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FABIANA.

Curti o dia agarradinha na minha Gabriela e com a minha mãe, no final da tarde minha tropa feminina chegou e hoje ia ter baile e eu tinha que comparecer.

Eu particularmente não via a menor necessidade de ir sem o meu pretinho por perto, mas na condição de patroa eu não tinha escolha. Ele mesmo disse que não era pra parar com os bailes, até porque nego gastava horrores no Alemão e não podia deixar cair né?

Eu era especialista em festas e mesmo contra minha vontade garanti que hoje ia ser melhor do que muitos por aí. Eu queria ver as ruas lotadas e muito dinheiro circulando.

Karina: Só tapão bolado na raba dessa gostosa. – entrou no quarto cantando.

Yara: Mas essa mulher não tá linda, essa mulher tá um furacão. Furacão da CPI perto de tu é só uma marolinha. – disse também entrando no meu quarto.

Diana: Eita porra. – disse boquiaberta ao me ver – Minha princesa, hoje virou rainha. – se aproximou de mim e beijou o topo da minha cabeça – Eu tenho orgulho de você.

Eu estava de vestido vermelho e em cima de um salto.

Parecia uma cobra que engoliu uma capivara.

Dentro da minha bolsa tinha uma rasteirinha porque eu não ia aguentar muito tempo em cima dele, mas pra chegar no baile estava ótimo.

Coloquei um cordão do pretinho no pescoço pra fazer contraste com a gargantilha grossa que eu estava usando que também era de ouro e o restante dos meus acessórios e borrifei o perfume.

Estava pronta mas me sentia incompleta, era notável que eu não estava feliz e minha vontade era correr pra cama e me agarrar com a camisa do meu pretinho.

Faltava o beijinho no topo da minha cabeça que eu ganhava dele antes de sairmos de casa.

Fabiana: Vamo porque eu tô louca pra voltar pra casa e me deitar. – respirei fundo.

Diana foi dirigindo, mas sabe quando você só consegue ver uma única pessoa na sua frente? Era eu...

Não sabia se estava alucinada, ou maluca, ou sei lá o que. Mas o fato de ter me acostumado a ir com o Murilo pros lugares estava me deixando mais abalada ainda.

Desci do carro, peguei minha arma e entrei no baile.

Geral me olhava como se nunca tivesse me visto. Passei pela Luma que me olhou espumando, dei meu cu como resposta e cumprimentei um pessoal que falava comigo, mas não aguentei muito tempo e subi pro camarote.

Fabiana: Posso ir embora? – falei olhando pro Barão e pro Guto.

Barão: Tu não queria ser patroa? Agora vai ser. – riu e me abraçou – Fica tranquila e relaxa um pouco.

Fabiana: Vai ser difícil. – me sentei e fiquei olhando o movimento do alto do camarote.

LUMA.

Pra mim não existia ninguém mais asqueroso, arrogante e desagradável que é essa tal de Fabiana. Pra ser sincera eu nunca achei graça nela e nem essa importância toda que todo mundo fazia questão de dar pra ela.

O que deixava ela achando que tinha o rei na barriga. Terão que concordar comigo, mas isso tudo é por causa do falecido que ela encarnava e achava que era o pica das galáxias: o pai dela.

Se eu já não gostava dela quando ela colocou os pés no morro, agora depois de colocar o MK na cadeia e agora está se achando e exibindo o poder que pertence a ele é que eu não gosto mesmo. Nada e nem ninguém me tira da cabeça que ela é responsável pela prisão dele.

Afinal, quem é que vive pra cima e pra baixo agarrada no pescoço dele?

Isso mesmo, ela.

O namorado preso e ela enfiada em baile? Isso é certo, produção?

Isso não me desce nunca! Se ela pensa que ela vai pintar e bordar dentro do Alemão, ela tá muito enganada e todo mundo vai saber quem é essa piranha. E eu vou começar a me vingar pelas humilhações que ela me fez passar pelo que ela mais ama nessa vida.

Se ela tem influência, eu também tenho.

Luma: Alá, tio. – me aproximei do tio Caveirinha que estava no bar – Isso lá é postura de mulher? – apontei pra Fabiana que estava se agarrando ao Barão.

A vulgaridade dela não tinha limite. Nem o cunhado ela perdoa!

Caveirinha: Fica na sua aí que tu sabe que não pode falar um a dela que todo mundo se dói. Deixa pra lá, MK vai saber com quem tá lidando mais cedo ou mais tarde. – meu tio deu de ombros.

Dalila: Esquece essa mulher, Luma, tu vai acabar arrumando problema pra tua cabeça. – disse me entregando um copo de água.

Luma: Faço questão de colocar essa aí no lugar dela. Ela vai pedir pra não ter nascido e se arrepender de ter cruzado o meu caminho. – sorri – Vou dar início ao meu plano.

Dalila: Esquece essa história de fuzilar o carro dela com ela dentro. MK vai descobrir tudo mais cedo ou mais tarde, ela também tá esperando um filho dele e isso tá indo longe demais. – me repreendeu.

Luma: Ela que curta os últimos momentos com aquele lixinho na barriga. Herdeiro, o Murilo só vai ter dois. A mais velha e o MEU FILHO. – dei ênfase e voltei a olhar pra ela que estava no alto do camarote conversando com alguns homens.

Ao notar que eu estava a observando, ela voltou a me encarar. Parecia uma gata siamesa assustada que estava exalando poder e medo.

Luma: Vai curtindo os seus últimos dias de glória, Bibi Imperatriz. – falei com nojo olhando pra ela – O que é teu tá guardado.

Dalila: Vamo dar uma volta, tu tá muito fixada nela e ela não tá nem aí pra tu. Vai que tu esquece essa loucura e sossega. – me puxou.

Fomos dar uma volta pelo baile e até dançamos um pouco.

Tô com a mente cheia e tô precisando desestressar por completo.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora