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JAQUELINE.

Tudo o que eu não precisava nesse momento era ficar confinada numa chácara no interior da Bahia esperando o milagre acontecer. Tudo bem que, Deus ajuda, mas a gente tem que fazer a nossa parte.

Seja lá como for e o que for.

A pobre rica milionária da Bibi ainda estava no hospital oscilando entre a vida e a morte. Eu torcia muito pela recuperação dela, afinal em pouco tempo eu percebi a mulher sensacional que ela era só pelo jeito dela ser, pelas coisas que eu soube e o que ela me contou também.

Eu esganaria meu próprio irmão se eu soubesse que ele a deixou partir por putaria dele.

Pensando bem, já tinha gente demais pra olhar ela e o Matheus, que por sinal é um gato e tem muito traço dela, mas é puxando mais pro lado do meu irmão.

Ou seja, prevemos aí um Murilo dois nos próximos anos.

Coitada da Bibi quando acordar!

Tive uma conversa franca com a Diana e decidimos que eu voltaria pro Rio de Janeiro escondido. A gente já tinha visto a decisão que ele seria transferido e eu já sabia de alguns detalhes a mais sobre o plano que eles tinham. Então eu ia me infiltrar e ia cair pro problema.

Inclusive, era o que a Fabiana faria se estivesse ativa.

Durante a madrugada, Diana me levou pra um aeroporto num i30 preto que ela arrumou com alguém assim que chegamos aqui. Eu achava que Diana não tinha sangue no olho, mas durante esse tempo, ela tem feito coisa que até Deus duvidava.

Era ela quem deu continuidade nos negócios da Bibi e não era só a loja de grife. E eu ia aproveitar, se desse tempo pra caçar umas pessoas pra gente brincar de anatomia e química e quem sabe guardar os ossos pros meus sobrinhos brincarem.

Meu irmão não merece tanto estresse, não é mesmo?

Por volta de onze horas da manhã eu já estava dentro do Rio de Janeiro e se não fosse o trânsito de maluco eu tinha chegado logo no Alemão.

[...]

Barão: Eu só posso estar ficando maluco. – passou a mão no rosto.

Jaqueline: Oi Barão, a viagem foi ótima, vôo de primeira classe é outro nível. – sorri debochada – Luara está ótima, muito linda.

O que não deixava de ser realidade.

Vôo na primeira classe é o mundo se acabando e a Luara estava sensacional, ria pra todo mundo diferente do pai dela que é um chato.

Guto: Que porra tu veio fazer no Rio? Eu te mandei pra Bahia que foi ordem do teu irmão e tu simplesmente brota do nada? Me fala mais sobre essa tua vontade de fazer merda, Jaqueline? – disse inconformado assim que me viu.

Tadinho, é a emoção com saudade da Yara. Eu te entendo, Guto.

Jaqueline: Tu acha o que? Eu tenho uns assuntos aqui pra resolver, não posso ficar de vigilante no hospital e com o cu pro alto o dia todo na chácara. – falei calma igual um Buda.

Eu estava com uma paz terrível e inabalável.

Nunca consegui nada no grito e se eu dobrava meu irmão quando eu queria qualquer coisa, imagine esses dois.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora