– Nós vamos contar hoje para Dulce do bebê, não é? – Gustavo me perguntou enquanto terminávamos de jantar. Dulce tinha acabado de subir para se ajeitar para dormir.
– Sim, amor, eu não vejo a hora de ver a carinha dela quando souber que será uma irmã mais velha. Apesar de que estou com medo de sua reação. – Falei preocupada enquanto alisava sua barba.
– Eu tenho uma ideia. – Ele levantou e foi até uma gaveta da sala pegando papel e caneta. – Vamos fazer uma carta e dizer que acabou de chegar dos correios para ela. – Ele voltou a sentar com a alegria de menino brilhando nos olhos e bolamos um pequeno texto para ela. – Não se preocupe, tenho certeza que ela vai ficar muito feliz. – Nos levantamos da mesa e seguimos para o quarto da nossa filha que estava terminando de vestir o pijama.
– Eu adoro quando vem os dois me colocar pra dormir. – Dulce disse alegre sentando na cama.
– Minha carinha de anjo, o papai e a mamãe tem uma novidade pra você. – Sentei na cama de frente a ela e Gustavo sentou atrás de mim.
– Adoro ainda mais novidades. – Ela disse animada e bateu uma palminha.
– Ela está bem aqui na minha mão. Acabaram de deixar aqui na porta. – Gustavo disse mostrando a carta.
– Não entendi nada. – Ela nos olhou confusa.
– Espera. – Ele abriu a carta e leu.
"Querida Dulce Maria, sua encomenda à fábrica de bebês foi aceita novamente. A sua mamãe está grávida e você ganhará um irmãozinho ou irmãzinha."
– É sério? Deixa eu ver. – Dulce tentou puxar a carta da mão do pai.
– É sério sim, minha filha. Você vai ser uma irmã mais velha. – Respondi a ela que permaneceu séria. – Não gostou? – Perguntei preocupada pela sua falta de reação.
– Não pororom! – Ela disse balançando a cabeça e Gustavo e eu nos mexemos desconfortáveis na cama dela. – Eu amei! – Ela nos pegou de surpresa sorrindo. – Somos as três pessoas mais felizes do mundo. – Ela abriu os braços feliz. – Opa... – Ela contou nos dedos. – As quatro! – Sorri para ela aliviada que ela estava feliz com a minha gravidez.
– Você não vai sentir ciúmes do seu irmão não, não é minha filha? – Gustavo perguntou a ela.
– Não, papi. Eu aprendi que mesmo com outras crianças em casa, eu nunca vou deixar de ter atenção de vocês e dos meus tios. – Ela disse inocente.
– Isso mesmo, minha carinha de anjo. Nós nunca vamos deixar você de lado. – Respondi a ela sorrindo e nos abraçamos os três.
– Eu posso falar com o bebê? – Ela perguntou me olhando.
– Claro, minha carinha de anjo. – Peguei a mãozinha dela e coloquei na minha barriga.
– Oi irmão ou irmã, tá quentinho aí dentro? Eu espero que você chegue logo pra gente brincar muito. – Ela disse sorrindo e eu me emocionei porque não parecia nem um pouco a Dulce ciumenta com o Arthur e com a Alice.
– Olha, o seu irmãozinho ainda é muito pequenininho, mas tenho certeza que com muito amor e carinho, ele vai crescer forte e com saúde. – Alisei minha barriga sorrindo.
– Sim, mamãe, e dessa vez o dragão Nicole não vai tirar ele da gente. – Ela disse e eu tive vontade de chorar ainda mais.
– Vem aqui, minha carinha de anjo. – Puxei-a para outro abraço e senti os braços de Gustavo nos cercarem.
– Eu amo muito vocês. – Ele disse baixinho e nós ficamos um tempinho assim, até que Dulce se soltou e me encarou.
– Mamãe, eu posso falar com você? Sozinha? – Dulce pediu olhando para mim.
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A volta de Teresa
أدب الهواةE se o acidente de asa delta da Teresa não tivesse sido fatal? Se ela tivesse sido dada como morta mas, na verdade, não foi o seu corpo que foi enterrado naquele dia? Por um acaso do destino, Teresa sobreviveu ao acidente que mudou o rumo da sua vid...