62.

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FABIANA.

Eu estava prestes a cumprir a minha ameaça que tinha feito pra aquele preto filho da puta, quando ele finalmente veio parecendo um louco dirigindo.

Entrei no carro, o ar já estava ligado e estava geladinho, já diminuiu um pouco da minha impaciência.

MK: Falei pra tu que eu vinha, minha preta. – sorriu.

Ele estava com a cara mais sínica do mundo, me puxou e me deu um selinho e um cheiro no pescoço.

Fabiana: Demorou mas chegou, prefiro sair em carros separados por isso. – passei a mão no rosto.

MK: Não fala assim, pretinha. – se fez de ofendido – Tira esse vestido, já que tu tá agoniada com o calor.

Fabiana: Tá doido? – olhei pra ele incrédula.

MK: Não, ué. Vidro é escuro, tu tá com short por baixo e tá de sutiã, tira e põe esse barrigão pra jogo. Quando chegar na escola das meninas eu desço e pego elas no portão e tu fica aí tranquila.

Não pensei duas vezes em embarcar na loucura do Murilo, inclinei um pouco o banco e tirei o vestido deixando o mesmo entre as minhas pernas.

Fabiana: Agora sim... – murmurei – E como foi lá na consulta?

MK: Pô, tô feliz demais que é um menino, preta. – sorriu todo bobão.

Murilo foi o caminho inteiro falando do filho e isso era bonito de ver. Apesar da indiferença que ele mostrava ter com a Luma, ele como pai não iria vacilar até porque poderia ser ao contrário e eu não ia gostar.

E também eu não compactuaria com uma atitude contrária.

MK: Agora só falta eu saber desse brabo aqui. – acariciou minha barriga sem tirar os olhos do trânsito – E aí eu vou ficar em paz de uma vez por todas com a minha mulher e os meus filhos. – sorri de lado.

Fico fraca em dois momentos: Quando ele me chama de pretinha e quando ele fala minha mulher. Eu perco até a força nas pernas, não tem como.

Fabiana: Olhando assim eu queria uma menina, amor. – alisei a mão dele que ainda estava em minha barriga.

MK: Esquece preta, eu tenho certeza que é um molequin. – disse todo bobão – Nós já tem a Gabi e a Yá, tem que igualar essa conta aí. Certeza que nós vamo pagar todos os nossos pecados com essa tropa. – riu.

Fabiana: Com a Gabriela eu sei que vou mesmo, ela é tudo que eu fui só que três vezes pior. – ri.

MK: Eu lembro do teu pai preocupado contigo mermo. FB era chatão quando se tratava das filhas dele. Com tu mermo se olhasse muito nego ficava sem os olhos. – revirou o olho e eu ri – Se ele não fosse tão insuportável eu tinha te dado uma ideia antes, pretinha.

Fabiana: Tu era muito mais filho da puta do que hoje, a gente não ia dar certo mesmo, rei delas. – ironizei – Nem sei como eu me casei com o Breno.

MK: Porque ele vivia lambendo teu pai. – revirou os olhos com ciúme.

Fabiana: Vocês são cheio de coisa com o meu pai, mas eu só ficava com quem eu queria. Eu hein, a boca e a buceta é minha e não do meu pai. – ri e pisquei pra ele.

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