04.

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MK.

Estava pousado na tanajura desde cedo e hoje só Deus iria me impedir de ter ela na minha cama. E quando ela descobriu que eu estava olhando, aquela diaba fez o que podia e o que não podia pra me atiçar e eu ia dar pra ela o que ela queria.

Eu sou um cara que nunca gostou de chamar atenção de ninguém pras paradas que eu quero fazer.

Então me mandei pra pista, fui dar uma voltinha até achar minha presa, mas não tinha encontrado.

Eis que ela passou por mim igual um furacão com a Yara.

MK: Aí moleque. – chamei um moleque lá, era fogueteiro da minha tropa.

Tiriça: Fala patrão. – se aproximou.

MK: Vou te dar cem só pra tu fazer um bagulho pra mim.

Tiriça: Já é. – disse firme.

MK: Tu viu aquela mina de vestido preto que passou por aqui agora?

Tiriça: Pô, impossível não olhar, mina maior gostosa, chefe. – disse com um sorrisinho besta.

Moleque emocionado é foda.

MK: É, eu tô ligado, mas aquela ali já é minha. – falei firme e ele tirou o sorrisinho do rosto.

Me segurei pra não rir da cara dele, mané.

MK: Quando ela pisar o pé aqui de volta, tu vai falar que eu tô esperando ela no meu carro. Se ela não for, tu me aciona, jaé?

Tiriça: Já é.

Abri minha carteira, tirei uma nota de cem e dei pra ele.

MK: Atividade, moleque. – fiz um toque com ele.

Dei mais uma voltinha, cumprimentei algumas piranhas e tomei meu rumo pra dentro do meu carro.

Acendi um baseado, abri o teto e dei uma reclinada no banco, fiquei olhando pros olhos de Deus, vulgo estrelas até ver ela passando de volta.

Soltei a fumaça pro ar e deixei o som do carro tocar.

"Um bom malandro, conquistador,
tem naipe de artista, pique de jogador."

Pela demora eu já estava convencido que ela não ia vim.

Mulher de postura é outro nível.

Desliguei o som, fechei o teto solar e saí do carro.

Arrumei o boné e me virei, numa fração de segundos que eu levantei o olhar pra frente, vi aquele monumento vindo na minha direção.

Eu já tinha visto muita mulher linda, mas igual essa aí, só tinha ela mesma.

Fabiana: Não acredito que é você. – ela quebrou o silêncio.

MK: Achei que não viria mesmo. – me encostei na porta do carro.

Fabiana: E não ia mesmo não. – a puxei pela cintura.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora