MK.
Depois que a Fabiana saiu daqui de casa, eu me mantive imóvel por uns minutos, fui tirado do transe quando ouvi a voz da Clara reclamando alguma com a Yasmin.
MK: Bom dia! – passei pra cozinha.
Fui fazer um café forte pra mim que o dia hoje tava pedindo e muito. O semblante da preta não saía da minha cabeça.
Eu não tive culpa, não planejei nada e ainda mais ela tinha razão. A gente só tinha ficado, nada a ver esse estresse todo.
Eu também não ia entender nada chegar lá na casa e ver um cara sem camisa e de samba canção vindo abrir a porta.
Eu tava ficando doido nessa filha da puta porque ela caga pra mim, pô, ela não tá nem aí.
Clara: Nova namorada? – foi se aproximando da mesa.
MK: Não, a gente não tem nada. – coloquei a garrafa de café na mesa.
Clara: Não tem nada e você tá com essa cara? – me olhou.
MK: Se eu já falei que não tinha nada, é porque não tem nada. Tá surda no bagulho? – a encarei.
Eu já tava perdendo a linha logo cedo.
Clara: Desculpa.
MK: Aí, vou meter o pé pra resolver as paradas pra tu lá na pista. Fica a vontade aí pra comer o que quiser. Os armário tá cheio. – ajeitei meu boné na cabeça.
Clara: Tá bom.
MK: Tô indo lá.
Passei pela menorzinha e fiz um breve cafuné na cabeça dela. Peguei meu fuzil na sala, atravessei no corpo e meti meu pé pra boca.
Barão: E aí irmão. – fez um toque junto comigo assim que eu cheguei.
MK: E aí parceiro. – bufei.
Barão: Cara de cu é essa?
MK: Cara de quem ficou numa puta saia justa. Saia justa não, microssaia mesmo. – entrei na salinha e ele me seguiu.
Barão: Que merda tu fez, irmão?
MK: Botei Clara na minha casa pra dormir essa noite com a menina, pô. – neguei com a cabeça.
Barão: Tu passou o piru nela?
MK: Porra nenhuma, tá doidão? – arregalei o olho – Rolou nada não. Ela dormiu no quarto de hóspedes.
Barão: Se não rolou nada, tu tá de neurose por quê? – se sentou no sofazinho.
MK: Fabiana deixou uns papel dela lá em casa, foi buscar hoje e quem abriu a porta pra ela? – balancei a cabeça em reprovação.
Barão: Mentira mano. – riu – Agora tu tomou no cu.
MK: Ainda tava com um samba canção meu e a minha camisa. Me mantive posturado, mas fiquei com desgosto. – passei a mão no rosto.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER.
FanfictionNinguém sabe a mágoa que trago no peito Quem me vê sorrir desse jeito Nem sequer sabe a minha solidão É que meu samba me ajuda na vida Minha dor vai passando esquecida Vou vivendo essa vida Do jeito que ela me levar... História de Fabiana & Murilo.