"Se ela é feliz me vendo assim, então é isso que importa"

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Olá!

Voltei :) Bem cedo desta vez, não?

Só queria agradecer por não desistirem e por continuarem aqui, mesmo essa história tendo um hiato tão grande como teve. Eu havia prometido finalizá-la, e vou cumprir. Antes de voltar a atualizar, fiz um roteiro para poder planejar a escrita ( o que se caso eu invente de criar mais uma estória, farei desde o início ) e facilitar pra c****** na hora de escrever cada capítulo. Então, já tenho algo a seguir para, finalmente, terminar essa história. Isso me leva a calcular pelo menos mais uns cinco capítulos, mais ou menos, até o fim. Ainda não tenho certeza da quantidade exata, mas posso dizer que o desenvolvimento daqui para a frente será focado na conclusão da história. Estou tentando não deixar pontas soltas e, ao mesmo tempo, evitar que a história fique maçante. Espero alcançar esse objetivo.

Enfim, sem mais delongas, boa leitura...

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Perspectiva Rafaella

A noite foi perfeita, mas eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela precisaria chegar ao fim. Quando as meninas finalmente cederam e concordaram em encerrar a festa, chamei um táxi. O caminho de volta foi tranquilo e silencioso, e eu estava grata por ter tomado cuidado para não beber demais e manter a mesma vigilância com Gi. Queria que ela aproveitasse a noite, mas sempre com a consciência de que voltaríamos para nosso cantinho em segurança.

Enquanto o táxi deslizava pelas ruas escuras, eu sentia uma mistura de satisfação e expectativa. A madrugada estava naquela transição quase imperceptível entre o escuro profundo da noite e o primeiro sussurro do amanhecer. O céu, antes completamente negro, começava a ganhar um tom levemente mais claro no horizonte, um quase azul, como se o dia estivesse apenas espiando, ainda tímido.

As estrelas ainda brilhavam, embora já não com a mesma intensidade. Pareciam se despedir discretamente, como velhas amigas sabendo que, em breve, dariam lugar à luz do sol. Aquele instante em que a noite começa a ceder, mas o dia ainda não nasceu, carregava uma aura de tranquilidade, um último suspiro de paz antes do despertar do mundo.

A cada minuto, a ideia de estarmos novamente sozinhas, livres das risadas e conversas que tomaram conta da noite, tornava-se mais real. Olhei para o lado, e Gi estava encostada em meu ombro, os olhos fechados, um leve sorriso no rosto. Havia algo de puro e tranquilo naquele momento, como se mesmo depois de uma noite intensa, ela já soubesse que o melhor ainda estava por vir.

Assim que o táxi estacionou em frente à nossa casa, paguei ao motorista e, com Gi ainda meio sonolenta ao meu lado, caminhamos até a porta. Assim que a chave girou na fechadura e entramos, o silêncio acolhedor da nossa casa nos envolveu. Fechamos a porta com cuidado, respeitando aquele costume quase automático, mesmo sabendo que Sofia estava segura no abrigo do seu quarto no andar superior, sob os cuidados da minha avó e do seu novo fiel escudeiro, o gato, longe dali. Foi então que soltei um suspiro, finalmente tirando os sapatos e sentindo o chão frio sob meus pés descalços. Ao meu lado, Gi fazia o mesmo, e por um instante ficamos ali, nos olhando, como se aquele fosse o início de algo muito aguardado.

Gi sorriu, um sorriso suave, cheio de cumplicidade, e se aproximou de mim. Sem pressa, entrelacei nossos dedos, sentindo o calor dela na palma da minha mão, uma sensação familiar e, ao mesmo tempo, sempre nova. Era como se aquele simples gesto contivesse todos os momentos que vivemos e as promessas que, noite após noite, fazíamos questão de renovar.

— Valeu a pena, né? — murmurei, ainda segurando sua mão.

Ela assentiu, os olhos ainda presos nos meus, e então encostou a cabeça no meu ombro, deixando escapar um suspiro que me derreteu por completo.

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⏰ Última atualização: Oct 28 ⏰

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