Capítulo 18

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Teresa

       Finalmente o domingo chegou e eu estava nervosa. Mais uma vez. Estava me preparando o dia todo para voltar para aquele apartamento que foi a minha casa por tantos anos. Na verdade, ainda era, mas eu sentia medo do que encontraria lá. O dia de ontem foi inteiramente meu e do Gustavo. Estefânia levou Dulce para a casa dela para passar o fim de semana com o Victor – que eu descobri que era noivo dela e que iria conhecê-lo hoje. Então, já temos uma grande ideia do que aconteceu. Ele e eu passamos o dia debaixo dos lençóis daquele quarto tentando suprir a falta que fizemos um para o outro.

– Gustavo... – Sussurrei baixo quando senti sua boca passear pelo meu corpo.

– Hum? – Ele não parou o que estava fazendo.

– Precisamos... – Gemi quando o senti perto do meu ponto sensível. – Nos arrumar para o jantar. – Falei com dificuldade.

– Ainda está cedo. – Ele voltou para cima para beijar meu pescoço e minhas mãos passearam pelo seu cabelo. Gustavo desceu os beijos até meu seio esquerdo e o colocou na boca brincando com a língua. Desci minha mão até seu membro e o estimulei sentindo uma mordidinha no meu mamilo em resposta e me escapou um gemido de prazer.

      Gustavo desceu até a minha intimidade e começou a brincar ali, como se fosse um menino no parque de diversões. Ele segurou minha cintura com força, me fazendo permanecer no lugar enquanto eu soltava gemidos altos e apertava os dedos nos lençóis da cama. Senti dois dos seus dedos em minha intimidade movimentando-os enquanto mordia a parte interna da minha coxa.

– Gustavo, por Dios... – Minha voz saiu por um fio de desejo.

– O que você quer, Teresa? – Ele disse baixo fazendo meu ventre vibrar.

– Você. Quero você. – Disse com dificuldade em manter minha sanidade.

– Eu estou aqui. – Ele disse movimentando seus dedos em mim. – O que mais você quer? – Arqueei minhas costas para fora da cama sentindo seu toque íntimo.

Quiero a ti, mi vida. Dentro de mí. – Puxei Gustavo pra cima de mim e ele se encaixou no meio das minhas pernas me devorando lentamente, enquanto os meus olhos reviram de prazer. Ele começou seus movimentos lentos e depois foi aumentando a velocidade conforme sua excitação aumentava, chegando pertinho de mim e pedindo para que eu abrisse os olhos e olhasse para ele. Nos encaramos enquanto seguíamos nesse compasso de nossos corpos, até que não resisti e soltei um gemido alto jogando a cabeça para trás afundando nos travesseiros.

      Gustavo aproveitou esse momento e fez com que nos deitássemos de lado, não deixando de perder o nosso contato íntimo. Ele passou a mão em minha bunda e pegou a minha perna, envolvendo-a na sua cintura enquanto continuava os movimentos intensos. Nos beijamos engolindo os gemidos um do outro, até que o suor escorria por nossas costas e cada vez mais Gustavo aumentava o ritmo de suas investidas. Ele percebeu que eu estava chegando no meu ápice acelerando ainda mais e os espasmos tomaram conta do meu corpo e eu soltei um gemido alto atingindo meu limite. Gustavo permaneceu se movimentando até que ele mesmo atingiu seu ponto máximo e nós dois paramos, sentindo a sensação do momento. Me agarrei ainda mais a ele, estando o mais humanamente próxima possível e escondi o meu rosto no pescoço dele. Ele fez uma trilha de beijos por onde ele podia alcançar da minha pele suada e me puxou para um beijo.

– Agora sim podemos tomar banho. – Ele disse e eu sorri de olhos fechados.

– Você me cansou. Como vou ficar na frente da nossa família? – Belisquei-o de brincadeira.

– Como sempre ficou quando éramos pegos fazendo amor em algum horário durante o dia e tínhamos que fingir que nada tinha acontecido. – Ele sorriu e eu senti minhas bochechas queimarem.

– Você sabe que eles nunca acreditaram nisso, certo? Estefânia era a primeira a cochichar no meu ouvido dizendo que sabia o que estávamos fazendo. – Disse sapeca.

– Somos adultos e adultos fazem sexo. Não temos que nos preocupar com a Estefânia. – Ele saiu de dentro de mim e eu não pude parar o ruído de desaprovação que saiu da minha boca.

– Talvez se a Dulce Maria chegar com esse assunto, aí sim a gente se preocupa, ham? – Respondi tentando sair da cama.

– Você não se atreva a falar disso! Minha filha só vai saber o que é sexo depois dos 30 anos! – Ele disse desesperado como todo pai que tem uma filha e falam sobre esse assunto.

Sí, mi vida. Todo lo que tú digas. Así es. – Disse sarcástica indo em direção ao banheiro. – Você não disse que queria tomar banho? – Levantei uma sobrancelha para ele e larguei o lençol no meio do quarto, aumentando o movimento do meu quadril. Vi Gustavo dar um pulo da cama e sorri satisfeita ao encontrá-lo no banheiro.

      Depois que tomamos banho juntos e fizemos amor mais uma vez ali dentro, Gustavo foi embora dizendo que ia preparar tudo para que eu pudesse chegar depois em casa. Por mais que ele tentasse a todo momento me passar tranquilidade, eu estava com o coração batendo forte. Ele me prometeu que estaria ao meu lado nesse momento e enfrentaríamos juntos tudo.

      Combinamos de que ele chegaria em casa e esperaria que todos chegassem para esse tal jantar que ele tinha marcado para depois me fazer ir. Ele até chamou a Rosana e sua família, uma vez que Estefânia, eu e ela éramos muito próximas antes de tudo acontecer. E também Dulce Maria teria um amiguinho, o Emilio – que eu ainda não conhecia – para brincar no meio de tanto adulto naquela noite.

      Demorei a achar uma roupa que ficasse boa o suficiente para a noite. Era estranho pensar nisso quando na verdade eles eram a minha família e já me viram nos piores momentos – como quando a Dulce nasceu e, no primeiro mês, a única roupa que eu usava era um pijama porque eu dormia em qualquer lugar que pudesse. Cheguei a dormir no meio de um lanche que fazia na cozinha e fui despertada pelo pobre do Silvestre achando que tinha passado mal.

      Finalmente achei um vestido que gostasse. Ele era rosa claro que na frente parecia um conjunto de cropped e saia, mas atrás eles se juntavam, com detalhes de flores e um salto mediano. Passei uma maquiagem leve, como sempre faço e deixei meu cabelo solto, ele era liso, mas cacheava nas pontas. Estava pronta. Agora era só esperar o Gustavo me ligar para eu poder ir.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora