Senti sua respiração acelerada, senti seus braços fortes me puxando para mais junto do se corpo, seu coração estava disparado, seus lábios tocaram os meus e a pesar de sentir uma leve relutância, não conseguir o afastar de mim.
Nossos corpos se roçavam na água, sentia que se aqueciam. Tato colocou a mão no meu peito, o que me fez arrepiar. Eu não sabia se estava pronta para aquilo, para o que estava por mim. Me guiando, saímos da água, ele nos levou até uma das pedras da beira do rio e me fez deitar sobre ela.
- Sabe que eu te amo?! – Ele disse roçando o nariz ao meu.
- Agora sei. – Sorri. – E agora você também sabe que amo você.
Sua boca buscou novamente a minha, minhas mãos percorreram as suas costas. Seus braços me envolveram, me apertando contra ele. Uma das mãos de Tato acariciou minha bochecham seu rosto se comprimiu contra o meu, ele depositou um beijo em meu pescoço, minha pele pareceu esquentar onde estávamos em contato.
- Gi, se quiser que eu pare é só me falar. Irei fazer o que você mandar. – Ele sussurrou em meu ouvido.
Eu não sabia se queria parar, mas também não sabia se queria continuar, mas decidir que deveria continuar.
- Não pare. – sussurrei, tentei o máximo não soar insegura, que era como realmente me sentia.
Seu rosto recuou lentamente por alguns segundos me fitou, depois se inclinou cobrindo novamente a minha boca.
Com uma agilidade, ele desfez os laços do meu biquíni. Meu coração batia tão rápido que eu tinha quase certeza que ele o ouvia.
Ele afastou o rosto do meu e novamente me fitou, eu sorri, nervosa, tímida. Minhas mãos suavam.
- Você tem certeza que deseja fazer amor comigo, Gi? – ele me perguntou lançando o olhar sobre o meu. – Não quero te obrigar a nada, saberei te esperar, mesmo estando louco por você.
- Tenho. – Foi apenas o que conseguir dizer.
Com todo o carinho e cuidado possível, ele forçou o corpo sobre o meu, eu o sentir entrar totalmente em mim, completamente dentro de mim. No mesmo instante um gemido de dor escapou dos meus lábios acompanhando por algumas lágrimas que escorreram pelo meu rosto. Tato me beijou suavemente e seguiu com eles limpando cada lágrima que havia escorrido de meus olhos.
- Está tudo bem? – Ele perguntou.
Apenas assenti com a cabeça.
Sua boca pressionou a minha e lentamente ele moveu o corpo para trás, quase saindo de mim, e voltou a me penetrar com cuidado, outra pontada de dor fez surgir um gemido abafado pela sua boca, minha mão apertou firme em sua nuca.
Outra vez ele moveu o corpo para trás e voltou a encaixar, dessa vez quase não havia mais dor, mas ele novamente esperou algum sinal meu para continuar. Sorri para ele e puxei seu rosto para o meu beijo, ele entendeu o que eu queria e retomou os movimentos sobre mim, dessa vez ele não parou e movia lentamente seu corpo sobre o meu.
Apertei os músculos de seu braço e deitei a cabeça em seu ombro, ele se moveu mais algumas vezes e pude sentir todo o seu desejo sendo liberado dentro de mim. Ficamos alguns minutos colados ao outro, tentando acalmar a respirações. Por mais incrível que tenha sido a minha primeira vez, eu não tinha conseguido o acompanhar, não tinha conseguido gozar junto com ele.
Com todo o cuidado, ele saiu de dentro de mim e se deitou ao meu lado, me puxando para deitar sobre seu peito suado.
Alguns minutos depois, vestimos nossas roupas e voltamos para o acampamento. Desta vez ele me manteve em seus braços pelo trajeto, em um abraço. Quando chegamos, fomos ficar na praia. O restante do dia foi tranquilo, apesar de me sentir estranha. Por mais que tivesse sonhado com esse momento, de perder a virgindade com ele, parecia que algo estava fora do lugar.
Voltamos para casa em seu jipe, a contra gosto da Rafa. Eu não estava entendo o que estava acontecendo com ela. Tinha se fechado, e relutou em querer vim com a gente, com o irmão. Mas não tive tempo para questioná-la.
Assim que Tato parou o carro na entrada, ela desceu em disparada nos deixando para trás. Quando eu ia atras dela, ele me segurou me puxando para um beijo.
Não demos conta da chegada da sua mãe, até ouvir o grito dela.
- O que significa isso?
Nos separamos no mesmo instante, descendo do carro nos apoiamos nele.
- Quer me dizer o que significa essa pouca vergonha? – Perguntou meu pai.
- Eu posso explicar, seu Osmir. – Tato tentou falar.
- Suba e pegue algumas roupas, estarei esperando você e sua irmã no carro. – Tia Gegê ordenou.
- Querida, não precisa fazer dessa maneira. Não na frente das crianças. – Meu pai parecia desesperado. O que me deixou ainda mais confusa.
- Faça o que eu estou mandando, Renato. – Gritou ela.
Parecia que eu estava assistindo toda aquela situação de fora, as cenas passando como um filme em minha frente. Rafa aparecendo com uma mochila, logo depois Tato. Meu pai tentando explicar para minha para a Tia Gegê que sair daquela forma não era a coisa certa a se fazer. A sua personal saindo de dentro de casa toda descabelada, o que fez a Tia Gegê ter um ataque de fúria a chamando de vadia.
Meu pai a tinha traído com sua personal, isso estava claro. O que era para ser o dia mais feliz e importante para mim, tornou-se o dia que vi Tato e a Rafa sendo levados para longe de mim.
Fazia um mês desde que eles foram embora, com a mãe. Não conseguir ter nenhuma noticia deles. Meu pai me proibiu de manter qualquer contato, como se não fosse ele o traidor, mas esse não foi o motivo de não conseguir falar com o Tato e a Rafa. Tia Gegê tinha tornado impossível a comunicação entre a gente.
Meu pai tinha começado a sair de forma descarada com sua amante, o que gerou conflitos maiores entre nós.
Dois meses tinha se passado desde o dia em que me entreguei para o Tato, minha menstruação estava atrasada, o que me fez entrar em desespero. A única pessoa quem eu sabia que poderia contar o que tinha acontecido era a Thais, foi o que eu fiz, a fiz prometer guardar segredo. O que não durou muito, pois ao passar mal no escritório do meu pai, e ele me levou ao médico e acabou descobrindo.
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A vida da gente
FanfictionPoderia começar dizendo que este não é apenas mais um conto clichê, mas não pretendo começar com falsidades. Afinal, é verdade que este romance tem suas raízes no clichê, mas permita-me destacar que, mesmo sendo inevitavelmente familiar, ele reserva...