Draco
- Eu ainda não acredito que você alugou uma limusine. - Harry fala quando finalmente entramos na limusine, depois de muito esforço para fazer a senhora Weasley parar de chorar dizendo que estamos lindos, que os filhos dela são uma benção e mais algumas coisas do gênero, não posso esquecer de citar que após ser chamado de filho Harry ficou tão contente como uma criança depois de receber um pirulito, foi fofo de ser ver, por mais que ele esteja a uns cinco minutos repetindo que não foi nada.
Convidamos Ronald e Ginevra para virem conosco, mas os dois negaram porque vão demorar um pouco, vão buscar Luna e Hermione. Ronald pelo jeito está tendo oitenta tipos de ataque cardíaco diferentes pois vai ver os pais de Hermione pessoalmente pela primeira vez. Jorge ficou rindo acho que por uns dez minutos consecutivos do desespero do irmão.
- Eu também não acredito... - Harry me olha meio confuso, então eu completo o fazendo cair na risada. - Não acredito que não comprei uma limusine, alugar é algo tão banal.
É bom ter o meu dinheiro liberado de novo, não é como se eu tivesse morrido sem ele, mas é bem chato não poder comprar as coisas que eu quero. Harry usa isso como argumento pra me chamar de mesquinho, porém a realidade é que ele é o único ser humano que é rico e age como se não fosse, dinheiro foi feito para ser gasto, se fosse para deixa-lo mofando num banco então era melhor não ter.
O moreno atravessa a curta distância entre nós, se retirando da minha frente e se colocando ao meu lado, entrelaçando nossas mãos ao recostar a cabeça no meu ombro. Esses gestos naturais entre nós, são uma das coisas que mais gosto quando estamos juntos.
- Nervoso? - Questiona com a voz um pouca abafada.
- Um pouco. Acho que a Sonserina vai me odiar em diversos níveis hoje. - Admito, deitando com a cabeça na sua, percorrendo delicadamente seu rosto com as pontas da mão livre.
- Pois eu acho que não, acho que eles já liberaram toda a raiva acumulada quando nós assumimos nosso namoro, agora no máximo vão dar uma revira de olho e seguir em frente. - Na primeira semana que voltei para Hogwarts depois de ter assumido o nosso relacionamento, fui obrigado a aceitar uma semana na qual fiquei sofrendo todo o tipo de trote orquestrado pelos sonserinos, claro que pensei que meus amigos não estariam envolvidos neles, uma mentira porque no primeiro dia Blásio e Goyle foram os primeiros a esconder minhas roupas e me deixarem uma meia hora enrolado numa toalha. Pansy no segundo dia colocou cerveja amanteigada na minha garrafa de água, e tive que inventar uma desculpa mirabolante para Slughtorn do porque estava apaixonado pela minha cadeira.
- Tem certeza?
- Claro que não, nunca tenho certeza de nada, mas é uma probabilidade de 60% a 40%. - Deixo um riso escapar dos meus lábios, é bom poder rir quando as coisas parecem um pouco complicadas.
Ficamos um tempo em silêncio, apenas o som da nossa respiração dominando o ambiente, seu dedão acariciando delicadamente minha mão, enquanto seguro sutilmente sua coxa. Quando o motorista nos avisa que vamos chegar em alguns minutos, puxo a caixinha do meu bolso, sorrindo pela forma como de imediato Harry se afasta, para poder olhar para mim com os olhinhos brilhando.
- Comprei uma coisa para você. - Digo, entregando a caixinha nas suas mãos, sorrindo ainda mais pela forma como ele a agarra ansioso.
- Eu achei que as surpresas já tinham acabado. - Harry abre a caixinha e seus olhos brilham ainda mais, da forma que eu sou perdidamente apaixonado. Ele pega a lapela dourada nas mãos, a admirando como se ela fosse uma joia histórica.
- Gostou? - Pergunto, meio receoso, temendo que tenha escolhido uma que não condiga com o gosto dele ou que tenha sido algo muito clichê de festas de colegial. Harry me olha como se eu tivesse feito uma pergunta imbecil, então começa a rir ao passar os braços em volta do meu pescoço, me puxando para si.
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Dois Opostos
FanfictionDizem que a guerra faz apenas duas coisas com as pessoas, ou mata, ou marca para sempre seus sobreviventes. Foi isso que a Segunda Guerra Bruxa fez com Harry Potter e Draco Malfoy. Um sobreviveu a pressão de ser o eleito, aos traumas de presenciar...