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MK.

Greice: É, pelo que eu entendi é meio irmão do Fernando por parte de pai, mas não mora aqui e veio só pra passar uma semana. Ai essa família do meu marido é uma bagunça. Vocês que são bandidos sabem, não param esses piru na cueca e sai fazendo uma penca de filhos. – riu.

MK: Tem que povoar a terra, deixar legado. – gargalhei.

Greice: Até parece que é isso mesmo. Isso é falta de uma mulher na vida, uma fiel. O problema é que quando vocês arrumam uma que fecha no téti-a-téti, vocês só dão valor pras que jogam o cu pro alto na frente de vocês no meio do baile. – gesticulou com as mãos – Aí quando vê ela seguindo o baile, quer dar de maluco e fazer da vida delas um inferno.

Mirei em saber da vida do maluco e ganhei foi um murro na cara sem a Greice nem saber.

Agradeci pelo uísque e levei pra mesa. Fabiana já estava sentada no meio das meninas e fiquei encarando ela mermo. Quando ela me olhava eu desviava o olhar e foi assim até ela me olhar de surpresa e a gente continuou se encarando.

📲 Pretinha

Não tá bebendo álcool não né, Fabiana?
Se liga na tua responsa, tu tá grávida.
Vai beber com meu filho aí dentro não. (14:21)

Não e faria alguma diferença pra tu?
Quer me ensinar a ser mãe? Logo eu?
Não posso dizer o mesmo da sua amadinha,
vi ela bebendo cerveja no copo do Caveirinha.
Não que eu me importe, mas já q vai
pegar no meu pé, pega no dela também. (14:22)

Dessa aí eu cuido depois.
Tô falando de você, que vai passar
batida, mas não
despercebida, pretinha. (14:25)

📲

Ela respondeu alguma coisa que eu não vi o que era e nem abri porque sabia que ia esquentar mais ainda a minha cabeça. Então fiquei lá tranquilão, bebendo e olhando o movimento. Só que eu já estava com a bexiga cheia e tinha que colocar pra fora, me levantei e fui procurar algum banheiro pra ir.

Eu conhecia a casa do Nando igual conhecia o Helipa. Faria até sentido se eu tivesse ido alguma vez pra Heliópolis.

Os donos da casa estavam ocupados com os parente, sei que esse bagulho de aniversário tem que dar atenção pro pessoal então eu ia caçar por aqui por baixo. Se eu não achasse aí, ia incomodar mermo.

Fui pros fundos da casa, amém, tinha um banheiro, só que tinha gente. Decidi que ia esperar, não custava praticar a educação que a coroa me deu né?

— Tu tem fogo aí? – uma voz feminina seguido de um toque nas minhas costas me fez virar.

Só podia ser a irmã mais nova da Fabiana.

Cheguei nessa conclusão olhando o jeito da boca e o rosto que lembrava muito o FB. A diferença entre elas estava justamente na maneira de se comportar e na vestimenta. Porque de rosto, eram muito parecidas.

MK: Ô, mas é claro. – sorri de lado, coloquei a mão no meu bolso e puxei meu isqueiro.

Nunca se sabe quando vamos queimar um baseado né?

— Tu aceita? – ela me ofereceu.

MK: Já que tamo aqui, deixa né. – peguei da mão dela e dei uma puxada – Tu é filha do FB né não?

— Infelizmente, dá pra notar é? – olhou pra mim e arqueou a sobrancelha.

MK: Lembra muito as tuas irmãs da Penha. – ela revirou os olhos.

— Principalmente a Fabiana. – ela completou sem muito entusiasmo.

MK: É.. – ri sem mostrar os dentes.

Provavelmente ela não era muito fã da preta e isso estava ficando interessante.

— Todo mundo diz isso, mas eu particularmente não acho que seje. – soltou a fumaça pro ar – Fabiana quer ser a fodona em tudo. Tenho certeza que esse povo aí que baba ela sabe disso, mas não fala porque ela é a queridinha, a intocada, a inabalável filhinha do meu pai. Bom, não faz diferença né, ele tá morto. – revirou os olhos – Mas continuam com essa babação sem sentido nela.

Já não gostei, mas também fiquei tranquilão porque se eu fosse abrir a boca ela ia ouvir uns trinta motivo pra mudar de opinião e eu sabia ser convincente quando eu queria. Mudei de assunto e conversamos outras paradas. Deixei ela ir primeiro no banheiro e depois eu fui.

Quando voltei pra onde tava rolando a festa, voltei conversando namoral com a irmã da preta. A Fabiana estava sambando na frente do cuzão que estava babando nela, quase perde o rebolado quando me viu trocando umas palavrinhas com a irmã do coração dela, mas ela soube disfarçar.

MK: A gente se tromba por aí, mandada. – ri e fiz um toque com a Vívian que saiu rebolando na direção de não sei de quem.

Voltei pra onde os moleque tava perto da churrasqueira. O assunto era o mesmo, tráfico, piranha e matar os rival.

Guto: Tu e o Barão cutucando a onça com vara curta. – alertou – Diana tá pra voar em cima da irmã dela e a Fabiana não tá com as melhores caras.

MK: Qual foi a parte da fofoca que eu perdi aqui? – olhei pra ele segurando o riso.

Barão: Diana cismou que a irmã dela tá dando em cima de mim. – coçou a cabeça puto.

Guto: E não tava? Notei desde quando a gente chegou e ela foi te cumprimentar. – olhou pra ele e riu.

Barão: Na moral, tu é muito filho da puta Guto. – negou com a cabeça.

Guto: Aprendi com vocês dois. – apontou pra mim e pro Barão.

MK: Eu tava na fila do banheiro e ela perguntou se eu tinha fogo, eu disse que tinha e depois desenvolveu um papo legal.

Guto: Ela quer é confusão e vocês dois tão afim de ver. – encheu meu copo.

MK: Confusão por que? Fabiana tem que ficar quietinha. Eu dei meu papo pra ela, tava afim de fazer o que é certo e ela fez o que? Não quis. Cada um com seus problema né? – olhei pros dois – Quem sabe a irmã dela não seja tão difícil né? – ri.

Óbvio que eu não ficaria com ela.

Barão: Tô com a Diana a maior tempão e ela ainda fica nessa de ficar me dando mulher sem ter nada a ver. Qualquer dia ela vai arrumar pra cabeça... – falou puto.

Marreta: Mulher é foda, pô. – riu – Esses dias a Karina surtou porque sonhou que eu tava com a minha ex.

Nando: A Greice também não vacila, marca tanto em cima que eu já me acostumei. Com elas tá ruim, mas sem elas nós vive como? Tem condição não. – negou com a cabeça.

Eu tava ficando muito profissional nesse bagulho de fingir que não tava acontecendo nada e que tá tudo azul.

Tô pensando em largar o crime e virar ator global, papo reto.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora