Alguns dias se passaram. Durante a semana, Teresa e Gustavo se viram todos os dias. Seja para almoçarem ou para jantarem na casa de Victor e Estefânia que já estava mais do que ansiosa para o seu casamento que seria dali um mês.
– Teresa, eu sei que só falta um mês pro meu casamento e já está quase tudo pronto, mas será que você aceitaria ser a minha madrinha de casamento? Eu convidei a Rosana, mas eu não poderia deixar de pedir a você que fosse. Agora que você voltou, esse lugar é seu. – Estefânia disse quando as duas estavam sozinhas.
– É claro que eu aceito, Estefânia! – Teresa a abraçou emocionada. – Mas será que a Rosana não vai ficar chateada? Eu não quero ser motivo de briga entre amigas. – Ela disse preocupada.
– Não, Teresa, imagina. Eu falei com a Rosana e ela entendeu. Você é minha cunhada e éramos melhores amigas. – Estefânia a abraçou de lado.
– Éramos não, ainda somos, Estefânia. E agora eu sou a sua madrinha! Assim como você foi no meu casamento. – Teresa sorriu.
– Posso saber o que as mulheres mais lindas de Doce Horizonte estão conversando? – Gustavo chegou por trás de Teresa e depositou um beijo na cabeça dela.
– A Estefânia me chamou para ser a madrinha do casamento dela! – Teresa disse feliz.
– É primo, ia ser você com a Rosana, mas agora que a Teresa está aqui, não tem lógica não ser ela com você, não é? – Estefânia disse e ele concordou.
– Vai ser a mulher mais linda da festa. – Ele sorriu olhando pra Teresa.
– Gustavo! – Teresa e Estefânia disseram juntas o repreendendo.
– Depois da noiva. Depois da noiva! – Gustavo disse apressado levantando as mãos rendidas.
– Sai daqui! Vai pra lá. Sai. – Estefânia disse brava e Gustavo saiu rindo.
– Eu nunca vi o Gustavo tão sorridente assim. – Solange, a secretária do Victor, disse perto da gente.
– Tudo graças a Teresa. – Estefânia sorriu olhando pra Gustavo conversando com Victor.
– Ah, gente, parem com isso. – Teresa sentiu suas bochechas queimarem.
– Falta só a Dulce Maria aqui pra alegrar ainda mais a casa. – Solange disse para ela.
– Estava pensando em tirá-la do internato. – Teresa disse pensativa.
– Por que? Ela está tão bem lá. – Estefânia perguntou confusa.
– Eu sei, mas não quero ver a minha filha só nos finais de semana, Estefânia. Quero tê-la em casa todos os dias. – Teresa suspirou.
– O que o Gustavo disse sobre isso? – Ela perguntou.
– Que não seria bom pra ela porque estamos no meio do ano ainda, blá-blá-blá. – Teresa deu de ombros.
– É cunhada, espera um pouco. Quando terminar o ano, vocês colocam ela em outro colégio. Quem sabe até conversando com a Madre, Dulce possa ficar vindo pra casa pra dormir. – Teresa e Estefânia voltaram para onde seus respectivos pares estavam e Solange voltou a arrumar a cozinha pós jantar. Eles conversaram e se divertiram e nem viram a hora passar.
– Vamos? – Gustavo perguntou no ouvido de Teresa. – Quero ficar sozinho com você. – Ele beijou seu pescoço e ela sorriu aceitando. – Gente! Nós já vamos. – Gustavo e Teresa se levantaram.
– Está cedo, Gustavo! – Victor disse.
– Teresa está cansada, então vou levá-la pra casa. – Gustavo colocou a mão na cintura dela e ela escondeu a vontade de rir.
– Casa? Você voltou pra casa? – Estefânia perguntou surpresa.
– Ainda não. Estamos esperando Dulce chegar pra fazermos a mudança juntos. – Teresa sorriu pegando na mão de Gustavo.
– Aí, cunhada. Fico tão feliz. Agora sim a família vai voltar a ser feliz como antes. – Os dois se despediram do casal e foram embora. Como ultimamente Estefânia estava dormindo mais na casa do Victor do que na casa deles, eles não se preocuparam em serem interrompidos essa noite. O apartamento era só deles. Talvez a Dulce Maria no internato durante toda a semana não deixava de ser uma boa ideia.
Chegaram ao apartamento e estava tudo escuro e em silêncio. Como jantaram na casa do Victor, Gustavo dispensou Franciele e Silvestre essa noite. Não era tão tarde assim, passava um pouco das dez da noite.
