Capítulo 69

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Gustavo

      Nossos dias aqui no resort estavam sendo maravilhosos. Teresa e eu aproveitávamos o quanto podíamos antes de voltar para casa. Ela sempre gostou muito de sol, praia, apesar de não gostar de tomar banho de mar propriamente, mas vê-la se divertindo enquanto fazíamos passeios pelo próprio resort me fascinava. Se eu deixasse, ela parava numa espreguiçadeira e ficava o dia todo deitada lá, produzindo vitamina D e fazendo fotossíntese. Sério.

      Ah, claro que também aproveitávamos a oportunidade de fazermos amor naquela suíte tão bonita reservada especialmente para nós. Ela era um pouco mais privada, com vista para o mar e sua própria entrada e saída para a praia. Não ficávamos completamente isolados, o que seria uma boa ideia, mas também não estávamos tão próximos de outros hóspedes. Isso significava o que? Que podíamos fazer amor a qualquer hora do dia sem nos preocuparmos em sermos ouvidos. No caso, ouvirem a Teresa, porque bem, ela era toda vocal e essas coisas. Eu adorava, diga-se de passagem.

– Nenhuma beleza existente nesse hotel se compara a beleza dessa sua marquinha de biquini bem aqui, sabia? – Sussurrei no ouvido de Teresa segurando seu quadril por trás dela e ela deu risada.

Bueno, uma semana inteira usando biquíni, o resultado tinha que ser esse, não é? – Ela virou o rosto para mim e me beijou na mandíbula.

– Sim, e eu só quero arrancar essa sua roupa e fazer amor com você de novo. – Suspirei afundando meu rosto em seu pescoço sentindo seu perfume.

– Acabamos de fazer amor, Gustavo. Se controla, homem. – Escutei sua voz divertida.

– Se dependesse de mim, nós passaríamos a semana inteira trancados nesse quarto. – Respondi fazendo drama e me afastei dela deixando que ela se vestisse por completo.

– Eu tenho certeza que sim. Toda vez que eu digo que quero apenas me deitar com você sossegada para assistir qualquer coisa na TV, acabamos fazendo amor. – Ela se aproximou de mim com a parte de cima do biquíni desfeita. Sempre era isso, ela chegava e eu amarrava seus laços. Bem apertados. Apenas no caso de ter a certeza que estariam seguros.

– É mais divertido brincar com você do que assistir TV. – Respondi voltando a me sentar na cama enquanto esperava que Teresa terminasse de se ajeitar.

– Tudo bem, bonitão, estou pronta. Vamos? – Saímos do quarto de mãos dadas e fomos para o restaurante do hotel tomar café. Hoje faríamos algo diferente e sairíamos um pouco do resort. Iriamos conhecer um pouco a cidadezinha que abrigava o hotel e passearmos um pouco.

      A cidade era pequena, bem turística mesmo, então fomos caminhando pelas ruas de pedra, Teresa estava encantada com cada lugarzinho. Era uma sensação de interior que nos dava. Em todos os lugares haviam lojinhas e enfeites apropriados para fotos. Até nos atrevemos a tirar algumas para guardarmos de recordação. Pedimos para uma pessoa que passava tirar uma foto nossa e Teresa subiu nas minhas costas rindo. Tivemos que tirar várias vezes porque eu perdia o equilíbrio e ria com ela, mas no fim, era tudo o que eu queria, que ela sorrisse e esquecesse de todos os problemas.

      Passamos por uma pequena igrejinha, um pouco mais afastada, no alto de uma escadaria de pedra e Teresa quis entrar para agradecer. Ela dizia que lembrava de onde ela morava no México, um lugar simples como essa cidade. Aproveitei pra agradecer também pela vida dela e por estarmos juntos novamente. Voltamos para o hotel já quase a noitinha, com uma Teresa cansada se arrastando e eu com várias sacolas de compras que fizemos para nossa família de lembrança. Chegamos no nosso quarto e Teresa passou direto para o banheiro para tomar banho enquanto eu arrumava as sacolas como podia perto da nossa mala.

