38.

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MK.

MK: Juninho, faz um favorzão pra mim, leva a Luma pra casa dela ou pra onde porra ela preferir. Eu tenho mais o que fazer e depois a gente conversa. – olhei pra Luma.

Luma: Eu acho bom mesmo porque eu não fiz esse filho sozinha. – ela ia sair, mas eu me virei e puxei ela pelo braço com uma certa força.

MK: Olha a porra do jeito que tu fala comigo, ou tu vai conhecer o meu lado que eu sei que tu não quer conhecer. – fiquei cara a cara com ela.

Luma: Tá me machucando, MK. – reclamou tentando se soltar de mim.

MK: Fica esperta. – a soltei empurrando a mesma – Leva essa filha da puta, leva.

Juninho: Agora mesmo, patrão. – disse prestativo.

A minha vontade era pegar esse filho da puta e fazer churrasco dele no mirante a luz do dia pra servir de exemplo pra aprenderem a não mexerem com mulher de bandido e muito menos com o bandido.

Juninho desapareceu da sala arrastando a Luma e eu fui fechar a porta me certificando que ele realmente tinha ido. Avisei pros caras que eu não queria ser interrompido por ninguém e voltei pra sala.

Marreta: Irmão, a Fabiana tá no...

MK: Rebu. – completei a frase junto com ele.

Guto: Como é que tu sabe disso? – me olhou estranhando.

MK: Existem olhos meus por todos os lugares que vocês podem imaginar, mas por hora não vem ao caso. Fabiana tá no Rebu e aqui dentro tem x9 que são os olhos do Coronel, como a gente já sabe. – me sentei na cadeira – E o filho da puta acabou de sair.

Marreta e Guto se olharam incrédulos e voltaram a atenção pra mim novamente.

Guto: Barão foi levar a Diana na casa da mãe delas e a coroa tá lá desesperada porque Fabiana saiu cedo e não voltou mais. Ainda deixou um bilhete... Pera aí que eu vou te mostrar a foto que o Barão mandou. – desbloqueou o celular e estava procurando algo – Aí ó, vê com teus próprios olhos e vê como tu é vacilão.

Peguei o celular da mão dele, aumentei o brilho porque Guto parece que tem visão noturna, nunca vi. E vi a foto do bilhete afrontoso da preta.

MK: Limite ela desconhece. – ri – Muita bala no Rebu. – sorri irônico – Com prazer, minha pretinha. – murmurei.

Naquela hora eu sorri bobão, tenho certeza. Afrontosa até pra fazer merda e pra esfregar a que eu fiz, mesmo sem estar aqui. Se eu não tivesse dado um RL na minha parada com a preta, ela jamais teria ido.

Marreta: Mas vai fazer o que com o Juninho? – me olhou.

MK: A minha vontade é mandar esse cara pro microondas, mas se eu fizer isso, vou colocar a vida da Fabiana e da Gabriela em risco porque ele vai sacar que a gente já sabe. Então, o jeito que tem é armar uma tróia pra ele mesmo no Rebu. – respirei fundo.

Guto: Juninho é cria da Coréia, é mais fácil ele armar uma pra gente lá. – disse incrédulo.

MK: Só se eu não fosse Murilo Falconi. – dei uma pausa – Ele é cria e eu tenho todas as imagens das entradas e saídas daquele lugarzinho se for o caso de invadir. Se a gente negociar diretamente com o Coronel, ele não vai levar a gente pra lá.

Marreta: E tem o que pra negociar aquele verme? É óbvio que ele quer te ver morto e ficar com o controle do Alemão e terceirar aqui e depois vai começar baquear lá na Penha. – disse bolado – Por mim, a gente invade e faz o que tem que fazer.

MK: Tenho esse mesmo pensamento. Liga pro Barão e manda ele vir pra cá agora. – ordenei.

Enquanto Guto dava avisos ao Barão, eu e o Marreta continuamos traçando as rotas que usaríamos e calculamos os passos que daríamos lá dentro. Não era tão difícil, mas fácil igual tirar doce de criança também não seria.

Quando o Barão chegou, repassamos tudo o que já tinha sido planejado, mas eu ainda dependia do Formiga que iria me avisar o melhor momento pra invadir.

Infelizmente por enquanto, a Fabiana iria permanecer no Rebu e eu continuaria aqui com o pensamento firme nela.

Hoje eu não iria pra casa, dispensei Guto e Barão e hoje eu ia ficar de plantão. Eu me conhecia e sabia que não ia conseguir dormir.

Me joguei no sofazinho, acendi um e joguei a fumaça pro ar e a maldita continuava na minha mente. Me lembrei da primeira vez que a vi, a primeira vez que a levei pra cama e ela me dando a corrente que eu estava usando.

Me peguei olhando as fotos dela que tinham no meu celular, dei zoom no seu rosto e era impossível não notar a beleza.

Quando foi que a Fabiana me deixou com a cabeça virada e eu não percebi?

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora