16.

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MK.

Depois que a Fabiana saiu daqui de casa, eu me mantive imóvel por uns minutos, fui tirado do transe quando ouvi a voz da Clara reclamando alguma com a Yasmin.

MK: Bom dia! – passei pra cozinha.

Fui fazer um café forte pra mim que o dia hoje tava pedindo e muito. O semblante da preta não saía da minha cabeça.

Eu não tive culpa, não planejei nada e ainda mais ela tinha razão. A gente só tinha ficado, nada a ver esse estresse todo.

Eu também não ia entender nada chegar lá na casa e ver um cara sem camisa e de samba canção vindo abrir a porta.

Eu tava ficando doido nessa filha da puta porque ela caga pra mim, pô, ela não tá nem aí.

Clara: Nova namorada? – foi se aproximando da mesa.

MK: Não, a gente não tem nada. – coloquei a garrafa de café na mesa.

Clara: Não tem nada e você tá com essa cara? – me olhou.

MK: Se eu já falei que não tinha nada, é porque não tem nada. Tá surda no bagulho? – a encarei.

Eu já tava perdendo a linha logo cedo.

Clara: Desculpa.

MK: Aí, vou meter o pé pra resolver as paradas pra tu lá na pista. Fica a vontade aí pra comer o que quiser. Os armário tá cheio. – ajeitei meu boné na cabeça.

Clara: Tá bom.

MK: Tô indo lá.

Passei pela menorzinha e fiz um breve cafuné na cabeça dela. Peguei meu fuzil na sala, atravessei no corpo e meti meu pé pra boca.

Barão: E aí irmão. – fez um toque junto comigo assim que eu cheguei.

MK: E aí parceiro. – bufei.

Barão: Cara de cu é essa?

MK: Cara de quem ficou numa puta saia justa. Saia justa não, microssaia mesmo. – entrei na salinha e ele me seguiu.

Barão: Que merda tu fez, irmão?

MK: Botei Clara na minha casa pra dormir essa noite com a menina, pô. – neguei com a cabeça.

Barão: Tu passou o piru nela?

MK: Porra nenhuma, tá doidão? – arregalei o olho – Rolou nada não. Ela dormiu no quarto de hóspedes.

Barão: Se não rolou nada, tu tá de neurose por quê? – se sentou no sofazinho.

MK: Fabiana deixou uns papel dela lá em casa, foi buscar hoje e quem abriu a porta pra ela? – balancei a cabeça em reprovação.

Barão: Mentira mano. – riu – Agora tu tomou no cu.

MK: Ainda tava com um samba canção meu e a minha camisa. Me mantive posturado, mas fiquei com desgosto. – passei a mão no rosto.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora