Capítulo 81: Padrinhos

1.5K 173 593
                                    

Draco

Preparar um casamento por si só é difícil, porém preparar um casamento em sete dias é desesperador, principalmente quando seu noivo é uma pessoa, dizendo bem educadamente, muito lerda. Enquanto eu faço quinhentas coisas por segundo, Harry ainda está pensando no que comeu no café da manhã, essa lentidão piorou consideravelmente com a nossa decisão de adotar o James, porque agora ele já não faz quase nada e no tempo livre foge para o hospital, e me convence a ir junto obviamente, porque também não consigo ficar muito tempo longe do garoto, mas isso acaba nos atrasando significativamente.

Tem a questão da adoção também, preparar um casamento relâmpago e uma adoção é exigir demais até de mim, por isso depois de muito esforço consegui convencer Harry a nos casarmos primeiro, depois adiarmos nossa lua de mel por um tempinho para podermos lidar com a adoção, enquanto isso pelo menos o Ministério já cedeu a guarda de James para a FA, isso nos tranquiliza, porque impede que ele seja adotado por outra pessoa.

James adorou o pouco contato que teve com a FA, o levei para visitar um dia, imediatamente fez amizade com a maioria das crianças, nunca vi garoto tão sociável como ele.

A decisão de nos casarmos primeiro também veio pelo fato de que não estando casados há uma dificuldade maior com a adoção por nós dois, seria mais fácil que só um adotasse, o que não condiz com nossos planos, afinal concordamos que James terá nossos dois sobrenomes.

Ainda não contamos a ninguém sobre nossa decisão, Harry quer contar no casamento, na verdade Harry quer contar desde que decidimos, se dependêssemos dele, ele já estaria gritando a quatro cantos que vai ser pai, está realmente absorto na ideia. Como não posso discordar de todas as decisões dele, estou disposto a considerar contar no casamento, porém prefiro que nos preocupemos com isso mais para frente.

Consegui o lugar para o casório no segundo dia de procura, a FA tem vários sócios milionários (e bilionários), vários deles que possuem clubes, casas, mansões, castelos, e tudo mais que se possa imaginar. Harry deixou claro desde o começo que gostaria de um casamento ao ar livre, eu queria em lugar chiquérrimo, o mais chiquérrimo possível, por isso dei um jeito de unificar as duas coisas.

Ainda não contei para o Harry qual foi o lugar que encontrei, mas hoje consegui o sequestrar do hospital para trazê-lo até aqui, como Harry não é muito chegado em extravagâncias não sei se ele vai gostar, mas o que vale é a tentativa.

- Já posso ver? - Harry pergunta, tentando retirar minhas mãos de cima dos seus olhos.

- Ainda não, espere chegarmos até o lugar exato. - Quando disse que o sequestrei não era tão brincadeira assim, afinal o vendei e aparatei sem nem o avisar para onde estávamos indo.

- Está me deixando ansioso.

- Você sempre está ansioso.

- Disse o buda, né? - Respondendo a ironia faço o moreno bater em uma pedra propositalmente, ele cambaleia e tenta me empurrar quando se equilibra, mas como não enxerga acaba não conseguindo, contentando-se em me mostrar o dedo. - Como conseguiu esse lugar tão rápido?

- Lembra do Lohan Chevalier?

- Sim, um dos maiores sócio investidor da FA.

- Exatamente, Lohan é uma das pessoas mais burguesas que conhecemos, e também uma das pessoas solícitas que conhecemos. Comentei que estávamos com dificuldade para achar um lugar tão em cima da hora, ele falou com alguns contatos e voilà.

Lohan é realmente uma pessoa muito boa, foi um dos primeiros investidores que conseguimos, que não demorou muito para se tornar sócio, quando o contei da necessidade de acharmos um lugar tão rápido, o homem chegou a oferecer se eu gostaria de fazer no jardim da sua mansão.

Dois OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora