Capítulo 19

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Gustavo

Já estavam todos reunidos ali para o tal jantar que preparei. Faltava só a Rosana e os filhos chegarem. Estava bem nervoso pela reação da minha família ao saber que a Teresa estava viva, mas já não podia esconder que ela estava aquí. O que mais queria era dizer pro mundo que nós dois estávamos juntos novamente.

– Ainda não entendi o que é tudo isso. – Estefânia disse ao lado de Victor.

– Nem eu. O que você está aprontando, Gustavo? – Gabriel perguntou me olhando inciso.

– Calma, titios, vocês vão saber já, já. – Dulce disse e pisquei para ela sorrindo.

– Você já sabe do que se trata, pequena? – Estefânia perguntou a ela.

– Sim piririm! – Ela disse empolgada. – É uma coisa muito boa, titia. Que me deixa muito feliz! – Enquanto Estefânia estava conversando com Dulce Maria, fui até um canto mandar uma mensagem para Teresa para que ela pudesse vir. Imediatamente recebi a resposta dela dizendo que já estava a caminho e que chegaria em, no máximo, dez minutos. Uau, ela realmente estava ansiosa. Pouco tempo depois, escutei a campainha tocar e vi que era Rosana e seus filhos. Emilio veio correndo em direção a Dulce e eles se cumprimentaram.

– E então, qual é o B.O. aqui? – Rosana perguntou também sem entender.

– Gente, tenham paciência. Eu chamei vocês aqui para comunicar uma coisa muito importante e que vai mudar todo o rumo dessa casa. – Respondi a todos que continuavam falando ao mesmo tempo.

– Você vai se casar? – Estefânia perguntou direta.

– Não, prima. Eu não vou me casar. – Revirei os olhos para ela.

– Ufa, achei que você ia dizer que tinha voltado com a Nicole. – Ouvi seu suspiro aliviado.

– Nem me lembra do dragão Nicole, titia. Não quero ter pesadelos hoje. – Dulce balançou a cabeça como se afastando as imagens de Nicole da mente. Nesse exato momento, a campainha tocou e vi Silvestre indo atender à porta. Comecei a ficar nervoso.

– Não, Silvestre. Deixa que eu mesmo atendo. Fica aqui com todos e chama a Franciele também. Quero que todos saibam e vejam juntos quem chegou. – Fui até a porta e abri. Lá estava Teresa, parada em frente a porta com os olhos assustados e a boca nervosa maltratando o lábio inferior. Me segurei para não enfiar minha língua naquela boca decorada com um batom claro e eu mesmo morder aqueles lábios. De onde eu estava, me virei para todos que estavam acomodados na sala, na expectativa de saber quem era na porta. – Família, eu sei que vai ser difícil para vocês entenderem o que aconteceu, mas eu quero que vocês sejam compreensivos e nos deixem explicar. – Respirei fundo olhando para a Teresa que me olhava nervosa. – Quero que vocês recebam de volta quem nunca deveria ter saído do nosso lado, nossa doce e amada Teresa. – Puxei Teresa com a mão para dentro de casa e quando ela parou na minha frente, pude ouvir sons de surpresa e caras em choque de todos ali.

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Teresa

Estava morrendo de medo da reação de todos quando me vissem, não conseguia parar meu coração de bater rápido. Quando Gustavo me mandou mensagem, eu já estava a caminho. Literalmente. Ia ficar esperando na porta do prédio se fosse preciso, apenas para não demorar tanto a chegar. Agora, eu estava de frente a porta daquela cobertura. Sentia minhas mãos tremerem e meus dentes morderem minhas bochechas e lábio involuntariamente. Podia ouvir a voz do Gustavo lá de dentro falando com alguém e chegando mais próximo a porta. Quando ele abriu, nos olhamos por segundos e eu respirei fundo. Ele estaria ali comigo e sabia que Dulce Maria também.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora