FABIANA.
Um mês depois...
Minha recuperação tem sido boa, tirei trinta dias pra descansar, ficar em paz em casa com a minha filha e reorganizar a minha vida e a minha rotina porque dentro de alguns meses a mais eu estaria maior que uma melancia. Pelo menos se for igual a gravidez da Gabriela, é capaz de que eu fique impossibilitada de ver os meus pés.
Hoje eu ia buscar meu carro no Alemão, Murilo só foi atrás do meu carro no Rodo ontem á noite e quem disse que ele trouxe pra cá? Deixou na casa da minha irmã. Segundo ela, o carro estava lavado e encerado. Hoje também seria a execução do Coronel, é claro que eu ia assistir isso aí do início ao fim. Soube que todo dia ele apanhava do Murilo e de mais alguns caras. Mas isso pra mim ainda era pouco.
Eu tinha que ver o sofrimento daquele filho da puta ou eu não ia dormir em paz nem tão cedo.
Gabriela foi pra uma sessão de fotos na loja da Yara. É, agora ela está investindo nos looks infantis e a minha princesinha ama uma foto, foi lá atacar de modelo. Graças a Deus ela não ficou com traumas, nem com síndrome de pânico.
Já eu não podia dizer o mesmo, até pesadelos eu andei tendo com o Coronel.
Desentoquei minha pistola que tinha no fundo falso embaixo da minha cama e coloquei na cintura, joguei uma blusa larga por cima e agradeci a Deus que não ficou marcando.
Tinha um segurança na minha porta por ordens do Marreta. Claro que eu não gostei, inclusive odiava quando acontecia isso, mas por um lado foi ótimo porque eu mandei ele me deixar na entrada e peguei um Uber até a entrada do Alemão.
O mesmo me deixou na entrada, paguei e desci do Uber. A segurança ali tava reforçada, tinha até adolescente de quinze anos segurando um fuzil. Respirei fundo, falei com o menino pra liberar a minha subida e ele quis causar com a minha cara, só pode, tudo por causa da bendita pistola. Por sorte, teve outro que me reconheceu e liberou minha passagem tranquilamente.
Tão pensando que eu vou matar o Murilo? Tenho mais o que fazer. Até parece...
Fui subindo o morro tranquilamente, minhas pernas até doíam mas nem reclamei. Só queria pegar meu carro e ir embora o mais rápido possível. Ouvi o ronco do motor e um acelerado, pensei que era o Murilo, mas era só o Barão.
Barão: Tá perdida? – parou a moto do meu lado.
Fabiana: Não, mas aceito uma carona até a sua casa. – ri – Tô morta.
Barão: Só vou te dar porque eu tô indo lá pegar uma parada que eu esqueci, se não eu ia te deixar ir andando. – riu.
Fabiana: Você não faria isso com a sua melhor cunhada, a madrinha da sua filha. – desdenhei.
Barão: Paga pra ver? – ele riu e eu subi na garupa do mesmo.
Fabiana: Para de ser chato e anda logo, tô cheia de coisa pra resolver. Que horas é a execução?
Barão: Quando o MK acordar, tá em casa ainda, aquele puto. – negou com a cabeça.
Olhei o relógio no meu pulso, nove e meia da manhã e Murilo dormindo ainda? O homem tá preguiçoso mesmo.
Barão deu partida e rapidinho a gente chegou. Desci da moto e já fui plena entrando, Diana tava deitada no sofá com o barrigão de fora, parecia uma melancia a pobre, seus pés estavam inchados e ela estava fazendo careta enquanto assistia tv.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER.
FanfictionNinguém sabe a mágoa que trago no peito Quem me vê sorrir desse jeito Nem sequer sabe a minha solidão É que meu samba me ajuda na vida Minha dor vai passando esquecida Vou vivendo essa vida Do jeito que ela me levar... História de Fabiana & Murilo.