Meu Desejo Meu Destino - Livro 01 'Os Fisher's'

23.🦇

ALLAN.

(ANTES)

Raiva é o que estou sentindo nesse momento.

O caralho do almoço estava indo muito bem até aquele imbecil chegar. Ele passou o almoço todo flertando com ela, com sorrisinhos e elogios sem fins. Não consigo entender o porquê de estar tão incomodado com isso. A gente apenas transou, e foi uma única vez, só.

Não... não é só isso.

Meu corpo ainda deseja o seu, como se fosse a porra de uma droga que me encontro viciado. Apenas uma vez não foi o suficiente para mim. Não bastou.

Aguentei na base do ódio, mas fiquei até o fim do almoço, pouco me fodendo se a minha cara fechada estava incomodando alguém, e quando fui embora, dei apenas um tchau a todos sem os olhar, com a ideia de tirar essa mulher da minha cabeça de uma vez por todas.

Fui direto para meu apartamento, o silêncio tranquilizador do meu novo lar não foi o bastante para acalmar minha mente agitada. Jogado no sofá depois de muito brigar comigo mesmo por aquela pequena me atormentar em pensamentos, adormeci.

Quando acordei, já passava das oito da noite. Tomei um banho, me arrumei, e saí, pois aquela dançarina baixinha ainda espreitava os meus pensamentos.

Agora me encontro em uma boate que não faço a mínima ideia de como é o nome ou onde fica localizada. Apenas entrei. Já bebi o suficiente para sentir meu corpo amolecer pelo álcool. Algumas mulheres vinham dispostas à diversão, e por mais que sejam bonitas, ainda não era ela.

Por que raios meu corpo deseja tanto o dela?

Preciso de mais álcool. Muito álcool.

Bebo mais algumas doses, me deixando ainda mais relaxado ao ponto de encontrar uma mulher de corpo pequeno, lindo, e de cabelos médios. Caminho até ela e não demora para a mesma abrir um grande sorriso. Seus cabelos são lisos e negros. Ainda prefiro os castanhos dela. Os seus olhos também são azuis, mas não tão belos como da minha pequena love e o seu sorriso não se compara ao de...

Porra, para de pensar nela e foca no que está à sua frente.

Afasto os meus pensamentos bebendo o restante da minha bebida em um só gole, e a chamo para irmos a um lugar mais reservado.

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A beijei com a mesma pressa com que minhas mãos tiraram o seu mini vestido, assim como ela tirou as minhas roupas. Acabei trazendo-a para um motel, não muito distante de onde estávamos. E acabei fodendo ela pensando na maldita e delicada florzinha.

Inferno, eu sou um bastardo.

Os gemidos que tirei dessa mulher, que não fiz questão de gravar o nome, não me causaram arrepios de excitação iguais aos que Camila me causou, e mesmo gozando após dar o certo prazer a essa com quem estou, ainda não me sinto satisfeito, pois o motivo é óbvio. Não é esse corpo que eu desejo.

Não é ela.

A desconhecida acabou pegando no sono. Me levanto e visto as minhas roupas. Saio após pagar a conta e deixar um pouco a mais por conta da mulher que está a dormir. Saio do estabelecimento tendo a certeza de que nem o sexo com outra pessoa, nem o mais alto nível de álcool em meu sangue foram capazes de tirar aquela maldita flor de meus pensamentos.

O que essa mulher está fazendo comigo?

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