Capítulo 25: Ministério

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Draco

Coloco na cabeça o capuz da capa ao ver que alguns aurores do Ministério estão parados na frente das masmorras, em um movimento rápido, porém sutil, lanço um feitiço para o outro lado do corredor, o que chama temporariamente a atenção dos aurores, que se distanciam indo chegar a procedência do som, me dando tempo para sorrateiramente adentrar a comunal.

Assim que piso no espaço conhecido da comunal sou empurrado para sem ressalvas para um dormitório aleatório, que certamente não é o meu, assustado olho para a pessoa que me empurrou, temendo ser algum auror, preciso me segurar para não soltar um suspiro de alívio ao encontrar Blásio atrás de mim.

- Os aurores estão no nosso dormitório, se você subisse até lá seria preso. - Blásio explica, se sentando na cama, parecendo cansado.

- Quanto tempo faz que eles chegaram? - Sento ao seu lado, tirando o capuz.

- Uns quinze minutos.

- E como estão as coisas?

- Péssimas, eles têm um mandado de prisão para você. - É, eu já esperava, mas continua sendo péssimo. - Não acredito que você se meteu nessa confusão só para pedir desculpas para o Testa rachada, estou com muita vontade de te amaldiçoar.

- É bem péssimas, e onde estão Pansy e Goyle? - Ignoro seu xingamento, mudando de assunto, ele está certo, é uma confusão muito grande criada só para eu me desculpar, mas o que posso fazer se o caos já está armado?

- Fazendo o que você pediu, distraindo o Ministério, Goyle está enfurnado na sala da diretora já faz algum tempo, debatendo sabe-se lá o que com ela e com o Ministro, e Pansy está quase sendo presa por desacato a autoridade, porque fica xingando os aurores e soltando algumas azarações ao lado deles, que estão os deixando bem irritados.

Por que eu consigo imaginar tão bem Pansy fazendo essas coisas? É difícil não rir dessa imaginação.

- E você estava fazendo o quê?

- Mentindo num interrogatório oficial - Blásio endireita sua postura e força sua voz a ficar fina e suave, além de colocar no rosto uma expressão tão bondosa que quem não o conhecesse até acreditaria que ele é um santo. - "Ó, meu Merlin! Como ousam me acusar de saber para onde meu amigo foi? Eu nunca mentiria para autoridades como vocês, tenho meu respeito com vossas senhorias".

- Uma belíssima atuação, eu admito. - Levanto as mãos para bater palmas, entretanto mudo de ideia no meio do caminho, fazer barulho não é uma boa ideia agora.

- E qual seu belíssimo plano para não ir para cadeia?

- Preciso falar com Minerva, consegue tirar Goyle de lá com o Ministro e leva-los para longe? Não vai demorar para o Ministério perceber que estou de volta.

- Quanto tempo você tem?

- Acho que... uns cinco minutos.

- Certo, deixa comigo, eu vou distrair os aurores da entrada para você poder sair daqui, quando sair vá se esconder atrás de alguma parede próxima à sala da diretora, verá quando eu conseguir tirar o Ministro de lá.

- Ok.

- Vamos. - Zabini se levanta, indo em direção a porta.

- Ei, Blásio. - Chamo, sentindo meu estômago se embrulhar, devido a um certo constrangimento.

- Que foi? Não foi você que disse que não tem tempo, temos que ser rápidos. - Fala, confuso.

- Obrigado por... tudo. - Blásio congela por alguns instantes, não consigo identificar a expressão no seu rosto, mas sinto que consigo enxergar um sorriso se formando nos seus lábios, porém ele o ignora, seguindo até mim e me puxando pelo braço.

Dois OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora