Assim que mando uma mensagem para Rafa avisando do fim da minha visita, recebo sua resposta informando que ela ainda estava na casa de Bianca e que eu estava sendo esperada lá.
Assim que me guardo o meu celular e coloco o sinto, dou partida no carro e vou ao seu encontro.
Minutos mais tarde sou recebida por uma Sofia descabela e mais feliz do que tinha a deixado mais cedo. Ela corre em minha direção assim que Bianca abre a porta da sua casa.
- Mamãe, você veio. – Ela diz enquanto se joga em meu colo.
- Oi meu amor. – Digo um pouco sem folego pelo impacto dos nossos corpos. É, minha pequena não é mais tão pequena assim. – Sentiu minha falta?
Pergunto enquanto adentro a casa de Bianca com ela em meu colo.
- Muitaaaa. – Ela estende a palavra.
- Oi, Bianca. – Digo, finalmente a cumprimentando.
- Oi, Gizelly. Que bom que aceitou o convite. A Rafa está na cozinha com a Mari, elas decidiram que iriam cozinha. – Bianca fala revirando os olhos. – Que deus nos ajude.
Eu não consigo evitar rir de sua cara.
Por mais que eu amasse a Rafaella, e gostasse muito da Mari, eu sabia muito bem que elas eram uma negação na cozinha. E o desespero de Bianca era compreensivo.
- A mama disse que iria fazer um almoço especial coma a ajuda da tia Mari. Eu queria ajudar também, mas elas não deixaram. – Reclama Soso fazendo um enorme bico, o que a torna ainda mais adorável.
- Você queria mexer com fogo. – Disse Bianca.
- Eii, não é bem isso não. – Rebate Sofia. – Elas nem me deixaram cortar os leguminhos. Isso é tão injusto.
- Oh, sério que elas fizeram isso com você. – Tento soar seria.
Caminho ao lado de Bianca com Sofia em meu colo em direção a cozinha, onde estão a Rafa e a Mari.
- Sério, mamãe. Eu até disse para elas que você sempre me deixa ajudar, mas ela não quis me ouvir. E não ajudou muito a tia Bia dizer que queria brincar comigo. – Ela encara a Bianca, seu bico ainda maior.
- Eu precisava de alguém para me distrair enquanto elas estavam na cozinha. Eu que não iria ficar lá elas me fazerem ajudar, seja lá em que elas estejam tramando fazer. – Bianca da de ombros.
- Então você usou a minha filha para fugir da tarefa de preparar o almoço. Muito maduro, dona Bianca.
- A gente usa as armas que temos a disposição.
Passo as mãos pelos fios loiros da minha filha.
- Eu queria saber o que te deixou neste estado.
Sofia rir, levando as mãozinhas a boca e olhando de maneira cumplice para Bianca.
- Estávamos apenas brincando. Essa pimentinha tem mais energia do que eu imaginava. – Bianca disse de forma vaga, nem realmente explicar o estado que minha filha se encontrava.
Mas no fundo eu sabia que a brincadeira deve ter sido bastante divertida, pois Sofia estava radiante. O que me fez me sentir agradecida por Rafaela ter tido a ideia de deixa-la com Bianca, mesmo no final ela também tivesse ficado por aqui. Sua filha estava feliz, era tudo o que importava.
Quando chego no cômodo, presencio uma pequena discussão entre Rafa e Mari.
- Eu disse para você esperar. – Reclama Rafa.
- Não, não disse. – Rebate Mari. – Você disse para derramar.
- Não mariana, ainda não estava no momento. Eu falei para você esperar e não para derramar. Agora está tudo arruinado.
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A vida da gente
FanfictionPoderia começar dizendo que este não é apenas mais um conto clichê, mas não pretendo começar com falsidades. Afinal, é verdade que este romance tem suas raízes no clichê, mas permita-me destacar que, mesmo sendo inevitavelmente familiar, ele reserva...