me apoiando na mesinha e Gustavo correu até mim.

– O que houve? – Ele perguntou me segurando e eu respirei fundo.

– Uma... uma pontada. – Me endireitei ainda com dificuldade e vi Gustavo olhar pra minha barriga ao mesmo tempo que senti algo vazar por minhas pernas.

– AMOR... A sua bolsa estourou. – Gustavo disse alarmado e eu olhei para baixo vendo uma poça de água nos meus pés. – O BEBÊ VAI NASCER. – Ele disse agitado me fazendo ficar nervosa.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora