Fadas? Era para ser um conto.

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Parece que estou estabelecendo uma tradição de atualizar aos domingos, não é? Três domingos seguidos, uma verdadeira surpresa! Espero que estejam gostando e, por favor, não deixem de votar e comentar. Cada vez que compartilham seus sentimentos nos comentários, meu coração se enche de alegria e fico mais motivada para continuar. Sei que é um clichê, mas não deixa de ser verdadeiro: nós escritores usamos as visualizações, votos e comentários como um termômetro para a nossa escrita.

Agradeço a todes pelo apoio contínuo e pelo carinho demonstrado. Espero que desfrutem do capítulo e que continuem acompanhando essa estória.

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Perspectiva: Rafaella

Desperto antes da Gizelly, a emoção pulsando no compasso do meu coração, e me permito contemplar, em silêncio, a mulher que é a luz dos meus dias. Seu sono tranquilo parece irradiar uma serenidade única, e enquanto o sol lentamente pinta o céu com tons de rosa e dourado, eu me perco na maravilha que é tê-la ao meu lado.

Hoje é o dia que a nossa pequena tanto esperava, o dia do seu aniversário, e já posso sentir a empolgação da Sofia contagiando o ar. Suas risadas e alegria quase nos deixaram de cabelos em pé, em meio aos preparativos para tornar este dia verdadeiramente mágico. De algum modo, enfrentamos cada desafio juntas, e a dedicação em fazer tudo perfeito reflete o amor que compartilhamos.

No entanto, uma sombra momentânea paira sobre essa manhã especial. Uma reunião emergencial chamou a Gizelly, uma reunião que roubou dela o tempo que tanto desejávamos para passarmos juntas em família. Ontem à noite, antes de finalmente pegar no sono, ouvi seus suspiros carregados de culpa e lamento por não poder estar aqui com a Sofia. Tentar consolá-la foi como segurar um pedaço de céu: ao mesmo tempo frágil e precioso.

Nosso plano de levar a Sofia para escolher o tão desejado "gato" teve que ser adiado, devido a essa reunião. Tentei, com todo o meu amor, fazê-la entender que imprevistos acontecem, mesmo nos momentos mais importantes. E, com muita ternura, consegui levá-la ao sono, esperando que as palavras de consolo se entrelaçassem com seus sonhos.

Hoje, eu planejo agir em silêncio, como um fio invisível que une nossos corações. Enquanto as estrelas ainda brilham no céu, eu preparo um café da manhã especial, cheio de carinho e cuidado. Quero que ela saiba, mesmo distante, que estamos aqui, Sofia e eu, segurando a alegria que tanto amamos. Que esse café da manhã seja um reflexo do amor que nutrimos por ela, e que a certeza da nossa espera seja como um abraço afetuoso.

As palavras que sussurrei para acalmá-la ontem ecoam em meu próprio coração: não há culpa em honrar compromissos que a vida nos apresenta. E enquanto ela se dedica a garantir um futuro seguro, aqui estou eu, cuidando do presente, preparando o terreno para o sorriso da nossa pequena.

Este é o meu gesto silencioso de amor, o meu desejo de que ela saiba, mesmo a quilômetros de distância, que estamos aqui, celebrando-a, esperando-a e amando-a mais do que as palavras podem dizer.

Após arrumar com esmero a mesa do café da manhã, subo as escadas, minha alma carregada de expectativa e emoção. Meu coração palpita ao compasso do que está por vir, e enquanto ascendo os degraus, minhas preces silenciosas imploram para que Gizelly ainda descanse, sem despertar, para que meu plano possa florescer sem obstáculos.

Ao passar em frente à porta do quarto que dividimos, um sorriso brinca nos meus lábios, e por um momento, me perco em memórias das noites compartilhadas e das madrugadas que só nós duas conhecemos. Continuo o trajeto com passos leves, meu coração vibrando na esperança de que nosso encontro no corredor permaneça adiado, preservando o mistério do dia que preparei com tanto carinho.

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