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FABIANA.

E não é que a gente armou o churrasco mesmo?

Keila limpou e encheu a piscina que tinha no quintal casa da minha vó. Gabriela virou peixe na mesma hora, foi só questão da Keila arrumar uma bóia pra ela absolutamente do nada.

As meninas ficaram lá organizando a bagunça enquanto eu fui pra casa do pretinho e da Jaqueline, já que ela estava de volta a casa também é dela né.

Quando eu desci do carro, chamei os meninos que estavam fazendo ronda pra ajudar a Jaqueline com as malas. Não tinha um que não olhasse pra ela.

Eu tinha que reconhecer, a genética da família do Murilo era foda.

Jaqueline subiu pro quarto dela e eu fui pro quarto do homem, tirei o vestido e fui pro banheiro. Tomei um banho e quando saí peguei um biquíni tomara que caia no closet, um shortinho larguinho e uma blusinha pra colocar por cima antes de sair, mas lá na minha avó eu ia botar o barrigão pra jogo.

Passei protetor solar e coloquei na bolsa, tirei o excesso de joia do corpo e deixei só o básico.

Jaqueline: Cunhada? A gente podia passar no mercado pra comprar uns limões né? Caipirinha tem que ter. – botou as caras no vão da porta.

Fabiana: É, pode ué. – me levantei da cama – Tá pronta?

Jaqueline: Monamour, eu sou uma Falconi, já nasci pronta bebê. – riu mostrando o look matador que ela estava vestida – Te falar, os anos não passam pra tu não? Caraca, muito gata. Sempre foi né, mas agora tá o poder. – disse tudo rápido.

Fabiana: Se tu tá dizendo eu acredito. – ri.

Jaqueline: Meu irmão tá passando absolutamente bem. Aliás nem tão bem na situação que ele tá hoje. – eu concordei – A gente tem que conversar depois, tem muita coisa que eu preciso entender e que eu sei que você não vai me esconder. Os meninos acham que eu nasci ontem e ficam me escondendo os detalhes. Poxa, é meu irmão e eu só tenho ele de sangue por mim.

Era muito a cara do Guto e do Barão esconderem as coisas.

Fabiana: Eu te entendo. O que eu posso te adiantar é que eles fazem com a melhor das intenções, mas comigo não vai rolar e você deve se lembrar o motivo.

Jaqueline: Remotamente. Mas agora eu tô aqui e a gente vai mover céus e terras, Murilo não vai ficar lá não. – ela disse convicta e eu concordei com a cabeça.

Era de gente assim que eu precisava do meu lado.

Peguei a chave do carro, meu celular e descemos. Entramos no meu carro e fomos no mercado. Ou melhor, fizemos a festa no mercado. Eu comprei chocolate em barra de todo jeito, principalmente branco.

Eu tô com um desejo de chocolate com arroz doce, tem condição? Não tem.

Comprei os ingredientes e Diana que lute pra fazer pra mim.

Voltamos pra casa da minha avó e ela estava no portão conversando com a dona Hortência e borrifando água nas plantas dela já que o sol já não estava mais na calçada dela.

Jaqueline pegou as sacolas e levou lá pra dentro.

Hortência: Oi Fabiana. – disse sorrindo quando me viu.

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