– Eu estou tão feliz que você aceitou vir definitivamente pra cá. – Gustavo sentou na cama tirando os sapatos.
– Humm. – Teresa respondeu vagamente e Gustavo olhou pra cima vendo-a de frente a ele tirando seu próprio vestido. – É mesmo? Quão feliz você está? – Ela perguntou ao mesmo tempo que o vestido caiu aos seus pés.
– Muito. Muito feliz. – Ele levantou e passou a mão em sua cintura, puxando-a para ir de encontro ao seu corpo. – Eu te amo. – Gustavo a beijou e Teresa deu uma risadinha.
– Me mostre o quanto. – Gustavo sentou na cama com ela em seu colo, colocando uma perna de cada lado de seu corpo. Ela estava somente de lingerie. – Você está com muita roupa. – Teresa resmungou entre os beijos. Ela desabotoou sua camisa passando a mão por toda a extensão de seu peito e abdômen, chegando até suas costas. Gustavo beijou o seu pescoço e ela suspirou.
Depois que Teresa conseguiu tirar a camisa, o empurrou para que se deitasse na cama e desceu as mãos até o cinto da calça, conseguindo desfazê-lo e trazendo a calça até seus pés. Gustavo já estava muito bem acordado e ela lambeu os lábios olhando para ele que a segurou firme e a jogou na cama arrancando uma risada dela.
– Você me pediu para mostrar o quanto eu te amo. – Ele disse beijando sua barriga. – Hoje você está sob os meus comandos. – Teresa suspirou de olhos fechados. A noite acabava de começar.
O dia amanheceu e Teresa acordou com um peso preso ao seu corpo. Ela abriu os olhos e se deparou com Gustavo deitado na metade da cama agarrado a sua cintura, com a cabeça pousada em sua barriga. Como isso tinha acontecido, ela não fazia a menor ideia. Era dia de buscar a Dulce Maria no colégio e dizer para ela que Teresa estava em casa definitivamente. A verdade era que ela tinha dormido ao lado do Gustavo na cama deles a semana inteira, então era só questão de tempo de voltar. Teresa escutou o barulho do despertador do Gustavo avisando que já era hora de levantar, mas ela não tinha a menor vontade disso, principalmente porque ele ainda estava abraçado a ela. Sentia as pernas dormentes, mas estava completamente satisfeita e saciada da noite anterior. Gustavo realmente tinha mostrado, diversas vezes e em diferentes formas, que passasse o tempo que fosse, ele ainda a amava com todo seu coração.
– Bom dia. – Teresa alisou o cabelo de Gustavo enquanto ele se mexeu e levantou a cabeça para olhar para ela.
– Bom dia, linda. – Ela não podia deixar de sorrir para a carinha de menino preguiçoso que ele tinha e ele lhe deu um selinho. – Hoje vamos ao hotel para pegar suas coisas e mais tarde buscar a Dulce Maria. – Teresa balançou a cabeça concordando.
– Vai ser uma mega surpresa pra ela. – Gustavo se levantou nu e ela sentiu uma coceira na mão para beliscar sua bunda.
– Apreciando a vista? – Ele disse pegando-a no ato e ela deu risada.
– Com certeza. – Ela mordeu o lábio com uma carinha de sapeca e ele voltou quase que voando pra cima dela na cama.
– Você ainda vai me matar, sabia? – Gustavo a beijou e mordeu o lábio que ela estava mordendo antes. – Que tal um banho? – Ele disse e não deu tempo nem dela responder, já a puxando da cama. Qualquer dormência que ela sentia, desapareceu completamente. Desceram uma hora depois para tomar café. A mesa como sempre já estava posta e muito bem arrumada.
– Bom dia, patrões. – Franciele os cumprimentou.
– Bom dia, Franciele. – Eles sentaram a mesa e tomaram café. Gustavo logo foi para o trabalho prometendo que na hora do almoço iria passar na cobertura para que eles fossem, finalmente, buscar todas as coisas da Teresa no hotel e depois irem buscar a Dulce no colégio.
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A volta de Teresa
FanfictionE se o acidente de asa delta da Teresa não tivesse sido fatal? Se ela tivesse sido dada como morta mas, na verdade, não foi o seu corpo que foi enterrado naquele dia? Por um acaso do destino, Teresa sobreviveu ao acidente que mudou o rumo da sua vid...