31.

6K 372 33
                                    

FABIANA.

MK: Bora, Fabiana. – gritou pela milésima vez do corredor.

Parece que nasceu de quatro meses, uma criatura dessa. Tudo bem que já são quase meia noite e pelo tempo já era pra nós estarmos lá, mas eu não estava nenhum pouquinho apressada.

Interrompeu meu banho por que quis, não mandei. Aí atrasou tudo, cabelo e afins.

Fabiana: Já vou, porra. – gritei enquanto retocava o batom nude e dava uma verificada no look em frente ao espelho.

Peguei a sacola da joalheria na qual eu tinha escondido atrás de seu criado mudo, a minha bolsa e desci.

MK: Finalmente. – disse de costas pra mim e se virou em seguida – Puta que pariu... Tu deveria ser presa por homicídio doloso, porque a tua intenção é matar.

Fabiana: Tô bonita?

MK: Tá maravilhosa, preta. – pegou minha mão e me fez dar uma voltinha pra ele – Não sabia que tu também curtia preto.

Fabiana: Um preto, é um preto né. – pisquei e me aproximei dele – Isso aqui é pra você. Espero que goste de verdade. – sorri e entreguei a sacola pra ele.

MK: Pô, preta. Não precisava não. – sorriu e me puxou lentamente pela cintura e me abraçou.

Fabiana: Muitos anos de vida, muito juízo e sei lá, tudo o que há de melhor. – falei em seu ouvido e dei um beijo em seu pescoço e com a outra alisei brevemente seu rosto.

MK: Isso aqui é só o brinde porque o presente tá abraçado comigo. – deu um risinho e um selinho.

Fabiana: Bobo. – ri e me soltei dele.

Murilo pensa que eu nasci ontem ou que eu sou trouxa, só pode.

Ele abriu a sacola e rasgou o lacre num puxão. Abriu a caixinha e vi seus olhos brilharem. Eu havia dado pra ele uma corrente de São Jorge de ouro dezoito quilates. Eu sabendo que ele era devoto tanto quanto eu era, não tive nem o que pensar muito.

Não era aqueles cordões extremamente grossos, mas pra ele usar dentro da camisa como ele costumava fazer com uma de crucifixo era ótima.

MK: Obrigada, preta. Essa aqui agora vai fazer companhia pra outra fininha que eu tenho. – sorriu e guardou a mesma na caixinha.

Fabiana: Vamo embora, antes que tu tenha um ataque e essa onda de amorzinho acabe. – ri.

MK: Não se pode mais ser romântico, que mulher braba. – riu – Bora, problemão de um metro e sessenta.

Fabiana: Anda logo, a gente já tá atrasado. – apontei pra porta.

Enquanto Murilo fazia a volta no carro, mandei mensagem pra minha mãe pra saber da Gabriela. Por que mesmo disfarçando, o aperto continuava e eu me calei pra não preocupar ninguém.

Fabiana: Diana tem razão, eu tô preocupada a toa. – falei pra mim mesma após ler uma mensagem da minha mãe que dizia que ela estava bem e dormindo igual um anjo.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora