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MK.

Uma semana depois...

Eu só estava esperando a minha mulher se recuperar e aproveitei pra tirar férias pra curtir os meus filhos e isso foi o suficiente pro Juninho bagunçar meu império e lançar musiquinha tirando marola com meu nome, dizendo que eu corri dele.

Não fazia o menor sentido porque eu fugi de ir pro presídio federal lá na puta que pariu.

A paz acabou e era hora de retomar o que sempre foi meu. O morro do Alemão em si era a menina dos meus olhos quando o assunto é morro.

Foi lá que eu nasci, cresci e pretendo morrer. Mas não agora, que fique bem claro.

Fui convencido por livre e espontânea pressão da minha pretinha e das meninas, as deixarem caçar a Clara pelo morro depois que nós já tivermos dominado. Tive que deixar no amor, eu não ia arriscar a vida da minha mulher de novo.

Dessa vez tudo ia ser bem planejado.

Teve uma galera forte que pulou pro lado do Juninho, pra vocês verem que ninguém nessa vida era cem por cento confiável. Mas levariam consigo as consequências, quem pulou vai ficar fudido.

O papai chegou.

Cheguei no Rio de Janeiro ontem de madrugada, com a minha dama do lado e a família todinha. Claro que, minha vontade mesmo era subir no Alemão e dar o que finalmente ele merecia pra nunca mais ele mexer comigo. Mas, eu seria recebido a bala e meu corpo é muito bonito pra eu virar peneira na mão desses filhos da puta.

Isso agora não era só pelo território, era também pela memória do meu coroa.

A minha patroa de fé que não tá de bobeira, já chegou dando ordem e mandando nossas crias pro Chapadão com a dona Adriana e dona Zélia que andava focada nas orações dela. Se tinha uma coisa que mexia com a mente da Fabiana nesses momentos com certeza é a segurança da nossa família e principalmente dos nossos filhos e no Chapadão ninguém ia ousar tocar neles.

Se tocassem iam comer chumbo até pelo cu.

Karina voltou pra Penha pra dar notícias pra mãe dela. E o resto de nós, fomos pro Juramentinho ficar escondido até a hora de ir pra cima. Eu estava bem pertinho do meu império e de hoje a noite não passaria, eu ia dormir em casa de um jeito ou de outro.

O olhar da Fabiana brilhou mais que estrela quando ela pegou numa M18 novinha assim que entramos no galpão pra conferir o arsenal bolado que a própria pretinha tinha comprado enquanto eu estava preso e que teve que ser desviado de rota quando a preta fechou os olhos e ficou internada.

Diana parecia que tinha achado ouro quando abriu as caixas de munição, a Jaqueline se apropriou de uma AR10 e estreiou dando um tiro pro alto e a Yara parecia criança brincando com um traçante.

Marreta: Tá tudo certo, MK. Nós vamos em 300 homens mas tem mais 200 a disposição. – disse se aproximando de mim.

Andei em volta de tudo que havia lá, era muita coisa mesmo, até granada e outros explosivos a minha mulher havia comprado também. Estávamos com um poder bélico poderoso e muito bem montado. E pasmem, não era só armamento não, tinha muita droga também.

Eu tô noivo de um Pablo Escobar feminino?

Eu olhei pra minha dona e ela estava posturada olhando tudo e conversando com as meninas que estavam atentas aos mínimos detalhes.

Loirão: Já passei o contato com o Oliveira, Juninho ainda não sabe que tu chegou no Rio e nem que vai invadir. – se aproximou de mim.

MK: Tanto faz se souber, quem liga? – sorri – Tudo que é meu ele devolve hoje, sem sombra de dúvidas.

Esse aí era concorrente a posição de meu cunhado e mostrava serviço. E quem não estava nada contente com isso era o Formiga que não escondia a insatisfação.

Ele até arrastou a Jaqueline pra casa da árvore pra tentar uma reconciliação, mas a minha irmã era igual a mim nessa questão e não se dobrava fácil. Ele vacilou com ela porque quis!

Nesse assunto eu já não me meto mais, só se der um caô muito grande. Aí eu vou pegar é a Jaqueline, entregar nas mãos de Deus e fazer ela reencontrar os nossos coroas pessoalmente pra largar de ser abusada e cuzona.

Fabiana: Tá tudo certo, pretinho. – se aproximou de mim e entrelaçou seu braço no meu e com a mão que estava livre fez carinho no meu braço.

MK: A gente vai dormir em casa, pretinha. Te prometo! – falei baixo em seu ouvido e a puxei pra um abraço forte – Tô te deixando ir junto, mas me promete que vai se cuidar? A Clara já mostrou que também não tá de bobeira.

Fabiana: Já te prometi mil vezes e prometo quantas vezes forem preciso que eu vou me cuidar. – falou no meu ouvido – Eu te amo e Deus está com a gente. – ela se afastou um pouco pra me olhar.

MK: Eu também te amo muito, preta. – dei um beijo em sua testa e fiz o sinal da cruz na mesma.

Formiga: Desculpa aí atrapalhar o love do casal, mas bora almoçar? Tô doido de fome, só pra variar. – disse me cutucando.

MK: Tô com a tua boca agora? – olhei pro Formiga bolado e a pretinha riu.

Fabiana: Não, mas vamo comer que eu tô com fome também. – disse acariciando minha mão.

MK: Bora. – passei minha mão em torno da cintura da preta – BORA COMER SEUS PORRAS. – gritei e saí do galpão junto com a pretinha.

Depois do almoço, ninguém é de ferro né chefe?

Deitei com a pretinha pra um sono a dois. Mas quem disse que a gente só dormiu?

A safada começou me fazendo uma massagem e vice-versa. Ela não demonstrava, mas o corpo dela entregava que ela estava tensa com tudo que vinha acontecendo e se eu conheço ela a cabeça tá a milhão e era no sexo que ela ficava tranquilinha.

Dizem que depois da gravidez o apetite sexual das mulheres diminui muito, com a Fabiana fez efeito contrário e eu gosto disso pra caralho.

Com ela não tinha esse negócio de hora certa pra isso, depois dos nossos filhos qualquer brecha que tivesse, era o suficiente pra ela me levar pra cama.

E eu ia sem pensar em nada.

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