80.

4.8K 293 16
                                    

YARA.

Não tenho a menor noção de quantas horas já se passaram, eu e a Diana seguíamos firmes na oração. Karina arrumou um jaleco com uma colega e se enfiou lá dentro da sala de cirurgia e não voltou mais. Eu confiava na força que a minha amiga tinha e principalmente em Deus.

Não era justo a Fabiana perder tudo logo agora.

Karina apareceu na sala de espera com uma cara de cansaço e ofegante que eu não sabia decifrar o que esperar.

Yara: Como é que ela tá? – levantei e fui até ela que ainda estava na porta.

Diana: Fala logo, Karina. – a sacudiu pelos braços – Como que tá a minha irmã? E o bebê?

Karina: Bom, o bebê sobreviveu tá sendo examinado. Aparentemente tá bem e logo logo estará apto a ir pra casa. Mas, o estado da Fabiana é delicado, teve complicações na cirurgia pra retirada da bala que se alojou próximo ao peito e ela teve que ser entubada e foi pra UTI. Agora é esperar que ela reaja bem e que Deus faça o melhor pra ela. – começou a chorar e nós três nos abraçamos.

Depois de um tempo, Diana foi ver ela pessoalmente e eu fiquei esperando ela.

Karina voltou lá pra dentro e quando a Diana retornou nós fomos ver o bebê que a gente não sabia o nome ainda. E ele só seria registrado depois que o Murilo assinasse uma declaração reconhecendo a paternidade, já que a Fabiana não estava consciente.

Yara: Como ele é lindo. – falei emocionada segurando o mesmo.

Diana: Ele é grande né? – olhou boquiaberta.

Karina: E então, 4,5 kg. – sorriu olhando – É uma fortaleza.

Ficamos babando no mocinho da Bibi por mais ou menos uma hora e depois disso, tivemos que ir embora. Combinei com a Diana que ela iria pra casa com a Karina e eu passaria a noite no hospital.

Até porque ela tinha a Luara pequena e ela tinha que amamentar.

Diana: Qualquer coisa tu não pensa duas vezes, me liga. Mais tarde eu tô aqui de novo. – disse pela milésima vez.

Yara: Pode deixar.

Karina: Daqui a pouco eu tô aqui, amiga. – disse me abraçando.

Acompanhei as meninas até o estacionamento, Diana deu partida e foi embora. Caminhei até a capelinha do hospital que ainda estava aberta e tinha algumas pessoas lá.

Ali mesmo me ajoelhei e meu pedido se misturou com o das outras pessoas que estavam buscando a mesma coisa: A cura, a melhora da saúde dos entes queridos.

Depois da oração, saí da capelinha e fui atrás de café porque a madrugada iria ser longa.

📲 Amor

Guto: Sereia?

Yara: Oi amor.

Guto: Onde é que você tá?

Yara: No hospital ainda. – puxei a respiração – Graças a Deus o filho da Bibi nasceu com saúde, forte e lindo.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora