23.

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MK.

Tava levando um papo com a Fabiana no terraço, papo de ainda ser cinco horas da tarde, do nada alguém buzinando pra caralho no portão e em seguida vários rajadão de fogos.

Os filho da puta chegaram mais cedo.

Fabiana me olhou como se esperasse uma explicação e eu não tinha nada o que fazer.

MK: Tu já sabe como funciona, fica aí dentro e se protege. Fica tranquila, vai ter segurança redobrada aqui pra vocês. – me levantei e ela se levantou junto.

Fabiana: Pelo amor de Deus, se cuida? – me encarou com aqueles olhos que eu fiquei até um pouco desnorteado.

MK: Me cuido, pô. Vai me aturar muitos anos e a gente ainda vai ter um time de futebol juntos. – brinquei.

Barão: Tão invadindo, irmão. – saiu de dentro de casa já armado.

MK: Vou só terminar de dar o papo pra dona onça e eu já vou. – fiz sinal pra ele meter o pé.

Fabiana: Dona onça é minha buceta, Murilo. – disse boladinha e eu ri.

MK: Acho uma delícia inclusive. – ri e beijei o topo da cabeça da mesma – Seja macho e segura aí até a minha volta. Vai dormir lá em casa hoje.

Fabiana: Teu cu que eu vou. – revirou os olhos.

Marrenta, pequenininha, toda braba... Assim mata o pai.

MK: Deixa eu voltar pra ver se não vai.

Meti o pé e saí pra fora com o Barão me dando cobertura até chegar na boca.

Ao chegar lá já dei de cara com Juninho, Guto, Danike  e mais quatro caras armados até os dentes.

Guto: Vamo botar esses verme tudo pra correr, terceiro é o caralho. – disse quando me viu.

Juninho: Tropa do MK, PORRA. – gritou – Continuação do Orlando Jogador.

Tinha alguma coisa nesse maluco que me deixava estritamente incomodado. Parecia que ele sempre tava querendo me bajular, só faltava se ajoelhar e pedir pra me pagar um boquete.

MK: Aí, tu vai fazer a segurança da minha mulher lá na casa do Barão, reboca esses quatro aí junto contigo. – apontei pro Juninho e pros outros caras.

Guto me olhou como se eu tivesse dito um absurdo ou alguma coisa de outro mundo. Que se foda.

Guto: Isso tudo é ciúme?

MK: Isso tudo é prezar pela segurança. – dei de ombros e entrei.

Me armei até os dentes, atravessei o fuzil no peito e fiz minha oração mentalmente e fiz o sinal da cruz.

MK: Vou atravessar lá pra Brasília. Quero vocês tudo vivo, porra. – ordenei saindo da minha sala.

Guto: Deus é com nós, parceiro, se o Coronel brechar, vai tomar na careta. – disse cheio de ódio.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora