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FABIANA.

Alguns meses depois...

Eu estava feliz demais com a vida, tudo fluía como o natural a não ser o fato de eu e Murilo fingirmos que não estamos juntos. Isso não colou muito bem no começo, nem pros nossos amigos, a desculpa que a gente dava pra se ver em público é o bebê e negócios.

É, Murilo resolveu acumular bens e eu voltei pro crime só pra fazer lavagem de dinheiro. É ilegal? É, mas os políticos roubam o tempo todo e o pessoal ainda aplaude e chama de doutor.

Parceiros na vida, parceiros no crime, nos negócios e principalmente no amor e na cama.

Ás vezes a gente discute, quebra o pau mesmo, principalmente por causa da Luma que descobriu que eu estava grávida e faz o que pode e o que não pode pra tirar o meu sossego.

Só estou juntando pra depois da gravidez, afinal ela não é eterna.

Agora vivo mais por aqui pelo Alemão do que na Penha. E não ia ter dia certo pra eu arrebentar a cara dela de porrada e eu não estava nem aí, ela pode ser sobrinha do capeta, eu ainda vou pegar ela e não vou ter dó.

MK: Preta. – entrou correndo ofegante.

Eu estava penteando o cabelo da Yasmim pra ela ir pra escola. Gabriela estava pronta e estava enchendo o bucho com toddynho e misto quente. As duas iam pra escola juntas.

Ainda bem que se davam bem, as vezes tinha uns arranca rabo delas mas no surto meu e do pretinho elas sossegam.

Fabiana: O que foi que houve? – finalizei as tranças no cabelo da Yasmim e voltei a atenção pra ele.

MK: Diana tá parindo, filha. – se aproximou de mim e me deu um selinho rápido – Barão desceu pra levar ela pro hospital.

Gabriela: Minha prima vai nascer, mãe? – começou a se balançar no meio da sala comemorando.

Fabiana: Vai, meu amor. – sorri.

MK: A gente leva as meninas na escola e vai pra lá pro hospital.

Fabiana: Eu ainda acho que tu não deveria tá de bobeira na pista. – alertei.

MK: E quem liga, Fabiana? – revirou os olhos.

Fabiana: Peguem as mochilas de vocês pra gente ir antes que a gente se atrase. – falei pras meninas e elas foram.

Olhei pra cara do Murilo, coloquei a mão na cintura e caminhei até ele já querendo grudar no pescoço do mesmo devido a tanto deboche.

Fabiana: Se tu não liga, eu ligo. Não quero meu homem preso, nós dois vamos ter um filho e eu quero ele presente na hora de parir. – dei um tapinha em seu ombro.

MK: E toda vez que tu pensa nisso eu sou obrigado a repetir que eu não vou preso, pretinha. Mas não vou perder o nascimento da minha afilhada! – me abraçou e depois acariciou na minha barriga – Preta, tem certeza que tu só está de cinco meses? Essa barriga tá enorme demais pra cinco meses.

É, a minha barriga já estava bem daquele jeito, eu parecia uma melancia ambulante.

Fabiana: Será porque ele vai puxar pra você? Já viu teu tamanho? Tô com medo mesmo é da hora do parto e esse bebê me deixar laceada. – falei de um jeito que nem eu contive o riso.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora