Gustavo
Quase três meses depois, nossa família ainda vivia o conto de fadas que todos nós sonhamos em viver. Teresa e eu permanecíamos mais apaixonados cada dia que passava, cuidando e amando nossos filhos que eram nossos maiores tesouros. Benício crescia cada vez mais forte e saudável, trazendo alegria pra nossa casa. Era mágico ver cada nova coisinha que descobríamos dele e ele do mundo. E falando em alegria, Dulce Maria também não ficava atrás em trazer luz e muita confusão pra gente. A minha princesa crescia mais inteligente e perspicaz, deixando Teresa e eu, às vezes, de cabelos em pé com suas travessuras no colégio, mas nunca deixando de nos dar orgulho por sua doçura e generosidade com todos ao seu redor. Ela e Benício eram a nossa razão de viver.
– Papai, mamãe, meu irmãozinho... Tem coisa melhor na vida do que estar perto de quem a gente ama? – Dulce disse feliz vendo eu, Teresa e Benício em seu quarto para dar boa noite a ela.
– Não, minha filha. Pessoas com sentimentos bons é o melhor presente que existe. – Sorri para ela.
– O amor que a gente sente um pelo outro, minha carinha de anjo, é tão grande, mas tão grande que ele é mágico e contagia todo mundo. – Teresa disse emocionada segurando Benício que tentava a todo custo puxar o cabelo dela.
– Eu tô mesmo sentindo o cheirinho de felicidade, doce e suave. – Ela disse juntando as mãos perto do coração. – E sabe de uma coisa, mamãe? Como eu já cresci muito, a partir de hoje, o Benício será a nossa carinha de anjo. – Dulce disse nos pegando de surpresa. Olhei para Teresa e vi a emoção em seus olhos com a generosidade da nossa filha e ela se aproximou para um abraço junto com Benício. Me juntei a eles e nós quatro permanecemos num abraço coletivo.
– Agora dorme, minha filha, amanhã é um novo dia. – Dulce Maria se ajeitou na cama e nós dois demos um beijo de boa noite nela.
Até Benicio lambuzou o rosto da irmã que sorriu para ele limpando a bochecha e depois beijando sua mão. Benício se inquietou e Teresa saiu do quarto, me deixando ali com nossa filha até que ela estava de fato dormindo. Saí do quarto e fui em direção ao meu, vendo Teresa sentada no meio da cama com nosso filho.
– Amor, sabe o que eu estava pensando? – Me dirigi para o banheiro para trocar de roupa e voltei para perto deles.
– Não, o que? – Ela disse beijando o pezinho do Beni que sorria para ela.
– Que a gente podia fazer uma viagem. Agora que o Benício está mais crescido, podíamos pegar a Dulce Maria e viajar um pouco para sairmos de casa. – Disse me sentando encostado na cabeceira da cama. Agora que eu não estava tão mais à frente da Rey Café, desde o nascimento de Benício, tínhamos mais tempo de ficarmos juntos em família.
– E pra onde você quer ir? – Puxei Teresa para encostar em meu peito e coloquei uma perna em cada lado dela.
– Lembra que conversamos de um dia ir visitar a senhora que cuidou de você? Monica, não é? Iríamos quando a Dulce estivesse de férias, mas aconteceram tantas coisas... Eu acho que agora seria o momento certo, além do mais, preciso conhecê-la para agradecer por tudo o que ela fez por você. Se não fosse por ela, você não estaria aqui e não estaríamos vivendo nada disso. – Vi Teresa me olhar com seus olhos castanhos cheios de surpresa enquanto pegava Benício no colo e trazia para perto de nós.
– Você está falando sério? – O sorriso que ela me presenteeou me contagiou e alisei seu rosto sorrindo.
– Sim, amor. Faz quase dois anos que você está aqui conosco, eu tenho certeza que você sente saudades dela, não é? – Teresa balançou a cabeça afirmando.
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A volta de Teresa
Hayran KurguE se o acidente de asa delta da Teresa não tivesse sido fatal? Se ela tivesse sido dada como morta mas, na verdade, não foi o seu corpo que foi enterrado naquele dia? Por um acaso do destino, Teresa sobreviveu ao acidente que mudou o rumo da sua vid...