09.

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DIANA.

Geral se serviu, eu comi pouco porque me deu uma onda de enjôo. Me levantei de fininho, aproveitei que tava todo mundo entretido com a minha gravidez e fui pra frente de casa pra tomar um ar.

Eu não esperava que a reação do Barão fosse ser tão boa, aliás eu não sabia de muita coisa, inclusive como seria daqui pra frente entre nós dois e confesso que eu estava bem receosa por isso.

Barão: Qual foi, loirinha? – se aproximou de mim.

Eu olhei em seus olhos e viajei no tempo. Me lembrei quando conheci o Barão, ele havia me ajudado na mudança quando minha avó decidiu sair da Penha e vir pro Alemão depois da morte do meu irmão mais velho.

No primeiro baile daqui que eu fui, eu dei um fora nele e acabei dando uns beijos em um playboyzinho arrombado como ele mesmo costuma falar.

A gente não se soltou mais.

Nunca nos assumimos, mas sempre rolou ciúme, da minha parte mesmo, eu assumo, sou louca nele. Mas, não ia forçar ninguém a nada e muito menos num momento como esse. Não esperava engravidar, acho que nem roupa pra isso eu tenho, mas sempre aprendi a ter gratidão a Deus até pelo que eu não queria.

Barão: Eu tô falando contigo, Diana. – me balançou.

Diana: Desculpa, tava longe. – sorri e alisei seu braço.

Barão: Percebi. Qual foi, tá toda estranha. – se encostou no muro e me colocou em sua frente me abraçando pela cintura.

Diana: Tava pensando na minha situação agora que eu tô grávida. – fiquei de frente pra ele.

Barão: Tem nem o que pensar não Diana. Tu vai morar comigo e já era. – mandou na lata – Tá maluca que eu vou criar meu filho longe de mim.

Diana: Não é bem assim e você sabe. – respirei fundo.

Não queria ninguém preso a mim por causa do meu filho.

Barão: E quem disse que não? Eu sou sujeito homem contigo, sempre fui. Dei meus vacilo durante esses dois anos que a gente tá junto mas não tá, mas minha intenção sempre foi te ver feliz e vai ser sempre. Eu não sei falar essas bagulhada bonita que os play lá fala pra tu, mas tô disposto a deixar nosso fogo no cu de lado pra gente viver a nossa vida. – olhou em meus olhos.

Diana: Que play fala pra mim? Tá doido. Mas te juro que eu tô perdida. – sorri de lado – Sei nem onde isso vai dar.

Barão: Tu é chata pra caralho e eu aturo do jeito que tá, imagine casados. – riu e eu bati em seu ombro. – Vem cá.

Barão me arrastou pra dentro de casa e eu não entendi nada.

Barão: Dona Adriana, dona Zélia tô precisando dar um papo pra vocês duas. – se posturou na frente das duas.

Zélia: Que que foi? – soltou o prato na mesa.

Adriana: Vocês tão aprontando o quê? – se aproximou.

Barão: Tô aqui pra pedir a mão da Diana em casamento, com tudo aquilo que tem direito.

De novo foi aquela onda de susto, até me sentei pra não cair. Eu não sabia lidar com isso, nunca esperei esse momento. Meus olhos não pensaram duas vezes antes de me traírem e marejarem. Guto, MK e Marreta começaram a gastar com o Barão, mas ele não se incomodou, estava totalmente seguro do que estava fazendo.

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