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MK.

O aniversário era do Matheus, mas o presente era meu por ter os meus filhos perto de mim. Até a Gabi que não tinha meu sangue e nem meu sobrenome pra mim era minha cria tanto quanto os que tinham meu sangue.

A intenção era ir só buscar meu filho, mas acabei indo pra casa com a gangue todinha. Matheus quando chegou na cozinha e viu a mãe na beira do fogão, abriu o bocão porque tava com fome.

Não teve caô, quinze minutos depois o lindão do pai tava com a nave batida. Levei pra dormir no mesmo berço que o irmão dele continuava dormindo firme e forte.

Eu sempre disse que malandro de verdade tinha muita fé em Jesus e errado eu nunca estive. Aproveitei que estava sozinho, me ajoelhei ao lado do berço, abaixei a cabeça e ali mesmo eu orei agradecendo a proteção que Ele nunca deixou de me dar e agradeci pela vida da minha família.

Vão me chamar de emocionado, de frouxo e do caralho a quatro. Mas agora de pé, olhando pro rosto dos meus herdeiros dormindo tranquilamente, minha mente viajou pro início de tudo e ali eu percebi que valeu a pena tudo que eu tive que passar pra chegar onde eu cheguei.

Fabiana: Eu ouço muito dizer que eu sou babona quando o assunto são os nossos filhos, mas você tá de parabéns. – disse baixinho me abraçando pela cintura e por trás de mim.

MK: E tem como não babar? A gente foi continuação dos nossos coroas e esses dois aí são a nossa. Que bagulho doido, pretinha. – coloquei ela na minha frente.

Fabiana: A vida sempre se renova, pretinho. – sorriu e se virou de frente pra mim – Agora deixa os dois dormirem e vamo almoçar antes que o Guto coma tua comida todinha. – riu.

É claro que ele não ia fazer isso, eu acho.

MK: Bora. – peguei na mão da dona tanajura.

Deixei a porta entreaberta e desci com a preta. Tava maior movimento na cozinha. Dei de cara com Guto abrindo a minha geladeira e se apoderando da minha cerveja, sem cerimônia e abrindo a mesma com os dentes.

Guto: Tu quer, parceiro? – me olhou com a cara mais sinica do mundo.

MK: O cara invade a minha casa e não satisfeito mete o louco na minha geladeira, abre a minha cerveja e ainda pergunta se eu quero. – neguei com a cabeça e ri – É muito filho da puta.

Fabiana: Fala muito não pretinho, tu chega na casa deles e faz pior.

Guto: Bate aqui, miga sua louca! – fez voz de gay e bateu as mãos com a Fabiana.

MK: Tá traindo o movimento, vacilona? – cutuquei a Fabiana na costela e ela bateu no meu braço.

Jaqueline: Olha o fricassê passando. – passou na minha frente com o refratário e eu puxei o cabelo dela – Puxa teu piru dessa forma, imbecil do caralho. – ela me olhou bolada, joguei beijo e ri – Bibi controla esse idiota.

Fabiana: Impossível. Quando ele pega pra ser chato, é só morro abaixo, cunhada.

MK: Falou a que é legal cem por cento do tempo todo. – revirei os olhos já prevendo o surto.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora