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FABIANA.

[...]

Adriana: Minha filha, que susto você me deu. – se aproximou de mim com a Gabi no colo.

Estava todo mundo de cara inchada e chorando. O povo pensa que pra me derrubar é fácil assim.

Obrigada Deus, vou tocar o terror agora.

Fabiana: Antes de morrer tem muita coisa pra encaminhar na vida, mãe e isso vai demorar pelo menos uns sessenta anos. – sorri fraco – Vem aqui minha bonequinha. – chamei a Gabi que estava com o rosto inchado de tanto chorar.

Aos catorze anos eu não tinha medo nenhum de morrer, mas depois que eu me tornei mãe, eu tremia na base só de pensar em partir e deixar Gabriela na mão dos outros.

Não que não cuidassem dela. Tinha certeza que pelo menos a Diana ou a Yara assumiria essa responsabilidade.

Mas com o mesmo amor que eu tenho pela minha filha, ninguém mais teria e eu pedia a Deus que isso só acontecesse depois que ela já pudesse se cuidar sozinha.

Gabriela: Mamãe. – me chamou com a voz fraquinha e a minha mãe a colocou ao meu lado – Não me deixa nunca mais. – ela me abraçou pela cintura bem forte.

Fabiana: Mamãe não te deixa não, meu amor. – com a mão que estava livre fiz gesto pra ela se aproximar mais na vertical e a beijei no rosto – Não chora mais não, eu tô aqui.

Diana: Tu não pode dar esse susto na gente não, cara. – entrou no quarto e já veio correndo e me abraçando forte.

Alguém avisa que eu não sou urso de pelúcia e que meu ombro tá latejando?

Fabiana: Eu também te amo, mana. Solta um pouquinho, meu ombro tá foda. – choraminguei.

Yara: Tua situação aí foi teste pra cardíaco, amiga, não faz isso não. – passou a mão no peito e me deu um abraço sem me apertar.

Karina: Nem brinca, eu achei que eu ia morrer junto. Só Deus e eu sabemos como foi o parto do Matheus.

Fabiana: Agora eu tô bem. – sorri de lado – Só tenho que me recuperar e resolver uns assuntos que eu deixei em aberto ainda quando estava mandando no Alemão.

MK: Tem todo meu aval, pretinha, mas aí primeiro vai descansar a beleza e eu vou preparar a presa pra minha leoa devorar. Pode ser? – disse arrastando a cadeira pra perto da cama novamente e segurando minha mão.

Fabiana: Eu tenho escolha? – olhei pra ele.

— Não. – todos disseram juntos, até a Gabriela.

Fabiana: Já entendi. – sorri – Preciso contar pra vocês, vocês acreditam que quando eu ia cantar pra subir eu encontrei meu pai e o Pedro? – me arrepiei toda – Só de falar já fico assim ó. – olhei pro meu braço e Murilo alisou o mesmo – Vocês acreditam que eu ouvi deles que não era a minha hora e que eu tinha que voltar? Eu fico de cara.

Fiquei indignada gente. Eu sempre muito fã do meu pai, papo de que é Deus no céu e ele na terra. A mesma coisa o Pedro, por ser meu irmão mais velho e sempre ficar do meu lado. Aí me acontece uma coisa dessa...

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