56.

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MK.

O mal da Fabiana é debochar e tirar marola com a cara de sujeito homem. Depois a consequência chega, aí eu sou o errado e eu que dê meus pulo pra ficar em paz com a dona onça.

Passei o dia todo resolvendo problema da boca. Hoje tava todo mundo virado no caralho? Briga de morador, marido batendo em mulher, nóia arrumando confusão e tudo isso sobra pra quem? Isso mesmo, eu.

Agora tô aqui esquentando cabeça porque a Luma passou mal e a Yasmim adoeceu e foi parar no hospital e a Clara tá me tonteando.

Deixei a Luma com uma amiga dela no postinho. Qualquer parada mais séria era pra me ligar e desci pra pista pra resolver a questão da Yasmim.

Cheguei na clínica, não vi nem sinal da Clara e nem da Yasmim. Então fui falar com a recepcionista né.

— Bom dia. – a mulher abriu os dentes.

Não esperou nem que eu abrisse a boca.

MK: Bom dia, alguma menininha deu entrada aqui agora? – expliquei as características da Yasmin.

— Nome dela, por favor? – me encarou.

MK: Yasmin Ávila Falconi. – falei sério.

— Vou verificar. – me deu uma secada que puta que pariu.

Eu já ia perguntar se ela queria meu telefone.

— Ela já está sendo medicada. Você é o que dela?

MK: O pai. – dei uma pausa – Tá na ficha dela aí.

— Murilo Falconi. – leu baixinho e notei ela mordendo o lábio discretamente.

MK: É, isso aí mesmo. Tem como me levar lá ou eu bato de porta em porta até achar minha filha? – falei grosso.

Tem que assumir que o sobrenome do pai em qualquer nome fica o luxo.

É, eu já tinha reconhecido a Yasmim e colocado meu sobrenome nela porque não tem a menor chance dela ficar com o sobrenome daquele filho da puta do Batgol.

Paguei caro, mas foi um dinheiro muito bem gasto.

— Me acompanhe, por favor. – disse envergonhada.

Segui a ruiva pelo corredor e ela parou diante de uma porta, bateu e botou a cabeça no vão, em seguida abriu a porta por completo e me deu passagem.

Entrei e fiquei em pé do lado da Clara enquanto a Yasmim estava deitada na maca, tomando soro e choramingando.

MK: Que foi, nega do pai? – me aproximei dela e fiz carinho em seu rosto.

Se tinha um bagulho que me deixava doido, era ver a minha filha chorando. Dava um desgosto do caralho. Eu daria tudo pra não ver ela nessa situação e estaria disposto a ficar no lugar dela.

Yasmim: Me tira daqui papai, tá doendo. – chorou levantando os braços.

Clara: Abaixa esse braço pra não machucar mais, Yasmim. – disse meio grossa.

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