Capítulo 77

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Gustavo

No dia seguinte, acordei com a cama vazia. Passei a mão pelo lugar da Teresa e o senti gelado. Significava que ela tinha se levantado a algum tempo. Olhei para o relógio e vi que já passava das nove. Uau! Eu tinha dormido tudo isso? Levantei e fui tomar banho para iniciar o dia, tinha certeza que ela estava com Dulce Maria, já que hoje era sábado. Desci e escutei um barulho da cozinha de risadas e fui até lá, encontrando os dois amores da minha vida se divertindo cozinhando.

– Eu posso saber o que os dois amores da minha vida estão fazendo? – Perguntei sentindo uma alegria transbordar do meu peito.

– A mamãe está fazendo o doce que o vovô mais gosta, papi, doce de banana com canela. – Dulce respondeu suja de farinha na bochecha e com um sorriso enorme.

– É mesmo? E por qual motivo? – Perguntei a ela. – Bom dia, linda. – Cheguei perto de Teresa e dei um selinho nela alisando sua barriga.

– Bom dia, amor. Ontem ela pediu para experimentar o doce preferido do meu pai e estamos aqui fazendo, não é minha carinha de anjo? – Ela sorriu doce para nossa filha.

– Sim piririm! Descobri que adoro cozinhar com a mamãe. – Ela roubou um pedaço de banana e comeu rindo.

– Você estava mesmo cansado, hein? Só acordou agora. – Ela me disse enquanto procurava algo na geladeira. – Eu vou preparar alguma coisa pra você. – Vi Teresa colocar o doce para gelar e veio em minha direção.

– Seu cansaço passou para mim. – Sorri. – Onde está Franciele e Silvestre? – Perguntei por não ter visto ou ouvido nenhum dos dois.

– Eu pedi para eles irem ao mercado, mas já devem estar voltando. – Teresa preparou um sanduíche para mim. Já era quase horário do almoço, então, eu iria esperar um pouco mais.

– Mamãe, eu posso ir brincar na casa do Emílio enquanto o doce não fica pronto? – Dulce perguntou.

– Vá se limpar e aí você pode ir. – Teresa respondeu e Dulce saiu correndo da cozinha nos deixando a sós.

– Desde quando ela sabe sobre o doce preferido do Adolfo? – Perguntei me sentando na bancada de frente a Teresa.

– Ontem, quando estávamos conversando, eu acabei falando sobre isso, aí ela me pediu para fazer porque queria experimentar. – Ela deu de ombros me entregando o sanduíche.

– Hummm... Se eu não conhecesse a nossa filha, diria que ela está aprontando alguma coisa. – Respondi a ela que parou o que estava fazendo.

– Você acha? – Teresa perguntou confusa e dessa vez quem deu de ombros fui eu.

– Talvez. Temos que ficar de olho nessa carinha de anjo dela. – Sorri e Teresa me acompanhou.

– Eu acho que vou até a casa da Estefânia ver a Alice depois do almoço. Faz tempo que Dulce Maria não vê a prima, quer ir com a gente? – Ela perguntou checando o doce na geladeira.

– Não se preocupe, eu sei que vocês vão chegar lá e ficar paparicando a Alice, falando sobre conversas de mulheres. Acho que vou atrás do Victor no LePF. – Teresa estirou a língua pra mim e jogou o pano de prato na minha direção. Dei risada e a ajudei a arrumar a cozinha antes que Franciele chegasse e tivesse um ataque por bagunçarmos a cozinha dela.

Logo depois do almoço, como combinado, Teresa e Dulce Maria foram para casa de Estefânia visitar Alice. Eu estava com saudades da minha afilhada, mas não teria condições de ficar lá com um monte de mulher tagarelando sobre coisas de mulheres, então, preferi ficar em casa. Teresa me garantiu que não iria demorar, então, eu poderia tomar a tarde para descansar.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora