Capítulo 77: Juras

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Harry

Congelo ao ouvir sua afirmação, perdendo o controle das palavras, quando me preparo para responder Kingsley sorri mais uma vez, enfim encaminhando-se até os repórteres. Sorrio, lembrando daquele dia, de Lupin, de Dumbledore, da forma como acreditaram em mim... Será que eles também continuam acreditando nessa afirmação?

Saio dos meus pensamentos quando sinto os dedos de James se agarrando na minha roupa, enquanto seus olhos se fecham lentamente, cedendo ao cansaço. Sem que eu precise falar o esquadrão forma um círculo ao nosso redor, empunhando suas varinhas e com o braço livre afastam os aurores intrometidos e os repórteres.

Quando chegamos ao hospital nos encaminhamos até a recepção, explicando previamente toda a situação para a recepcionista, que nos encaminha até o quarto andar, "danos causados por feitiços", ao chegarmos uma curandeira aparece com uma maca pedindo para que James seja colocado nela.

Quando o corpo pequenino entra em contato com a maca, ele rapidamente abre os olhos e segura minha mão fortemente, impedindo que eu me afaste.

- Onde você vai? - Seus olhos já se enchem de água para chorar novamente. - Eu não quero ficar sozinho.

- Eles vão te examinar para que possa ficar firme e forte de novo, e você não vai ficar sozinho, eu e todo esse pessoal bonito atrás de mim - Todos acenam, sorrindo acolhedores. - vão ficar também.

James ainda demonstra estar desconfiando, olhando ao redor com total insegurança, em uma tentativa meio desesperada de tranquilizá-lo procuro no bolso do uniforme o Pomo de ouro que Dumbledore deixou para mim, o qual sempre carrego comigo como um legitimo amuleto da sorte, e o entrego para o garotinho.

- Isso é um pomo de ouro? - Pergunta curioso ao pegá-lo na mão.

- Olha só, você entende bem de quadribol. - Elogio, bagunçando carinhosamente seu cabelo. - É um pomo de ouro sim, mas também é meu amuleto da sorte, sempre que estou com ele sinto como se pudesse enfrentar o mundo inteirinho e continuar sã e salvo.

- Então, por que você está me dando ele? - Indaga, sem compreender muito bem a razão do presente.

- Porque você precisa dele mais do que eu, se estiver fazendo algum exame ficar assustado pode segurá-lo bem forte, vai te dar sorte. - James sorri mais tranquilo, o que faz eu me sentir um pouco mais tranquilo também.

- Podemos ir, garotão? - A curandeira questiona, sorrindo afetuosamente.

- Podemos. - Ele responde, agarrando o pomo contra o peito. A curandeira o leva até uma sala para exames, onde um medimago entra logo em seguida.

Nós permanecemos parados em frente a porta, todos com a varinha em riste, porém alguns se sentam, como Mark e Adriele. É estranho como poucos minutos segurando James me fizeram o sentir tão próximo a mim, tanto que agora sem o seu peso nos meus braços sinto como se alguma coisa estivesse faltando. Por mais que eu tenha demonstrado calma e paciência na frente dele, na verdade estou bem preocupado, no limite, observando tudo, vigiando, com todos os sentidos a flor da pele.

- Já podemos lhe dar parabéns? - Rony quebra o silêncio, se colocando ao meu lado, o sorriso expresso no seu rosto.

- Não quer mais me matar?

- Claro que quero, mas vou seguir o conselho de Goyle e fazer isso depois. - Solto um riso baixo antes de responde-lo.

- O parabéns é para todos nós.

- Então... - Mark se levanta, caminhando até nós. - parabéns coletivo. Nós conseguimos pessoal!

Mark se joga contra nós, puxando os outros junto para um abraço em conjunto, não consigo não rir com as reações que esse abraço gera, Rony e Yasmine demonstram entusiasmo, sorrindo e começando a pular, influenciados por Mark. Kevin inicialmente revira os olhos, mas acaba aderindo a situação. Goyle tem um expressão tão apavorada no rosto, que acho que ele está prestes a ter um derrame pelo contato inesperado. Kimberly e Adriele sorriem animadas também, porém é bem perceptível que elas estão tentando derrubar os outros três cangurus.

Dois OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora