Por você

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· Perspectiva de Gizelly

Eu não estava acreditando que ele estava ali, tentei disfarçar a minha surpresa.

- O que você está fazendo aqui?

- Não vão ao menos me dar as boas-vindas? – Disse ele

- Esse passeio é para estudantes, que merda você está fazendo aqui?

Tato e eu a encaramos, nunca tinha visto a Rafa agir dessa forma, ainda mais com o Tato.

- Game over, maninha. Perdi na semi, o que me fez retornar ainda ontem para casa. Então hoje acordei e pensei em vim ver como está as coisas aqui, e claro, aproveitar um pouco da diversão.

Ele estampava um sorriso em seu rosto.

- A mãe sabe que você está aqui? – Rafa parecia estar com raiva de Tato, mas não conseguir entender o motivo.

- Claro... – Disse dando um meio-sorriso.

- Eu acho pouco provável que isso seja verdade. – Disse por fim.

- Ela não sabe, mas logo vai saber. – Disse ele. – A treinadora queria que eu fosse treinar hoje para compensar a derrota de ontem, já eu concluir que merecia uma folga. Então estou aqui. Pensei que ficariam felizes por isso.

- Achei uma excelente ideia. – Disse com um sorriso largo no rosto, o que eu estava odiando, pois não deixava dúvida de que eu estava amando que ele estivesse ali.

- Eu achei uma baita idiotice, a mãe vai te comer vivo e ainda vai acabar sobrando para nós. – Rafa começou a andar, indo em direção a trilha onde os outros nos aguardava.

- Acho que ela não ficou muito feliz por eu ter vindo, eu não queria atrapalhar a viagem de vocês, mas eu sentir su...

Sua fala foi interrompida pela saída repentina da Bianca, de mostrando que estava mais do que feliz ao ter pego o que pretendia dentro da cabana.

- Vamos beber, vadias. – Disse assim que saiu.

Ela levou um susto ao se deparar com o Tato.

- Então era isso, você trouxe contrabando. – Disse rindo.

- Oi, Bianca. – Tato a cumprimentou.

- Oi, mané. – Ela olhou em volta. – Onde está a Rafa.

- Foi para a trilha. – Respondi.

- Então vamos fazer o mesmo, não quero ser pega com as belezinhas que estão aqui. – Disse ela apontando com os polegares para a mochila em suas costas.

Assim seguimos ela a caminho da trilha.

Aproveitei para explicar para o Tato sobre o nosso plano e o motivo do lugar estar vazio. Assim que encontramos os outros começamos a caminhar pela trilha, o destino era uma cachoeira dez minutos de caminhada, que não causava riscos para, pois além de ser fácil chegar, não corria o risco de nos perder pela mata.

Assim que chegamos, escolhemos a parte plana das pedras para ficar. Marcela e Ivy caíram na água, enquanto Sammy e Pyong decidiram namorar em uma parte mais afastada da gente. O restante de nós, decidiu ficar por ali mesmo.

Logo Bianca sacou uma garrafa de refrigerante de dois litros da bolsa, a garrafa tinha uma mistura não identificável de algumas bebidas alcoólicas. Bianca e Mari foram as primeiras a começarem a beber, a Rafa não quis aceitar. Eu e o Tato logo de início também não, mas acabamos experimentando alguns goles. Ele contou sobre o torneio, e a gente falou sobre os passeios do dia anterior e de como o lugar era legal.

A Rafa ficou calada por boa parte do tempo, mesmo eu tentando fazer com que ela falasse, meus esforços estavam sendo em vão.

O sol já estava alto, estava próximo do meio dia e de nossa hora de voltar para o acampamento.

- Olha de voltar, galera. – Gritou Bianca.

Rafa e Mari começaram a vestir suas roupas, elas tinham decidido se bronzear. Sammy e Pyong estavam sentados perto de mim e do Tato. Bianca, Ivy e a Marcela saiam da água.

- Vamos ficar mais um pouco. – Tato sussurrou segurando a minha mão.

Eu o encarei confusa.

- Por favor.

- Tudo bem. – Assenti.

Quanto todos estavam prontos para parir, ele avisou que tínhamos decido ficar um pouco mais. Aquilo me pareceu uma loucura, não sabia qual era a intenção dele em me pedir para ficar a sós com ele, não sabia o real motivo dele ter vindo até aqui. Todos se despediram da gente, exceto a Rafa, ela nem ao menos olhou para mim. Sentir como se meu coração estivesse levado uma pancada.

- Vamos entrar na água? – Ele estendeu a mão para mim, e eu aceitei.

Assim entramos dentro do rio onde desaguava uma pequena, mas linda, cachoeira. A água estava gelada, o que me deixou com bastante frio. Ele veio até a mim, me abraçando.

- Eu te esquento.

- Acho que não é uma boa ideia.

Ele estava apenas de cueca, e eu de biquíni. Nossos corpos estavam próximos demais.

- É uma ótima ideia. – Disse ele mantendo os braços envolta da minha cintura. - Eu vim aqui por você. – Disse ele.

- Por mim? Não entendo.

- Eu não conseguia tirar você da cabeça. Sempre que eu fechava os olhos lembrava o que sua amiga disse. Eu não tive cabeça para o campeonato, não consegui me concentrar em nada além de você. Imaginar outro fazendo aquilo que eu sempre sonhei estava acabando comigo. Eu te amo, Gi. – As palavras dele pareceram urgentes.

- Outro? Do que você está falando?

- Outro cara te tocando, te amando, tendo aquilo que eu sempre desejei. Eu te amo, Gizelly. Sempre te amei. – Disse num tom rouco.

- Você deve estar brincando com a minha cara.

Eu não queria acreditar naquela declaração, não podia acreditar.

- Nunca estive falando mais sério em toda a minha vida. Eu te amo.

Lagrimas começaram a rolar no meu rosto, eu não sabia o que o que dizer além de repetir aquelas mesmas palavras.

- Eu também te amo, Tato. 

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Não se desesperem Girafinhas...  Como diria o grande poeta Ovídio: " os fins justificam os meios"... 

Vem muito ai... Aguardem e até breve.

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