35.

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CORONEL.

Sabe quando tu tem a chance de matar dois ou três coelhos com única paulada? Esse era o meu momento. Eu tinha inúmeros motivos pra querer a destruição da corja da Penha e do Alemão. Especialmente, o arrombado do MK.

Ele tá sempre cruzando a porra do meu caminho e conquistando tudo que é meu de direito. Começou com a posição na facção, depois o Complexo do Alemão e agora até a mulher que eu cobiço a muito tempo e que eu já estava quase conseguindo, ele tomou.

Ele matou meu irmão com vinte tiros e mandou largar dentro de um carro na entrada do Aço.

Eu devia isso ao meu irmão e ia cumprir nem que fosse a última coisa que eu faria.

Eu não sou homem de levar não de mulher e deixar por isso mesmo. Mas aquela piranha da Fabiana me negou e eu fiquei mais louco por ela ainda.

Então juntei o ódio que eu tinha do Imperador, os motivos que eu tenho do Murilo e da Fabiana e vou me vingar de uma única vez. Vou deixar aquele filho da puta sem casa ou melhor queimando no inferno.

Não precisei nem trocar tiro pra trazer a herdeira pra dar umas voltinhas por aqui, imagine pra matar todo mundo. Só seria questão de tempo e eu ia ter tudo o que eu desejo.

Saí de casa depois de tomar um bom café da manhã e fui no cativeiro que eu preparei pra receber a garotinha abusada. Arrumei até uns animaizinhos pra ela se distrair enquanto o tempo passava.

Antes que eu entrasse, meu celular tocou, era os meus olhos no Alemão.

📲 Juninho

Coronel: Dá o papo.

Juninho: Boas notícias, parceiro. MK acabou de chegar da Penha e acabou de descobrir que o novo lança míssel dele foi roubado durante o trajeto. Fora o prejuízo de trezentos mil, a carga dele de droga também foi roubado. – riu.

Coronel: Muito bem, garoto.

Juninho: O barril de pólvora estourou na Penha. Tá todo mundo atrás da garota já e já tão começando a negociar pra invasão aí.

Coronel: Deixa ele vim, eu quero ele aqui dentro. – ri satisfeito – Qualquer movimentação, me aciona.

Juninho: Todo certo prevalece.

Coronel: É isso, parceiro.

📲

Eu estava bem satisfeito hoje.

Dei um breve bom dia pros parceiros que estavam na contenção do cativeiro.

Coronel: Trouxe a parada que eu pedi? – olhei pro Formiga.

Formiga: Trouxe. Tá aqui! – pegou uma caixa de vidro com várias rãs que pulavam pra caralho.

Coronel: Ótimo, vou dar uma olhadinha na herdeira e dar as boas vindas. – ri irônico.

Grande soldado esse Formiga.

Entrei na casa e ouvi uns gritos vindos de um dos quartos enquanto João assistia a tv tranquilamente.

João: Já decidiu que horas vai passar a garota? – me olhou – Chata pra caralho, já gritou chamando pela mãe umas mil vezes. Perdi até as contas.

Coronel: Passar a garota? – ri – Eu não vou passar a garota, pelo menos não agora, eu vou brincar um pouquinho com ela.

Caminhei até o quarto, abri a porta e a Gabriela tava sentada no colchão que estava no chão. A mesma estava com o rosto inchado e me olhava com medo.

Era muito a cara da mãe dela.

Gabriela: Eu quero a minha mãe. – gritou.

Coronel: Não gostou de dar uma voltinha? Essa hora a sua mãe nem lembra que tu existe. Tá por fora. – me abaixei em sua frente.

Gabriela: Mentira. – ela começou a chorar e eu gargalhei.

Sinceramente, eu me divertia muito vendo as pessoas com medo de mim. Ela já tava quase rouca e com o rosto todo vermelho.

Coronel: Espero que tu goste do que eu vou deixar pra tu aqui. – ri.

Arremessei a caixa de vidro contra a parede, ela se quebrou toda e várias rãs começaram pular por todo canto. Gabriela entrou em desespero e tentou correr, joguei ela em cima do colchão e saí do quarto deixando a mesma trancada.

João: Tá se comportando como um moleque. – me olhou.

Coronel: Ih, tá com dó? – revirei os olhos – Isso ainda tá fichinha por tudo que eles merecem. Agradeçam por eu não ter dado uma surra nela e cortado o cabelo todinho.

João: Tu tem que pensar cada passo que vai dar com muito cuidado, MK não vai deixar barato e não duvido nada eles brotar com os caras da Penha.

Coronel: Mas eu quero é que eles venham mermo. Se tudo continuar como eu planejo, é só questão de tempo pra ver as ruínas daquele império. – sorri.

João: É, espero que não ponha mesmo tudo a perder. – me olhou de lado.

Coronel: Vou dar uma ligadinha pra Fabiana mais tarde só pra mexer no psicológico dela.

João: Tanto faz. Tive que me livrar do meu número, aquela idioma da mãe dela me tonteou um bocado. Gostosa, mas não calava a boca um minuto. – disse com os olhos focados na tv.

Coronel: Tu não curtia ela nenhum pouquinho? – ri.

João: Quando ela tava gemendo, mas fora disso era um castigo ficar do lado daquela mulher. A parte boa de dormir lá é que teve uma noite que a Fabiana dormiu em casa e esqueceu de trancar a porta do quarto, vi ela totalmente nua. Não resisti, bati uma enquanto ela dormia pesado. – riu – Ali eu entendi porque o MK ficou louco nela. Depois disso ela não parava em casa, tava sempre no Alemão.

Eu olhei bem pra cara dele e neguei com a cabeça.

Formiga: Chefe, a carga já chegou. – entrou na sala.

Coronel: Vou descer lá pra ver. Tu passa o olho na menina lá, qualquer coisa tu aciona. – fiz um toque com o João.

João: Tranquilo. – continuou olhando pra tv.

Desci com uma contenção maneira pra ver as cargas e quando eu vi o lança míssil que o arrombado comprou, meu sorriso abriu de orelha a orelha só imaginando o águia pegando fogo e virando pó.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora