FABIANA.
MK: Bora, Fabiana. – gritou pela milésima vez do corredor.
Parece que nasceu de quatro meses, uma criatura dessa. Tudo bem que já são quase meia noite e pelo tempo já era pra nós estarmos lá, mas eu não estava nenhum pouquinho apressada.
Interrompeu meu banho por que quis, não mandei. Aí atrasou tudo, cabelo e afins.
Fabiana: Já vou, porra. – gritei enquanto retocava o batom nude e dava uma verificada no look em frente ao espelho.
Peguei a sacola da joalheria na qual eu tinha escondido atrás de seu criado mudo, a minha bolsa e desci.
MK: Finalmente. – disse de costas pra mim e se virou em seguida – Puta que pariu... Tu deveria ser presa por homicídio doloso, porque a tua intenção é matar.
Fabiana: Tô bonita?
MK: Tá maravilhosa, preta. – pegou minha mão e me fez dar uma voltinha pra ele – Não sabia que tu também curtia preto.
Fabiana: Um preto, é um preto né. – pisquei e me aproximei dele – Isso aqui é pra você. Espero que goste de verdade. – sorri e entreguei a sacola pra ele.
MK: Pô, preta. Não precisava não. – sorriu e me puxou lentamente pela cintura e me abraçou.
Fabiana: Muitos anos de vida, muito juízo e sei lá, tudo o que há de melhor. – falei em seu ouvido e dei um beijo em seu pescoço e com a outra alisei brevemente seu rosto.
MK: Isso aqui é só o brinde porque o presente tá abraçado comigo. – deu um risinho e um selinho.
Fabiana: Bobo. – ri e me soltei dele.
Murilo pensa que eu nasci ontem ou que eu sou trouxa, só pode.
Ele abriu a sacola e rasgou o lacre num puxão. Abriu a caixinha e vi seus olhos brilharem. Eu havia dado pra ele uma corrente de São Jorge de ouro dezoito quilates. Eu sabendo que ele era devoto tanto quanto eu era, não tive nem o que pensar muito.
Não era aqueles cordões extremamente grossos, mas pra ele usar dentro da camisa como ele costumava fazer com uma de crucifixo era ótima.
MK: Obrigada, preta. Essa aqui agora vai fazer companhia pra outra fininha que eu tenho. – sorriu e guardou a mesma na caixinha.
Fabiana: Vamo embora, antes que tu tenha um ataque e essa onda de amorzinho acabe. – ri.
MK: Não se pode mais ser romântico, que mulher braba. – riu – Bora, problemão de um metro e sessenta.
Fabiana: Anda logo, a gente já tá atrasado. – apontei pra porta.
Enquanto Murilo fazia a volta no carro, mandei mensagem pra minha mãe pra saber da Gabriela. Por que mesmo disfarçando, o aperto continuava e eu me calei pra não preocupar ninguém.
Fabiana: Diana tem razão, eu tô preocupada a toa. – falei pra mim mesma após ler uma mensagem da minha mãe que dizia que ela estava bem e dormindo igual um anjo.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER.
FanfictionNinguém sabe a mágoa que trago no peito Quem me vê sorrir desse jeito Nem sequer sabe a minha solidão É que meu samba me ajuda na vida Minha dor vai passando esquecida Vou vivendo essa vida Do jeito que ela me levar... História de Fabiana & Murilo.