FABIANA.
Gabriela: Socorro, mamãe, socorro. – gritava.
Quanto mais eu corria atrás dela, mais distante ficava a sua voz.
Gabriela: Me ajuda mamãe...
E foi assim que eu acordei assustada e percebi que aquilo não passava de um pesadelo. Meu celular estava tocando e era número restrito e sem pensar, atendi.
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Fabiana: Alô?
Gabriela: Socorro, mamãe. – era a voz da minha neném chorando.
Fabiana: Meu amor? – falei alto.
Coronel: Oi Bibi. Gostou do meu bom dia? Só não pode ser melhor que o beijo que eu te dei naquele pagofunk.
Fabiana: O que é que tu quer pra soltar a minha filha, imundo?
Coronel: Ah, eu quero tantas coisas Bibi, você não imagina... – o deboche era nítido.
Fabiana: Fala logo, seu verme. Se tu pegou a Gabriela pra me atingir, tá mais que provado que conseguiu. Anda, fala o que tu quer.
Coronel: Negociar com você tá mais interessante do que com aquele arrombado do Marreta e do MK. Se eu soubesse que ia ser mais fácil tinha ligado pra você antes. – gargalhou.
Fabiana: Fala logo.
Coronel: Você, só pra começar. A garotinha já tá aqui mesmo, você aqui é a família completa. Um parceirinho meu de confiança, vai te buscar aí na Penha.
Fabiana: Tu sabe que se brechar aqui, os mm mete bala. Então vai ser a minha maneira. – falei séria – Eu vou sair daqui, sozinha e dirigindo o meu carro e espero por ele quando eu já estiver em Camará.
Coronel: Se tentar qualquer gracinha e se vier com alguém, Graziela morre.
Fabiana: É Gabriela. – o corrigi.
Coronel: Que seja. Que horas tu vem?
Fabiana: Me dá uma hora e meia e eu tô aí.
Coronel: Sem gracinha ou a menina morre.
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Já tinha três dias desde o sequestro da Gabriela e eu já não aguentava mais ouvir "tenha calma" e "ela vai voltar pra casa". Mãe nenhuma aguenta ouvir isso e eu não ficaria de braços cruzados chorando e esperando Gabriela entrar por aquela porta.
Eu sabia que eu indo pra dentro do Rebu era suicídio, mas era a vida da minha filha que tava em perigo.
Levantei da cama num pulo, nem me dei o trabalho de arrumar, tomei um banho e coloquei uma roupa. De preferência calça jeans e tênis pra me ajudar a correr se fosse o caso.
Amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e comecei a me encher de ouro pelo corpo. Eu não podia dar bandeira, seria impossível eu sair da Penha sem que ninguém notasse. A única desculpa que eu tinha e que não atrairia ninguém vindo atrás de mim, era uma reunião na minha loja.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER.
FanfictionNinguém sabe a mágoa que trago no peito Quem me vê sorrir desse jeito Nem sequer sabe a minha solidão É que meu samba me ajuda na vida Minha dor vai passando esquecida Vou vivendo essa vida Do jeito que ela me levar... História de Fabiana & Murilo.