Proteger nossa família

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Meus queridos, pensei em não compartilhar este capítulo devido a algumas dúvidas que tenho em relação a ele. Sentir que estava faltando algo, o que resultou em um atraso na atualização. Estou tentando avançar com a história sem pressa, mas também sem arrastá-la demais. Isso me deixa insegura quanto à coesão da narrativa. Portanto, se notarem algo fora de contexto ou sentirem que algo está faltando, por favor, me avisem.

Sem mais delongas, boa leitura.

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Perspectiva: Rafa

Na manhã seguinte, senti a presença de alguém observando-me. Meus olhos ainda estavam relutantes em se abrir, mas o calor familiar me deu a certeza de que era Gizelly. Um sorriso se formou involuntariamente em meus lábios.

— Sabe que é feio encarar. - brinquei, mantendo meus olhos fechados.

— E quem disse que estou te encarando, amor? - Gi responde, selando nossos lábios com um beijo suave. Esse gesto fez meu sorriso crescer ainda mais, e finalmente, abri os olhos para encontrá-la ao meu lado.

A luz suave da manhã espreitava pelas cortinas entreabertas, iluminando o rosto sereno de Gizelly. Seus cabelos desarrumados e seu olhar carinhoso tornavam a cena ainda mais encantadora.

Suspirei de contentamento e acariciei levemente sua bochecha.

— Você é a primeira coisa bonita que vejo todas as manhãs. - confessei, sentindo-me profundamente grata por tê-la ao meu lado.

Ela sorriu e seus olhos brilharam com ternura.

— E você é a razão do meu sorriso todas as manhãs, minha vida.

Naquele momento, tudo estava perfeito, e nossa conexão era mais forte do que nunca, alimentada pelo amor que compartilhávamos.

— Dormiu bem? - ela me pergunta, a preocupação evidente em seu olhar.

Eu sabia que ela estava ansiosa para saber como eu tinha digerido tudo o que aconteceu no aniversário da nossa filha. Era difícil para mim admitir que não fiquei bem com a aparição da minha mãe e com toda a cena desnecessária que ela causou. Também não estava contente com a atitude submissa do Tato. Eu compreendia que meu irmão tinha um laço forte com nossa mãe, que ele desejava participar da vida da Sofia, mas isso não lhe dava o direito de agir às nossas costas e contar tudo para ela.

Ele sabia sobre o nosso plano, o da Gi e meu, de levar a Soso até o abrigo. Eu tinha compartilhado isso com ele em uma de nossas rotineiras ligações.

— Maravilhosamente bem, porque dormir ao lado da mulher mais incrível deste mundo torna qualquer noite perfeita. Como poderia ter uma noite ruim ao seu lado? - respondi com um sorriso sincero, tentando dissipar as preocupações que ela tinha.

Ela sorriu, mas ainda havia uma sombra de preocupação em seus olhos. Sabia que, cedo ou tarde, precisaria abordar o assunto delicado do aniversário de Sofia de forma mais profunda. Por mais que tenhamos conversado ontem sobre, sei que não era o suficiente.

Enquanto observava aquele sorriso que sempre aquecia meu coração, tomei sua mão nas minhas e acrescentei:

— No entanto, sei que que precisamos conversar, sobre ontem... Sobre a minha mãe e o que aconteceu.

Ela assentiu, seus olhos encontrando os meus com seriedade. Sabíamos que não poderíamos adiar essa conversa por muito tempo. Era hora de enfrentar as questões que surgiram e encontrar uma maneira de lidar com elas juntas, como sempre fizemos.

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