22.

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MK.

Cheguei na escola da Yasmin era meio-dia e quinze. Encostei o carro afastado do muro e fiquei na moral, dentro do carro ouvindo um rap e levando vento geladinho no rosto.

Com uns cinco minutos depois eu vi um Corolla estacionando na minha frente. Quando a porta abriu, um pezinho trinta e seis encostou no chão, já abri um sorrisinho porque eu já imaginava de quem se tratava.

E eu não estava enganado.

Fabiana desceu do carro, toda gostosa com uma roupa de treino de mma, bateu a porta com uma força, travou o carro e saiu falando no celular.

A mulher é braba mermo.

Resolvi descer também, botei o boné e desci. Ela estava de costas pra mim e nem se deu conta que eu estava me aproximando.

Fabiana: Mas aí ela tem que avisar. Se eu falei que queria pra hoje, não é pra segunda, é hoje! – ela falava um pouco exaltada com alguém – Vou buscar Gabriela e mais tarde eu resolvo isso, tchau.

Ela desligou o celular e colocou no bolso.

MK: Tá me seguindo, Fabiana? – ela se virou pra mim e negou com a cabeça.

Fabiana: Se manca né, vim buscar minha filha como todo o sempre.

MK: E eu vim fazer o mesmo, tanajura. – sorri.

Fabiana: Se tu soubesse o ódio que eu fico quando tu me chama assim, tu nunca mais me chamaria assim.

MK: Tá bolada, por que?

Fabiana: Nada demais, só fornecedor me estressando. – deu uma pausa – Coisa leve.

MK: Tudo bom com o bebê da Diana?

Fabiana: Tá, já tô sabendo o sexo mas eu tô proibida de contar. – sorriu vitoriosa – Sabe como é a Diana né?

MK: Tô ligado mais ou menos.

O portão abriu, as crianças começaram a sair, não demorou pra Gabriela dar as caras e a minha filha logo atrás dela. As duas eram da mesma sala.

Isso significa que eu vou dar de cara com Fabiana muitas vezes ao longo do ano.

Yasmim: Papai! – correu pra mim e eu já peguei ela no colo.

MK: Princesa do pai! – dei um beijo em seu rosto e coloquei meu boné na cabeça dela pra proteger do sol.

Gabriela: Tchau tio MK! – acenou e passou por mim junto com a Fabiana.

MK: Tchau, negona. – acenei de volta.

Saí andando com a Yasmim no colo enquanto ela falava das coleguinhas, inclusive da Gabriela. Entrei no carro com ela e guiei pra casa dela. Não era longe da escola, então ela foi no meu colo mesmo.

Yasmim: Chegueeeeeei mamãe. – berrou quando entrou na sala e foi atrás da mãe dela na cozinha.

Me sentei logo no sofá e fiquei esperando a Clara dar o ar da graça e enquanto isso não acontecia eu mexia no celular.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora