06.

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MK.

Despertei com o celular vibrando pra um caralho, olhei o visor e era só mensagem dos cara no grupo, mensagem de piranha com papinho torto de saudade e sei lá mais o que. Passei o olhar na hora, papo de umas dez horas da manhã.

MK: Tá acordando tarde hein, malandrão. - falei pra mim mesmo.

Joguei meu celular em cima da cama e me levantei. Fui pro banheiro, fiz o que tinha que fazer e tomei aquele banho digno de patrão.

Fui pro closet e estava obstinado a usar a peita nova da Tommy branca que eu tinha comprado semanas atrás.

Revirei minhas camisas todinhas e quem disse que eu achei? Quando me dei conta já tinha feito a maior bagunça e minhas camisas tava tudo no chão.

MK: Caralho, abriu a porra do chão e entrou, só pode. - falei no puro ódio.

Odeio quando eu procuro meus bagulhos que eu não acho, irmão.

Peguei minhas camisas que tava no chão e joguei lá dentro de novo. Sem tempo e paciência pra arrumar essa porra agora.

Vesti uma bermuda do Flamengo de novo, só que preta. Eu tinha uma coleção dessas porras e me sentia mó bem trajado de Fla. E achei a porra da camisa no meio das minhas bermudas.

Quem foi o doente que botou essa porra aqui?

Joguei a corrente de ouro um pouco mais grossa da que eu costumava usar no pescoço, boné na cabeça e perfume e desodorante que chamava piranha de longe.

Podem dizer que eu não presto, mas dizer que eu não sou cheiroso aí é calúnia.

Botei um Rolex de menor expressão, peguei minha pistola, botei na cintura, calcei a kennerzinha, peguei meu celular e joguei no bolso. Me dei uma última olhada no espelho e saí do quarto.

Desci e fui igual um furacão pra cozinha. Tava numa fome do caralho, acordei mais faminto que um leão e ia comer como tal.

Fiz logo uns 4 sanduíches com as porra que tinha na geladeira, um copão de guaraná e fui comer assistindo tv.

Botei num canal lá esportivo que estava falando do meu Mengão, parceiro. Só de ver os caras falando mal, eu já fico de cara quente.

Vai vendo.

Engoli as paradas rapidão que eu já tava com desgosto, tomei o guaraná num gole. Deixei as parada na cozinha e meti o pé pra boca.

MK: E aí seus puto. - falei com geral que tava lá.

Juninho: Opa, chefe. - fez um toque comigo.

Guto: Ainda bem que tu chegou, o cuzão tá lá no pé do morro. Manda subir ou vai levar pra algum lugar? - apareceu do nada por trás de mim.

MK: Cadê a carga? - perguntei com desdém.

Guto: No armazém.

MK: Bora pra lá. Se esse filho da puta não trouxe o que eu pedi, eu vou passar ele lá mesmo. - bufei.

Guto: Tá bolando a toa, meu parceiro. - dei de ombros - Teu aniversário é mês que vem, tem que fazer rir pra tu rir.

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