– Você está com fome? – Perguntei alto a ela.

– Não, amor. Eu estou cheia. – Ela respondeu e eu sentei na cama para esperá-la sair. Não demorou muito e a vi enrolada na toalha. Agarrei sua cintura e dei um beijo nela indo em direção ao banheiro para fazer a mesma coisa. Quando saí, Teresa já estava deitada na cama escondida debaixo das cobertas. Me ajeitei e fui de encontro a ela sentindo seu cheiro de banho tomado e hidratante.

– Gostou do passeio? – Perguntei me deitando e vendo que ela estava mais alerta do que antes.

– Sim piririm. Depois eu quero ver as fotos. – Ela sorriu e veio ao meu encontro deitando a cabeça em meu peito.

– Não está mais com sono? – Alisei suas costas e vi o balanço negativo de sua cabeça. Ela apoiou o queixo no meu peito me encarando.

– Você me ama? – Ela perguntou do nada.

– É claro que eu te amo. Mais que a minha própria vida, mas por que essa pergunta? – Estranhei. Será que fiz algo que a fizesse duvidar?

– Então faça amor comigo. – Ela sussurrou.

– Você tem certeza? Não estava cansada? – Perguntei e ela negou com a cabeça.

Puxei-a para cima de mim e prontamente comecei a beijá-la. O beijo era preguiçoso, lento, nos conectando. Não tínhamos pressa. Só queríamos sentir um ao outro naquele momento só nosso. Fui tirando lentamente a roupa de dormir dela, saboreando cada pedacinho de seu corpo recém saído do banho. Assim como fiz com ela, Teresa também tirou a minha roupa de dormir e nos abraçamos, sentindo pele com pele. Os únicos panos que ainda nos impediam de sentir completamente um ao outro eram nossas peças íntimas de baixo. Alisei a lateral do corpo de Teresa e ela suspirou. Vi seus pelinhos se eriçarem em arrepios por todo seu corpo apenas com meu toque. Nos livramos das últimas roupas e finalmente pudemos nos conectar completamente naquela cama, nos tornando um só. Eram mãos e bocas percorrendo todos os lados e não se sabia onde começava um e onde terminava o outro.

      Teresa gemia o meu nome em meu ouvido, enquanto eu venerava seu corpo e a amava com tudo o que eu tinha. Estávamos suados, mas satisfazendo a vontade da carne e matando a saudade que estávamos, mesmo tendo passado o dia inteiro juntos. Se procurassem direitinho, talvez até os nossos corações estavam batendo no mesmo ritmo. Finalmente chegamos ao nosso ápice, flutuando de mãos dadas no paraíso e voltando ofegantes para a terra. Nós dois sentados no meio da cama, ainda encaixados, nos beijávamos com ternura e amor finalizando o momento só nosso.

– Eu te amo tanto, Teresa. Você é meu ponto de equilíbrio. Minha maior fraqueza, mas também a minha maior fortaleza. – Me declarei olhando-a nos olhos.

– Eu também te amo muito. Siempre. Com todo meu coração. – Ela falou em meu ouvido, me abraçando.

– Quando estávamos lá na igreja, não pude deixar de pensar e agradecer que você estava aqui comigo novamente. Sou tão agradecido ao universo por ter me dado a segunda chance de estar com você... Eu sofri tanto, Teresa... Tanto. – Desabafei e senti meus olhos pinicarem.

– Shhh. Eu estou aqui, meu amor. Quando duas pessoas estão destinadas a estarem juntas, a vida trata de uni-las sempre. – Ela me beijou mais uma vez e eu a abracei apertado, me certificando de que nada nem ninguém pudesse tirá-la dos meus braços.

     Faltava apenas um dia para voltarmos para casa e precisávamos descansar. Então, nos ajeitamos na cama e ficamos daquele jeito, cobertos apenas pelo lençol abraçados. Teresa logo dormiu em meus braços e eu admirei a serenidade de seu rosto. Queria tatuar essa imagem na minha mente para sempre. Pouco tempo depois, senti meus olhos pesados e também adormeci.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora