Harry
- Em qual período você teve tempo o suficiente para pensar em uma nova teoria da conspiração? - Rony pergunta quando aparatamos do lado de fora do Ministério, nos apressando para chegar de uma vez até o escritório.
Ainda não disse uma palavra sobre o plano para o ruivo, apenas o puxei pelo braço e disse que precisávamos voltar para o Ministério o mais rápido possível, consigo ver nos olhos dele que ele está pronto para me chamar de louco ou me azarar se eu não o contar o que estou pensando de uma vez. Bom... Ron vai ter que esperar.
- Como assim? - Indago confuso, sem me virar para trás para fita-lo.
- A última vez que eu te vi você estava agonizando de dor no chão, gritando palavras bem agressivas para homens que nem estavam ouvindo mais, ai você fica uma hora sozinho com o doninha e no instante seguinte começa a agir como se tivesse desvendado o caso inteiro. Qual foi o período livre que você teve para isso? Merlin colocou a mão na sua cabeça durante seu sono?
- Já faz meses que nós estamos tentando descobrir porque eles não liberam o garoto, Draco acabou falando uma coisa que me fez pensar em outra coisa que já estava na minha cabeça há algum tempo, eu só não tinha dado a isso a devida atenção.
- Está me dizendo que Draco desvendou o caso? - A expressão do ruivo fica mais confusa a cada frase formulada, porém em poucos segundos a feição repleta de confusão é envolta por uma pronta para cair na risada. - Devemos pagar quanto para ele por ser mais racional que um esquadrão inteiro do Ministério?
- Estou dizendo que se eu estiver certo ele talvez tenha nos dado uma pista muito útil. - Viro-me rapidamente para trás para dar um tapa de força mediana na sua nuca. - E pare de fazer piadinhas idiotas.
- Vai continuar falando em códigos até chegarmos no escritório ou vai me explicar de uma vez o que está pensando? Porque se eu tiver que ser o "olho que tudo vê" por alguns segundos, vou te infernizar sim com piadinhas muito engraçadas até você ser forçado a dizer alguma coisa que faça sentido.
- Consegue esperar até chegarmos no escritório? Prefiro explicar para equipe inteira de uma vez. - Consigo o ouvir resmungando algo que prefiro ignorar para não acabar me irritando. - Olha, preciso que você confie em mim, ok? Só... calma.
A contragosto Rony se cala, permitindo que sigamos em silêncio até o nosso escritório - eu e Rony dividimos o mesmo espaço já que somos parceiros na maior parte dos casos nos quais trabalhamos, com exceção desse que somente eu estou no comando. O ruivo odeia quando dizem que sou o chefe dele, ele fica uns vinte minutos argumento sobre como nossas posições são proporcionais, mas sim, em palavras mais simples, momentaneamente sou o chefe dele. - assim que chegamos, sou inesperadamente puxado por braços fortes e arrastado até outra sala, que depois de alguns milésimos de observação reconheço como a sala do Ministro Kingsley. Ser trazido para cá sem aviso prévio certamente não é um bom sinal, nunca é um bom sinal seu chefe aparecer do nada no seu escritório lhe puxando pelos corredores.
- Ministro, boa tarde, que honra revê-lo. - Levo a mão até o uniforme o arrumando antes de me sentar na cadeira que ele aponta a sua frente depois de apertar minha mão. - Não sabia que viria ao Ministério hoje, não tínhamos nenhuma reunião agendada pelo que me lembro.
Ser o Ministro da Magia tem suas regalias, uma delas é que você não precisa estar no Ministério o tempo todo, há vários departamento gerenciados por demasiadas pessoas, por exemplo o nosso departamento é o Departamento de Execução das Leis da Magia, ele possui uma pessoa que comanda o departamento como um todo, porém dentro dele há o Quartel General dos aurores que é onde trabalhamos, nele há um chefe que gerencia todo o quartel, Alexandre Pachis, o quartel então é subdividido em esquadrões onde cada um também possui um auror chefe (conhecido como auror sênior), com tanta organização assim não é necessário a presença diária da maior autoridade do mundo bruxo, por isso Kingsley aparece por aqui apenas para reuniões e para verificar casos importantes, em outras palavras casos com maior repercussão... como o Lancaster.
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Dois Opostos
FanfictionDizem que a guerra faz apenas duas coisas com as pessoas, ou mata, ou marca para sempre seus sobreviventes. Foi isso que a Segunda Guerra Bruxa fez com Harry Potter e Draco Malfoy. Um sobreviveu a pressão de ser o eleito, aos traumas de presenciar...