Acordei com um zumbido horrível na cabeça. Não fazia a menor ideia do que tinha acontecido, mas quando abri os olhos, percebi que estava num quarto de hospital e Estefânia estava sentada ao meu lado mexendo no celular.
– Estefânia. – Falei baixo olhando para ela que me olhou de uma vez.
– Até que enfim, Teresa, que susto que você me deu. – Ela disse se levantando e guardando o celular. – Como você está? – A vi se aproximando.
– Melhor. O que aconteceu? – Perguntei olhando para a agulha na minha mão que levava direto pra uma bolsa de medicação.
– Me diz você. Você me ligou dizendo que estava se sentindo mal e que estava no trânsito e depois no hospital. Eu vim correndo. Me falaram que você desmaiou na porta. – Ela disse preocupada e eu fechei os olhos lembrando da minha discussão com o meu pai.
– Você falou com o Gustavo? – Perguntei já imaginando a reação dele ao saber que eu estava aqui por causa do meu pai.
– Não, eu quis vir saber o que você tinha, além do mais, eu não sabia se isso era por alguma discussão entre vocês. – Ela disse se referindo ao meu estado.
– Não, na verdade, eu fui atrás do meu pai e a gente não teve uma conversa civilizada, digamos assim. – Fiz careta.
– Não acredito, Teresa! Então, eu vou ligar pro Gustavo pra ele vir até aqui. – Ela foi em direção a sua bolsa pra pegar o celular.
– Eu estou bem, Estefânia, não precisa preocupar o Gustavo. Daqui a pouco o médico deve me liberar. – Ela não me deu ouvidos até que a porta do quarto se abriu, revelando o Dr. André.
– Olá! Vejo que já está acordada. – Ele se dirigiu até a cama.
– Olá, doutor. – Sorri sem graça para ele.
– Como você está se sentindo? – Ele me analisou.
– Melhor. – Estefânia permaneceu parada olhando para nós.
– Será que agora você pode me dizer o que você estava pensando ao decidir desmaiar na porta do hospital? – Ele me disse em tom de brincadeira.
– Sempre quis fazer uma entrada triunfal em algum lugar. – Estefânia não aguentou e deu risada junto com o Dr. André.
– Mas, então, o que ela tem, André? – Ela perguntou depois que passou o momento descontraído e ele voltou a ficar sério.
– Teresa, eu vim aqui mostrar o resultados dos seus exames, mas gostaria de saber o que você estava sentindo antes. – Ele me disse.
– Faz um tempo que venho me sentindo enjoada, sabe? Umas dores de cabeça chatas, tonturas... E bem, eu estava atrasada e fiz um teste de gravidez, mas deu negativo. Hoje, eu senti umas pontadas fortes na barriga e comecei a suar frio, até que cheguei aqui e minha visão ficou escura e depois não lembro de mais nada. – Respondi a ele que anotava no papel tudo o que eu dizia.
– Você me disse que fez um teste de gravidez e deu negativo, não foi isso? – Ele perguntou de novo.
– Sim. – Respondi simples.
– Teresa, você está grávida. – Ele soltou a bomba e fiquei sem reação.
– O que? – Perguntei depois do choque. – Mas como? Eu fiz o teste. – Disse sem entender.
– Esses testes de farmácia, nem sempre são 100%, Teresa. É por isso que precisa ser feito o exame de sangue, pra dar a garantia de que a mulher esteja mesmo grávida. Mesmo depois do teste ter dado negativo, você continuou sentindo os mesmos sintomas, ou estou errado? – Ele me disse mesmo já sabendo a resposta.
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A volta de Teresa
FanfictionE se o acidente de asa delta da Teresa não tivesse sido fatal? Se ela tivesse sido dada como morta mas, na verdade, não foi o seu corpo que foi enterrado naquele dia? Por um acaso do destino, Teresa sobreviveu ao acidente que mudou o rumo da sua vid...