Capítulo 63: Vasto amor

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Harry

Já faz sete meses que eu sai do hospital, sete meses que voltamos para a Mansão Malfoy sem termos que nos preocupar com alguém tentando nos matar ou algo do gênero. Córmaco foi condenado a três anos de prisão pelo ataque ao Draco, não é em Azkaban é em uma prisão melhorada para pessoas ricas e o tempo ainda é pouco comparado a dor que ele causou, mas é melhor do que nada. Antes de ser preso ele conseguiu encontrar a mãe dele, que agora voltou para casa, também sem ter que se preocupar em ser perseguida, afinal Lucius, que era o seu medo, está morto.

Draco finalmente começou a fisioterapia e intercalado a isso voltou a estudar em Hogwarts, se apressou para acompanhar tudo que tinha perdido, e com a ajuda de Hermione e Gina em menos de mês já estava quase parelho com eles. Blásio e Pansy também voltaram a estudar, o que deixou o loiro ainda mais motivado em voltar. Nos primeiros meses foi difícil me acostumar com a distância, porque já estava acostumado a dormir com ele todos os dias, acordar todas as manhãs ao seu lado, mas acabei me adequando a somente o ver de noite nas sessões da fisioterapia, - o único horário que Minerva liberou e que não prejudicou os seus estudos - nos vimos também em alguns fins de semana, nos feriados e nas pequenas invasões que eu fiz nos seus passeios a Hogsmeade.

Não, não voltei para Hogwarts para terminar o último ano, eu já não queria ter voltado da primeira vez, minha tentativa forçada ter dado errado só me fez ter certeza que não iria tentar uma segunda vez. Tenho conhecimento de que isso vai acabar interferindo no meu teste para auror, mas estou disposto a correr o risco.

Nos primeiros três meses continuei na Mansão Malfoy, criando uma ligação enorme com Narcisa que estava se esforçando o máximo para tirar daquele lugar qualquer coisa que lembrasse do passado, mais especificamente de Lucius, porém depois de um tempo acabou se tornando meio torturante continuar lá sem Draco, ir para o Largo Grimmauld também geraria a mesma coisa, então acabei voltando para a Toca, o que fez Molly ficar incrivelmente animada, pelo menos estar com os Weasleys distraiu minha cabeça durante todo esse tempo.

Fiz uma oferta para Narcisa para que se mudasse para a Casa dos Blacks, - Alguns meses depois de Draco receber sua tão desejada liberdade total das acusações que tinha nas costas, Narcisa também foi liberada, todo mês tem uma avaliação para que ela prove que não tem mais nenhum envolvimento com artes das trevas, mas conquistou o direito de ir e vir assim como o filho. - querendo ou não a casa também pertencia a ela, e eu não estava disposto a voltar para lá, tenho lembranças conturbadas do local, vagando demais entre boas e ruins, por outro lado Narcisa sempre deixou muito claro que possui belas memórias do lugar, do tempo que ela, Sirius e Régulo eram próximos, e a Mansão Malfoy em contramão é um lugar que aprisiona péssimas recordações, de todos os traumas que passou na sua vida, então que melhor jeito de se afastar por completo da memória morta de Lucius do que abandonando sua casa? Uma casa que no fundo nunca a pertenceu.

Draco ficou radiante quando soube da mudança da mãe, tanto que deu algumas escapadas de Hogwarts nos dias que ela estava se mudando para poder ajuda-la, de acordo com ele ambos perderam momentos muito importantes da vida um do outro e não queria perder mais nenhum. Houve uma reforma drástica na casa antiga, as paredes foram pintadas de cores mais vivas, o jardim foi inventado com belos girassóis, narcisos, lírios e muitas outras flores, ela manteve o quarto de Draco e o meu inalterado, com a justificativa de que quando tivermos filhos os quartos deles já estão prontos para quando forem visitar a vovó. Nunca vou esquecer da forma como Draco se engasgou com um copo de água, e eu comecei a ficar tão vermelho que devo ter virado um pimentão gigante, enquanto Narcisa caia na risada.

Pretendo arrumar outro lugar para morar assim que Draco se formar, porque obviamente não tenho nenhuma vontade de ir para qualquer lugar sem ele, sete meses já foi tempo o suficiente longe de sua presença diária.

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